A síndrome HELLP é uma complicação grave da gravidez caracterizada por uma tríade de sintomas: hemólise, dano ao parênquima hepático e trombocitopenia. Manifesta-se clinicamente por sintomas de crescimento rápido – dor no fígado e abdómen, náuseas, vómitos, edema, pele amarelada, aumento da hemorragia, diminuição da consciência até ao coma.

É diagnosticado com base em um exame de sangue geral, um estudo da atividade enzimática. O tratamento envolve parto de emergência.

Causas da Síndrome de HELLP

Grávida com dor

Grávida com dor – Foto: Freepik

Até o momento, a etiologia do transtorno não foi finalmente determinada. Especialistas na área de obstetrícia e ginecologia propuseram mais de 30 teorias sobre o surgimento dessa patologia obstétrica aguda.

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Muito provavelmente, ela se desenvolve com uma combinação de vários fatores, agravados pelo curso da gestação. Entre as causas mais comuns da doença estão:

  • Doenças imunológicas e autoimunes
  • Anormalidades genéticas. A base para o desenvolvimento da síndrome pode ser uma falha congênita dos sistemas enzimáticos do fígado, que aumenta a sensibilidade dos hepatócitos à ação de fatores prejudiciais decorrentes de uma resposta autoimune. Várias mulheres grávidas também têm distúrbios congênitos do sistema de coagulação.
  • Ingestão descontrolada de certos medicamentos. A probabilidade de desenvolver patologia aumenta com o uso de medicamentos farmacológicos.

Sintomas da Síndrome de HELLP

Linda mulher grávida

Linda mulher grávida – Foto: Freepik

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As manifestações iniciais da doença são inespecíficas. Uma mulher grávida ou em trabalho de parto queixa-se de dores no epigástrio, no hipocôndrio direito e na cavidade abdominal, dor de cabeça, tonturas, sensação de peso na cabeça, dores nos músculos do pescoço e na cintura escapular.

Fraqueza e aumento da fadiga, deteriora visão, náuseas e vómitos , e inchaço ocorrer .

Os sintomas clínicos progridem muito rapidamente. Conforme a condição piora nos locais de injeção e nas membranas mucosas, áreas de hemorragia são formadas, a pele torna-se ictérica.

Letargia, confusão de consciência é observada. Com um curso grave da doença, são possíveis ataques convulsivos, com aparecimento de sangue no vômito. Nos estágios terminais, o coma se desenvolve.

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Prevenção

Mulher grávida tocando a barriga

Mulher grávida tocando a barriga – Foto: Freepik

Não existe prevenção para a Síndrome de HELLP, pois até hoje não se sabe ao certo as causas do seu aparecimento. No entanto, mães que possuem doenças crônicas do coração e do rim, ou então diabetes ou lúpus, estão mais predispostas a ter o problema.

O mesmo ocorre para as que sofrem com pré-eclâmpsia durante a gravidez (estudos apontam que cerca de 8% dessas pacientes desenvolvem HELLP). Nesses casos, a gestante deve fazer repouso e adotar uma dieta com pouco sal para manter a pressão em dia.

E vale lembrar da recomendação que vale para toda futura mamãe: independentemente do quadro, não deixe de seguir à risca as instruções do médico durante o pré-natal e manter uma rotina saudável durante a gestação.

Esses cuidados, apesar de um pouco óbvios, são fundamentais para prevenir a HELLP e outras complicações sérias que podem afetar sua vida e a do seu filho.

Caso da vida real

mulher grávida no computador

mulher grávida no computador Foto: Freepik

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Assim como a personagem da novela, a leitora Ana passou pelo mesmo problema, mas, felizmente, ela e sua filha Laura conseguiram superá-lo com vida. Como na novela, Ana teve aumento de pressão e, além disso, dores na boca do estômago e bastante sede. Tudo isso com aproximadamente 28 semanas, antes de sua filha nascer. Segundo ela, esses sintomas foram relatados ao médico e feitos exames de rotina – e nada anormal foi detectado.

Já nas semanas anteriores ao parto da Laura, uma cesárea agendada, Ana conta que o desconforto aumentou. “Uma semana antes de minha filha nascer, comecei a me sentir muito indisposta, mas imaginei que fosse o calor forte e o inchaço, e achava que tudo ia passar.

A minha pele começou a ficar com tom acinzentado e foi escurecendo. E na noite anterior ao parto, tive contrações a madrugada toda, mas também achei que fosse normal, pelo nervosismo que eu estava sentindo”, recorda. “Já fazia dias que eu mal conseguia comer por causa da dor de estômago e a sede era insuportável.

Quando a Laura nasceu, ouvi o médico dizer que ela já tinha feito cocô e estava sofrendo. Entrei em pânico!”. Apesar disso, a pequena logo se recuperou e ficou bem.

Em meio a todos esses sintomas, infelizmente, o pior ainda estava por vir. Durante a recuperação, a pressão de Ana não diminuía e, ao levantar para o primeiro banho, se sentiu tonta, desmaiou e teve convulsão. E a sede e a dor no estômago permaneciam. Foi aí que uma médica identificou que se tratava de HELLP e a paciente foi encaminhada para a UTI.

O risco das consequências

Assim como aconteceu com a Ana, a síndrome pode demorar para ser descoberta – e esse é um fator de risco que complica o tratamento. Se o problema for agravado, a mãe pode desenvolver edema nos pulmões, insuficiência cardíaca e renal, hemorragias internas, acidente vascular cerebral ou ainda sofrer com o descolamento da placenta, o que pode levar à morte do feto.

Já se o bebê sobreviver, ele pode desenvolver doenças como Deficiência de LHCAD, caracterizada por retardo no desenvolvimento e baixo peso corporal e tônus muscular.

Por isso é fundamental que qualquer desconforto sentido durante a gestação seja avisado ao médico. “Prefira ser uma gestante manhosa, que quando sente dor ou mal-estar corre pro hospital. Eu acho que errei em ter absorvido muito aquele ditado ‘gravidez não é doença’ e querer ser forte demais e mostrar para os outros que estava bem”, relata Ana.

Toda essa preocupação é necessária porque, afinal, quanto antes detectada, menores as consequências para a mãe e o bebê e as chances da doença ser fatal.