Eu acho que ainda não comentei com vocês, mas estamos vivendo um momento bem diferente aqui em casa. Nós moramos nesse mesmo apartamento, do qual eu escrevo esse post, há dez anos, desde que eu e meu marido nos casamos. Isso significa que Catarina nasceu aqui, e esse é o único lar que ela conhece.

Embora nosso condomínio seja um verdadeiro achado (um dos pouquíssimos lugares em São Paulo onde você se esquece da cidade grande, onde você acorda com os passarinhos e praticamente só vê árvores da sua janela), nós estamos pensando seriamente em mudar. Nos últimos meses, muitas coisas se transformaram em nossa rotina, justificando uma mudança para outro bairro, bem longe daqui. E é aqui que a história desse post começa.

Imagem: 123RF

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Com Catarina, minha postura sempre foi a de um livro aberto: estou sempre disposta a falar sobre tudo, respeitando, claro, seu grau de entendimento. Quando ela me perguntou, por exemplo, de onde vêm os bebês, contei que eles nascem da barriga da mãe, sem entrar em detalhes sobre como é que uma “parte do papai”, que juntou com uma “parte da mamãe”, foi parar lá dentro (e, aparentemente, a resposta bastou à pequena, pois o assunto acabou ali). Eu sempre achei que a melhor postura com minha filha era conversar sobre o mundo que nos rodeia, sobre as questões que envolvem nossa família sem muitos filtros. Mas tenho visto, com a questão da mudança, que a melhor saída pode não ser essa, obrigatoriamente.

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Quando nos decidimos por mudar de bairro, contamos à pequena nossa decisão. De imediato, ela ficou bastante animada com a ideia: moraríamos mais perto do trabalho do pai, da casa da avó, entre outras vantagens. Mas aos poucos a ficha foi caindo: e os amigos que ela tem no prédio atual, teria que deixar para trás? O ballet, que ela voltaria a frequentar em breve, teria que ser transferido para outra academia? E à casa de bolos onde fazemos nosso passeio habitual de mãe e filha, não iríamos mais? Aos poucos a pequena começou a descobrir que haveria perdas nesse processo (sem falar na escola, que ela ainda não entendeu que teria que deixar também). Começou a acordar chorando no meio da madrugada, como há muito tempo não acontecia.

Engraçado que, quanto mais eu falava na mudança, para que Catarina se acostumasse à ideia, mais agitada, mais aflita ela ficava. Ou seja: todas as conversas que tinham como motivo tranquilizá-la, a longo prazo, acabavam tendo efeito contrário, no momento presente. E as coisas só voltaram ao normal quando parei de falar sobre a o assunto (ou pelo menos das consequências diretas no seu dia a dia).

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Por isso, a dica que eu queria deixar aqui é que nem sempre vale a pena conversar com um filho sobre uma mudança que também envolverá sua rotina (qualquer que ela seja), com muita antecedência. Para os pequenos, a percepção da passagem do tempo é tão mais lenta do que para nós que, se você contar poucos dias ou semanas antes, o poupará de meses de angústia, esperando por algo que “nunca acontece”. E, principalmente, que se você conseguir passar tranquilidade frente a essa transformação, seu filho ficará bem. Portanto, deixe para conversar com ele quando, para você, tudo já estiver bem resolvido.