Eu costumo brincar que mãe tem sempre um grande desafio para enfrentar com os filhos. Para algumas que conheço, não é fácil lidar com o equilíbrio entre maternidade e trabalho; para outras, as birras são algo que as tira do sério. Em minha casa digo que minha filha não dormia – e, quando finalmente passou a dormir, deixou de comer! Deu para se identificar com a situação?

Quando Catarina chegou aos 2 anos, uma grande transformação aconteceu em sua alimentação: aquele bebê risonho, que abria a boca para experimentar todos os tipos de papinha, cismou que não comia mais frutas, legumes e verduras. Era verdinho? Ah, ela já torcia o nariz, não queria nem experimentar (ou relembrar o sabor, porque já conhecia a maioria dos alimentos apresentados). Era uma frutinha mais molenga? Pior ainda, aí é que não engolia mesmo!

Imagem: 123RF

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E mãe sofre, porque percebe que o filho não come muitos dos alimentos de que precisaria para uma alimentação saudável. Em última análise, podem ocorrer até algumas carências nutricionais sérias (eu não sei se vocês conhecem esse dado, mas, segundo a Pesquisa de Demografia e Saúde de 2006, feita pelo próprio governo brasileiro – e que você pode conhecer aqui -, 20,9% das crianças menores de 5 anos apresentam quadros de anemia no Brasil). Por isso, achei interessante compartilhar com vocês algumas dicas que aprendi nessa fase (e que, com um trabalho intenso, foi superada!). Espero que sejam úteis com seu filhote também!

  • Ofereça o mesmo alimento regularmente. Quando você tem um chamado picky eater em casa (esse é o termo em inglês, usado para nomear as crianças que são muito seletivas com a comida), tem que trabalhar uma informação a seu favor: a de que seu filho provavelmente prefere comidas conhecidas. Isso significa que se você deixar de comprar mamão por algumas semanas, ele pode deixar de comê-lo (quanto menor a criança, mais facilmente ela se esquece do gosto de um alimento, passando a recusá-lo) – mesmo que tenha comido mil vezes o alimento antes dessa fase de seleção alimentar.
  • Tente não apresentar muitos alimentos desconhecidos de uma vez só. Seu filho não come alface, cenoura e tomate – e você pretende fazer um lindo prato com os três alimentos para ele? Pois a chance de que ele não coma nada é de quase 100%! Sempre que eu tentava fazer com que Catarina comesse algo diferente, preferia colocá-lo no meio de alimentos conhecidos, familiares, para que ela não recusasse o prato inteiro, logo no início da refeição.
  • Ofereça mil vezes, mas não obrigue a comer. Todas as vezes em que tentei literalmente empurrar um alimento para Catarina, meus esforços foram em vão. Ela cuspia, chorava, gritava, e ficava muito mais difícil fazer uma segunda tentativa alguns dias depois. Isso quer dizer que seu filho recusará inúmeras vezes algo e você permitirá? Para mim, é exatamente isso! Você oferece uma, duas, três, vinte vezes, até que o filhote aceite experimentar. E se ele comer e não gostar, não force a barra – tente dar mais algumas vezes, mas respeitando o fato de que os paladares são diferentes (e vão modificando ao longo do tempo. Ou você sempre comeu os mesmos alimentos a vida inteira? Eu não!).
  • Apresente um alimento “desafio” de diferentes maneiras. Sabe aquela comidinha que seu filho não quer provar de forma alguma? Tente fazer um desenho com ele no prato – o pequeno pode achar divertido! Ou encontre outras receitas com o mesmo – por aqui, por exemplo, Catarina só voltou a comer banana quando a provou à milanesa!
  • Dê o exemplo. E talvez essa seja a parte mais difícil! Porque muitas vezes queremos que nossos filhos comam bem, mas eles só nos veem comendo industrializados. Faça uma auto-avaliação e analise se sua alimentação é exemplar – se o pequeno perceber que mamãe e papai comem algo frequentemente, depois de um tempo ele achará natural experimentar.

Por aqui, foi um ano intenso de luta, até que eu conseguisse que a Catarina começasse a comer melhor. Muita paciência, dias em que eu via uma melhora significativa, para um retrocesso logo em seguida (e com criança não é sempre assim: quando você acha que está conseguindo, eles te mostram que vai demorar mais um tempinho).

Por fim, sempre ouça o aconselhamento do pediatra do seu filho sobre sua alimentação – fazendo um acompanhamento de seu crescimento e desenvolvimento ele poderá desconfiar de alguma carência nutricional que requeira tratamento. E, finalmente, não se culpe – muitas mães enfrentam o mesmo desafio, e, com muito amor e carinho, em breve o problema de alimentação do filhote será apenas uma história sobre sua infância!

* Esse artigo é um oferecimento de Biotônico Fontoura, um suplemento mineral livre de prescrição que há mais de 100 anos vem sendo usado na suplementação de ferro (por possuir em sua fórmula sulfato ferroso heptahidratado). É indicado por muitos pediatras como auxiliar em casos de anemia carências e em dietas inadequadas.

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