Hoje foi uma daquelas noites de acordadas frequentes aqui em casa. Catarina, como boa parte das crianças da cidade, está com aquele “catarrinho” crônico de fim de inverno – a vantagem é que agora, com 4 anos (na verdade já faz um tempo que ela aprendeu), já consegue assoar o nariz, ao invés de engolir ou deixar que vá tudo para o pulmão. Um alívio e tanto!

Mesmo assim, a tosse reinou na madrugada, e eu me lembrei de alguns truques que uso por aqui – dicas caseiras que aprendi com a minha mãe, ou com a própria maternidade exercida na prática, e que ajudam bastante em fases como essa. Se você tem um bebê ou uma criança pequena tossindo por aí, tenho certeza de que elas podem dar um conforto maior para o pequeno na hora de dormir. Veja só:

Imagem: 123RF

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1) Lave bem o nariz: mas como o nariz está relacionado ao tossir? Na verdade, muitos episódios de tosse acontecem justamente porque a secreção que está no narizinho vai descendo e chega até o pulmão, obstruindo brônquios e bronquíolos, que são a passagem natural do ar que respiramos. E numa tentativa de expulsar tudo isso, o corpo provoca a tosse. Você já sentiu aquele catarro escorrendo pela garganta, e que não vai e nem volta? Não dá uma vontade louca de tossir nessa hora? Pois o filhote sente o mesmo – o que significa que a lavagem do nariz poderá auxiliar bastante para que a tosse (pelo menos) diminua de frequência. Quando Catarina era bebê, eu usava um conta-gotas para a aplicação do soro (também já usei seringa, mas sei que é preciso bastante cuidado para utilizá-la – do contrário, se aplicada força excessiva e o bebê estiver deitado, o catarro pode chegar até o ouvido). Agora que está maiorzinha, eu prefiro os produtos em jato contínuo, que dão uma ótima lavada e não são contaminados pelas bactérias do ambiente (porque permanecem fechados por uma válvula no frasco). Lave o nariz do filhote várias vezes ao dia, e se ele acordar à noite com tosse, reforce a ação.

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2) Faça inalação com soro fisiológico: meu inalador é um dos objetos mais usados aqui em casa – basta que Catarina pegue um resfriadinho, que ele já está de prontidão. Quando a criança (e nós adultos também, claro!) faz inalação, está umidificando toda a mucosa do sistema respiratório, o que ajuda a soltar o muco. Algumas pessoas costumam dizer que logo depois da inalação a tosse piora – o que pode acontecer é que o catarro fica mais solto, e até expeli-lo o filhote tosse um pouquinho (mas é por uma boa causa, para limpar!). Fazendo várias sessões de inalação por dia (nos períodos críticos eu faço a cada três horas), você verá que seu filho dormirá melhor e com menos tosse. Ah, e uma observação importante: não coloque medicação no soro, a não ser por recomendação expressa do pediatra do filhote.

3) Eleve a cabeceira da cama, ou coloque um travesseiro extra: para os bebês, é mais fácil colocar algo sob o colchão (eu usava até uma pilha de livros). Assim, o pequeno dormirá mais inclinado para a frente, evitando que o catarro que está perto da garganta volte, gerando a tosse. Para os maiores, basta colocar um travesseiro extra ou mais alto.

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4) Mel: a partir de um ano você já pode dar uma colherzinha de mel para seu filho (antes disso não, em função do risco de aquisição da bactéria que causa botulismo). O mel tem propriedades anti-inflamatórias e antissépticas (ou seja, ajuda na eliminação de microorganismos), e por isso realmente funciona para o alívio da tosse (como já comprovado por alguns estudos). Aqui em casa tenho sorte de Catarina adorar (aliás, se eu deixar ela come todo dia como sobremesa), e, como já dizia minha mãe (que é médica, inclusive), faz um bem danado porque limpa a garganta. Há mães que misturam com alho (mas por aqui a pequena não aceita, então prefiro colocar hortelã bem amassadinho).

5) Cebola: eu comentei nesse post aqui , fiz o teste da cebola, e em alguns casos ela funciona mesmo! A ideia é descascá-la, cortar em pedacinhos e deixar em um prato, no quarto do seu filho, enquanto ele dorme (prepare-se para a casa inteira ficar com o cheirinho!). Até onde pesquisei, a cebola também é anti-inflamatória, e inalar os produtos que ela solta no ar acalma a tosse. Entretanto, houve outras vezes em que tentei utilizar o artifício, e Catarina só melhorou com medicação (portanto, use a dica com critério, e se a tosse não for amenizada, o ideal é procurar o pediatra).

Outras informações importantes: como eu também já falei aqui no blog (veja esse post sobre falta de ar), o pediatra de Catarina me explicou que em bebês e crianças uma tosse muito frequente, que não passa, pode ser sinônimo de brônquios fechados – o que quer dizer que seu filho não está respirando direito (isso é relativamente comum em uma crise de asma). Se o filhote for pequenininho e esse tipo de tosse começar, fale imediatamente com o médico, pois pode ser necessário levá-lo ao pronto-socorro (eu vivi essa experiência na pele e recomendo, sem querer alarmar: não deixe o tempo passar, porque se a situação piorar pode ser preciso fazer uma internação).

Para bebês pequenos que ainda não sabem assoar o nariz, uma dica interessante é aspirar o catarro (mas converse com seu pediatra para ver como ele recomenda que isso seja feito). Muitas mães simplesmente amam o Nosefrida, que é um produto importado com o qual você consegue sugar o muco, colocando uma ponta de um longo tubinho dentro do nariz do filhote e a outra na sua boca (você não vai engolir a meleca – mas aposto que até isso faria no meio de uma crise forte de tosse do filhote!). Há também opções nacionais similares, que você pode achar em lojas de artigos infantis.

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Espero que essas dicas ajudem em uma noite mais tranquila por aí! E força, que acaba dando tudo certo!