Você já ouviu falar em eclâmpsia na gravidez? Eu já sabia um pouco a respeito, pois tenho uma amiga que manifestou o quadro e precisou antecipar o nascimento da filha (felizmente deu tudo certo e hoje a menina é uma fofa crescidinha!). Mas confesso que não conhecia todos os sintomas (apenas sabia que estava relacionada ao aumento da pressão da gestante), nem a magnitude dos riscos para a mãe e o bebê, até que recebi o contato de uma leitora, dando seu depoimento pessoal.

A eclâmpsia merece especial atenção, porque mesmo mães que não possuem aumento constante de pressão podem ser acometidas antes, durante ou depois do parto pela complicação – como aconteceu com a leitora Natália Oliveira. Mãe aos 18 anos, ela gentilmente compartilhou conosco sua experiência, que você confere abaixo, juntamente com mais informações sobre o problema. Vale a pena se informar!

eclampsia na gravidez

O que é eclâmpsia?

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A eclâmpsia é uma complicação da gravidez que afeta o cérebro da gestante e resulta em convulsões (essa é a principal manifestação do problema). No caso da Natália, a primeira convulsão veio quando ela tomava banho, um dia depois do nascimento da filha. “Eu senti uma tontura enorme e depois não me lembro de mais nada. Foi minha sogra quem me contou, horas mais tarde, que eu estava convulsionando no chão do banheiro”, conta. Logo depois veio o diagnóstico – e uma internação de urgência. Inclusive, esse é o tratamento mais indicado para o quadro, pois é necessário que a paciente tome medicação intravenosa para cessar as convulsões e fazer a pressão voltar ao normal.

É importante notar que ainda na gestação e no dia do parto Natália já demonstrava diversos sinais de pré-eclâmpsia (que pode anteceder a eclâmpsia), que não foram detectados pela equipe médica. Segundo ela, desde que engravidou, passou a sentir muitas dores de cabeça, e no dia em que sua filha nasceu chegou a desmaiar, teve aumento da pressão (embora durante toda a gravidez ela tenha sido baixa) e sentiu dormência na face, de modo que não conseguia comer sem derramar os alimentos. Também podem ser sinais de uma pré-eclâmpsia que está evoluindo: aumento rápido de peso, inchaços pelo corpo, dor de barriga intensa, alterações na visão e vômitos.

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Assim como aconteceu com a leitora, as mulheres podem manifestar eclâmpsia durante ou depois do parto, mas também é comum que ela apareça antes (principalmente nos 3 últimos meses da gravidez). E o diagnóstico correto é essencial, pois, além das convulsões e de um possível sangramento vaginal, as pacientes correm risco de entrar em coma, ou até mesmo vir a óbito (mãe e filho).

 

Eclâmpsia ou pré-eclâmpsia?

Além da eclâmpsia, os médicos também falam em pré-eclâmpsia. Esta situação é mais comum do que a eclâmpsia e consiste em quadros de hipertensão durante a gravidez. O que diferencia uma da outra é que na pré a mãe não apresenta convulsões (e por isso ela é menos grave – mas também merece atenção, pois pode evoluir para a eclâmpsia, ou ainda originar uma Síndrome de HELLP).

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O que acontece na pré-eclâmpsia é que o bebê (um corpo estranho ao organismo da mulher) gera uma resposta imunológica na gestante, que pode passar a liberar proteínas na circulação sanguínea (outro sintoma do problema é justamente um alto índice de proteína na urina da paciente, que vem da filtragem do sangue). Elas afetam os vasos sanguíneos e resultam no aumento da pressão arterial. Assim como a eclâmpsia, a pré-eclâmpsia também coloca em risco a saúde da mãe e da criança e deve ser tratada com uma dieta especial (sem sal, para controlar a pressão) e repouso (em casos graves, pode ser recomendado medicamento específico e adiantar a data do parto).

Também vale ressaltar que uma complicação não é necessariamente consequência da outra (inclusive, números apontam que a minoria de mães com eclâmpsia teve pré-eclâmpsia).

 

A eclâmpsia pode trazer consequências ao bebê?

Geralmente não. O que acontece é que quando é detectado um quadro de eclâmpsia, o bebê pode nascer prematuro (pois a placenta é afetada, e a passagem de sangue e oxigênio para a criança fica reduzida). Muitas vezes é recomendada a realização do parto com antecedência, para diminuir os riscos à mãe e ao feto e cessar a complicação (com a retirada da placenta, a eclâmpsia regride naturalmente). Com isso, as consequências que a criança pode apresentar são as mesmas de qualquer outra que nasça antes do tempo, como hemorragias, e problemas respiratórios nos primeiros anos de vida (ou seja, as disfunções são decorrentes da antecipação do parto, e não da eclâmpsia propriamente dita). Contudo, não são todos os prematuros que desenvolvem esses quadros.

 

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Tem prevenção?

A primeira recomendação é manter o controle da pressão durante toda a gravidez (e evitar tudo o que possa aumentá-la, como ingerir comidas com excesso de sal, bebidas alcoolicas ou fumar). Além, é claro, de cuidar do pré-natal (especialmente mulheres que já tiveram parentes com o problema e ainda diabéticas, obesas, hipertensas, com doença renal crônica ou aquelas com mais de 40 anos ou menos de 18 – esses são os grupos mais predispostos a desenvolver eclâmpsia).

 

Se a mulher apresenta algum desses quadros, pode ser recomendado que ela fique mais tempo no hospital depois de dar à luz, para fazer acompanhamento médico (pois os sintomas podem desaparecer em até 12 semanas). Contudo, depois de cessados, eles não trazem mais consequências à nova mamãe. Em uma segunda gestação, inclusive, os riscos de pré-eclâmpsia caem bastante (é como se a primeira gestação fosse um fator protetor, mas desde que o pai da criança seja o mesmo da anterior). Isso porque ela passa a identificar que o feto não é um corpo estranho (e as respostas imunológicas do organismo não acontecem).

 

E você, viveu ou conhece alguém que tenha passado por esse drama durante a gravidez? Não deixe de nos contar nos comentários – e vamos ajudar novas futuras mamães, compartilhando relatos e informação!