Catarina tinha apenas 10 dias de vida, e havia chegado o Natal. Como não podíamos sair com ela de casa, resolvemos fazer uma pequena ceia: chamamos os avós e os tios, arrumamos a casa, e tudo parecia correr mais tranquilamente do que esperávamos. Lá pelas tantas, quase meia-noite, um “presentinho” aparece: na hora da troca, um cocô voador explode, se espalhando pelo quarto inteiro! Começo a rir só de me lembrar dessa, que foi minha primeira experiência escatológica com a pequena!

Eu me lembrei dessa história, quando li o post de hoje, da nossa querida parceira Fabi. Nele ela fala sobre o exercício materno de perder a frescura! Imperdível!

Por Fabiana de Toledo

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Grávida do meu primeiro filho, ouvi muitos relatos e conselhos de mães veteranas que queriam antecipar o que eu viveria dali a pouco. Cansei de escutar que não iria dormir tão cedo, que, por um bom tempo, as saídas noturnas seriam mais raras do que arara azul, e que iria amar aquele serzinho loucamente. Check, check, check! Vivi mesmo cada uma das previsões e pensei “é verdade, elas tinham razão!”.

Sobre uma faceta da vida materna, porém, ninguém me alertou… Nunca, em tempo algum, uma mãe chegou a mim e, em um surto de sinceridade, disse: “olha, você vai se pegar fazendo cada coisa asquerosa que nem sonha” ou “você vai perder a pose de um jeito que nem imagina”.

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Imagem: 123RF

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Se você vivencia a maternidade real, com direito ao pacote completo, sabe bem do que estou falando, não é mesmo? Digamos que lavar bumbum sujo e, vez ou outra, ser premiada com um xixi nos braços é algo banal, o kit mais básico em meio às esdrúxulas ocorrências possíveis. Uma versão mais hardcore pode ir muito além e incluir episódios como levar um jato de vômito enquanto dorme com o bebê que estava doentinho, ou dar um jeito na lambança de roupas tão cheias de cocô que te fazem cogitar a hipótese de jogá-las no lixo. Ou vai falar que você, que tem filhos, nunca tirou uma caquinha de nariz na raça, ou melhor, na pontinha do dedo?

A verdade é que, depois que a gente é mãe, nossa rotina se transforma tão radicalmente que a gente se habitua até com o lado repugnante da coisa e deixa de enxergá-lo assim. O que, antes, pareceria repulsivo, passa a ser uma bobeira, um detalhe sem importância. Posso dizer que, na minha vida, a mudança foi tamanha que até o meu estilo mudou – até mesmo porque passei a trabalhar em home office e isso muda nosso jeito de se relacionar com a própria aparência.

Na minha outra encarnação, ou melhor, na minha vida pré-filhos, eu estava sempre alinhada – unhas feitas, cabelo escovado, salto alto e bolsa escolhida de acordo com o dia. Já hoje… Na minha sapateira atual, as alpargatas e sapatilhas reinam, meus esmaltes estão todos duros no armário e o secador de cabelo funciona a cada quinze dias e olhe lá. Não que eu tenha perdido a vaidade e viva um trapo, longe disso… Sempre passo uma maquiagenzinha e curto, sim, me sentir bonita, mas passei a relaxar muito mais na forma de me vestir. Hoje simplifico minhas escolhas, priorizo o conforto e dispenso rituais de beleza demorados – afinal, vivo correndo, tenho bebê no colo como um acessório constante, vira e mexe estou no chão com os filhotes (ou catando brinquedos), e travo uma eterna batalha contra o relógio.

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Não dá para negar: perdi a frescura em todos os sentidos! Mas quer saber? Gosto muito mais dessa minha versão atual! Com uns centímetros a menos do que antes, por vezes menos arrumada e, em certas ocasiões, até cheia de meleca… Mas orgulhosa por conseguir tirar o foco de mim mesma sem grandes dramas, e um tanto feliz por ter dois piticos que esmagam o meu peito de tanto amor.