Sim, eu tive uma filha. Uma mulher. E sei de todos os sentimentos que isso gera em uma mãe de menina.

Sim, existe uma partezinha de você, lá no fundo, que ama olhar para a pequena e se reconhecer com uma certa facilidade. Que ama quando os outros dizem: “nossa, mas nem precisa falar que é sua filha! Uma a cara da outra!”. É uma delícia arrumar seus cabelos, colocar fitas coloridas, escolher os vestidos mais bonitos. É incrível ver a filhota crescer e reconhecer nela o despertar da feminilidade, da meiguice, do cuidar do outro, características tidas como tipicamente femininas.

Imagem: 123RF

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Mas eu também conheço um outro lado de ser mulher, e sei que minha filha precisará enfrentá-lo. Eu sei que historicamente passamos por um longo período de falta de escolhas. A vida, para uma menina que nascia pouco tempo atrás, já estava quase toda traçada: ela cresceria, precisaria aprender a arrumar a casa, a cozinhar, a costurar. Se fosse de uma família abastada, também teria aulas de música e etiqueta, para saber como receber as pessoas em sua casa. Talvez ela “até” estudasse, mas ninguém esperava que tivesse uma profissão. E se tivesse, era quase uma obrigação deixá-la, depois do casamento e dos filhos.

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Claro que o mundo atual já é diferente disso (pelo menos em nosso país – infelizmente há regiões em que as coisas continuam exatamente assim). Mas ainda herdamos o peso de um período tão grande em que ficamos afastadas de uma educação como a que os homens recebiam. Eu sei que, por melhor que ela seja, Catarina terá que provar constantemente seu valor. Terá que mostrar que merece uma chance profissional tão boa quanto um homem da mesma idade, que seu salário deverá ser igual ao de qualquer pessoa que desempenhe a mesma função dentro de uma empresa. Precisará ouvir comentários maldosos, que relacionam sua subida profissional ao comprimento da sua saia – mesmo que ela seja a mais competente de sua equipe.

Eu, como mãe, acho que tenho o dever de preparar minha filha para isso. Para que ela nunca duvide de seu valor, quando alguém tentar diminuí-la simplesmente por ser mulher (e acreditem, isso ainda acontece, não é história da Carochinha!). Aliás, eu desejo mais: que em seu coração ela nunca se sinta menos importante, fraca, impotente, porque nasceu menina – pois quando lá dentro você tem essa certeza, nada que venha de fora pode te ferir.

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Agora você pode estar se perguntando: mas o que isso tem a ver com o título do post? Por que você faz questão de que sua filha estude (e muito!)? Porque um mundo em que as mulheres passarão a ser mais respeitadas passa obrigatoriamente pela educação. Porque quando a pequena olhar para trás e ver o quanto aprendeu, o quanto se esforçou, ela terá convicção de que merece tudo aquilo que deseja. Porque dessa forma ela se dará valor, que é a primeira coisa necessária para que os outros saibam valorizá-la.

Eu, desde pequena, estudei muito, mas muito mesmo. E nunca me senti menos (nem mais, é bom deixar claro, uma vez que não se trata de uma competição) do que um homem. É uma sensação tão boa, que eu desejo o mesmo para a minha filha. E desejo também para todas as filhas de outras mães desse planeta. #pornossasfilhas