Tem coisas no mundo da maternidade que a gente descobre quando um filho precisa, não é verdade? Foi justamente isso o que uma amiga comentou outro dia, quando contou que seu filho estava fazendo equoterapia (um método terapêutico no qual a criança anda a cavalo, e sobre o qual ela não conhecia muito). Seu pequeno não tinha um diagnóstico preciso, mas os pais receavam que houvesse atraso no desenvolvimento. E depois de passá-lo por diversos médicos, acabaram chegando a um neurologista, que o diagnosticou com hiperatividade, e recomendou esse tratamento alternativo. O resultado foi incrível: o menino muito mais tranquilo, focado, e se desenvolvendo muito bem!

Eu adorei conhecer essa história, e achei que seria muito interessante compartilhar mais informações sobre a equoterapia aqui com vocês. E se uma luzinha acendeu na sua cabeça, porque achou que ela pode ser benéfica para o filhote, vale a pena ir atrás de locais que ofereçam o serviço na sua cidade. Além de ser uma terapia natural, estimula o contato com os animais e o amor pela natureza (eu amo a ideia!).

Imagem: 123RF

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Como funciona

A equoterapia pode ser indicada pelos médicos para auxiliar no tratamento de pessoas com alterações neurológicas, síndromes e necessidades especiais. Trata-se de um método terapêutico que consiste em andar a cavalo, para que o paciente (criança ou adulto) receba estímulos do animal e, por meio deles, faça ajustes corporais e emocionais. Durante as cavalgadas, sempre acompanhadas de um instrutor, o praticante é estimulado também por um fisioterapeuta, que o acompanha e o incentiva a manter a postura, a direção, o raciocínio, entre outros aspectos que precisam ser trabalhados.

As sessões costumam durar cerca de 30 minutos, mas variam caso a caso. O quadro do paciente é o que definirá a duração do tratamento.

 

Benefícios

A prática envolve diversos benefícios, como o desenvolvimento de consciência corporal, equilíbrio, autoestima e independência. E qual o instrumento que proporciona todos esses ganhos? Sim, o cavalo! Isso porque o animal possui um movimento tridimensional e, por meio dele, são passados estímulos para os pacientes desenvolverem tudo isso.

Vale destacar ainda que, só pelo fato da criança estar montada no equino, já está trabalhando o corpo (pois o animal nunca está parado. E, consequentemente, esses movimentos – e estímulos – acontecem o tempo todo). Isso sem falar no ajuste do tônus muscular, que acontece naturalmente quando o pequeno precisa aprender a permanecer em cima do animal.

 

Crianças desenvolvem também confiança e amizade

Além de todos os benefícios citados, mais um (extremamente vantajoso!) é o da criação de uma relação de respeito, confiança e amizade com o cavalo. Isso vai acontecendo ao longo das sessões (não espere que seu filho manifeste isso desde o início, ok? Muitas crianças, especialmente as que nunca cavalgaram, ficam receosas ao se deparar com um bicho tão grande). Mas, ao perceber como eles são dóceis e como o passeio é prazeroso, vai-se criando um verdadeiro laço de amizade.

Essa relação com o animal também faz parte do tratamento: o primeiro contato e o depois. Em especial os pequeninos que apresentam comportamento agressivo se beneficiam muito dessa relação, pois é uma forma de ficarem mais tranquilos.