Eu não sei se vocês conhecem, mas as nadadeiras em formato de cauda de sereia estão virando uma febre entre as meninas. Vi pela primeira vez quando Catarina ficou completamente fascinada, assistindo a um vídeo do YouTube, no qual menininhas estrangeiras brincavam com elas. No mesmo momento a pequena me perguntou: “mamãe, posso ter uma?”. Ao que eu respondi: “só se for quando você já nadar muito bem, porque deve ser dificílimo ficar dentro d’água com isso!”.
Imagem: Divulgação
Pois eu achei importante compartilhar aqui no blog um comunicado, contra o uso dessas nadadeiras de sereia, que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), fez no início do ano. As peças, geralmente importadas, já estão chegando ao Brasil, e muitos pais estão comprando, a pedido dos filhos. Mas os órgãos desaconselham seu uso, por conta da falta de segurança oferecida ao nadador (ainda mais quando falamos de crianças, que, mesmo que façam aulas de natação e tenham alguma experiência dentro d’água, ainda estão em fase de aprendizado).
Um dos principais riscos, segundo o comunicado, é que o utensílio deixa os pés unidos e presos dentro da nadadeira, o que resulta em uma dificuldade muito grande para o pequeno permanecer de pé dentro d’água (posição que é fundamental quando ele precisa respirar). E não se deixe enganar por selos de segurança desses produtos: eles não são reais, alerta a SBP.
Vale lembrar que, mesmo para os adultos, o uso das nadadeiras e caudas de sereia é indicado apenas para nadadores profissionais e experientes (como é o caso dos artistas que fazem apresentações em aquários, por exemplo), que dominam técnicas de nado e apneia (método para suspender de maneira segura a respiração debaixo d’água). Isso porque mesmo quem já nada há bastante tempo pode acabar se desequilibrando, por conta do uso da nadadeira, e permanecer submerso por mais tempo – o que pode ocasionar um afogamento.
Imagem: http://aliexpress.com
É muito importante levar em conta esse alerta e repassar essas informações adiante (além de ressaltar que é fundamental que um adulto supervisione qualquer atividade das crianças na água), pois o risco de afogamento é real (e é, inclusive, a segunda maior causa de mortalidade infantil no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde).
Para saber mais medidas importantes que precisam ser levadas em conta para garantir a segurança dos pequenos na piscina, clique aqui.