Um dos terrores das mães de bebês tem nome certo – assadura! Mesmo que você tenha o maior cuidado com a higiene do filhote, é muito provável que já tenha presenciado essa irritação na pele do pequeno – sobretudo nas áreas que ficam embaixo ou em contato com a fralda. Comigo não foi diferente: embora não tenhamos passado pela experiência de uma assadura grave, percebi que, ao menor descuido, a pele de Catarina ficava vermelhinha, e que era necessário cuidar com muita atenção para que a situação não piorasse.
A assadura
Vamos começar conversando sobre a formação da assadura? Quando a pele do seu bebê fica úmida, em contato com o xixi e o cocô, acontece algo importante – seu pH muda, deixando-a mais sensível ao contato com a própria fralda. Assim, quando o filhote se movimenta e ocorre o atrito da fraldinha com a superfície do corpo, a pele fica irritada, vermelha, literalmente como se estivesse “assada”. E isso causa um desconforto enorme em seu filho, que chora (deixando o coração de mãe partido, não é mesmo?).
A prevenção da assadura
Como falei acima, a grande causa da assadura é o contato da pele do bebê com a umidade – que acontece quando, dentro da fralda, o corpo fica exposto ao xixi e ao cocô (em alguns bebês mais gordinhos, as assaduras também acontecem nas dobrinhas, que ficam úmidas de suor). Por isso, a principal forma de prevenção das assaduras é impedir esse contato, através das seguintes medidas:
1) Troque frequentemente a fralda do seu bebê. Uma boa dica (e era exatamente o que eu fazia com a pequena) é realizar a troca a cada mamada. Você perceberá que, na fase de recém-nascido, isso acontece mais ou menos a cada duas horas. Depois, com o passar do tempo, as mamadas vão espaçando, e você naturalmente trocará menos fraldas. Mas do ponto de vista da prevenção de assadura isso faz sentido? Claro! Nos primeiros meses, o filhote tem a pele muito, muito sensível, e a necessidade da troca frequente é maior. Após alguns meses, aos poucos ele vai adquirindo o controle dos esfíncteres, e começa a segurar por mais tempo o cocô e o xixi. Além disso, a pele vai ficando menos fina, e você poderá trocá-lo menos vezes durante o dia, sem que as assaduras apareçam. Só um alerta: na época da introdução alimentar, pela modificação da dieta do pequeno, é comum que as assaduras surjam – então cuidado redobrado!
2) Faça uma boa higiene. O ideal é usar água morna para limpar o filhote quando ele fizer xixi (por isso ter a garrafinha térmica no trocador é fundamental). Quando o pequeno faz cocô, muitos pediatras recomendam que a higiene seja feita com água morna e um sabonete infantil (eu fazia apenas com água e também dava certo – mas acredito que isso possa não funcionar para todos os bebês) – converse com o médico do seu filho e siga sua recomendação.
3) Escolha uma boa fralda – mas lembre-se de que nem a melhor delas evitará uma assadura! É claro que uma fralda com bom poder de absorção, trocada na frequência correta, diminui a chance de seu bebê vir a ter uma assadura, pois o contato com o xixi será menor do que em uma fralda de pior qualidade. Mesmo assim, não descuide da limpeza e do uso de uma barreira de proteção – o creme antiassaduras.
4) Use um creme antiassaduras. A função desse produto é justamente evitar o contato direto entre a pele do bebê e a umidade (xixi e cocô que estão na fralda). Embora todo creme antiassaduras funcione como uma cama protetora, eles apresentam características diferentes (e você deve estar atenta a elas para escolher um bom produto):
– Facilidade de aplicação/remoção: pense que você terá que aplicar e remover o produto centenas de vezes ao longo das trocas de fralda – por isso, se ele tiver um bom espalhamento e for retirado com facilidade, você poupará muito tempo do seu dia.
– Transparência X opacidade: quando o creme antiassaduras é transparente, facilita a visualização da pele do bebê (você consegue enxergar se o vermelhidão está melhorando, por exemplo). Entretanto, a grande maioria dos produtos atuais ainda é opaca.
– Adição de produtos que recuperam a pele do bebê: alguns cremes antiassaduras funcionam como mais do que uma simples barreira de proteção, por conter substâncias que ajudam na hidratação da pele, ou que estimulam a proliferação das células da região (o que ajudará a resolver a assadura mais rapidamente), como é o caso do dexpantenol (também chamado de Pró-Vitamina B5).
– Presença X ausência de corantes, fragrâncias, conservantes e antissépticos: quando presentes na fórmula, esses produtos podem ajudar na irritação da pele de alguns bebês mais sensíveis, que desenvolvem alergia com mais facilidade.
Observação pessoal: de todos os cremes antiassaduras que experimentei na época em que Catarina usava fraldas, apenas o Bepantol Baby reunia as características que citei acima: facilidade de aplicação/remoção, transparência (porque é à base de lanolina), adição de Pró-Vitamina B5 e ausência de corantes, conservantes, antissépticos e fragrâncias, por isso já o recomendei aqui no blog.
5) Deixe o bebê sem fraldas depois da higiene. Sempre que conseguir, deixe o filhote sem fralda depois que realizar a limpeza do bumbum e das genitálias e aplicar o creme antiassaduras. Assim, a pele sai do ambiente “abafado” e pode respirar, ficando menos susceptível às assaduras.