Muitas vezes, quando vejo aqueles comerciais de televisão de retratam a maternidade, fico pensando nas pessoas que os criaram. Será que são homens, que nunca viverão na pele a realidade de uma mãe? Ou são mulheres, ainda jovens, que acreditam nas cores pastéis com que pintam o papel de uma mãe? Ou ainda, será que são mães reais, que já passaram pelo turbilhão de sentimentos que uma mulher com filhos pequenos conhece bem, mas que já tiveram a loucura dos momentos difíceis apagada pelo tempo? Eu não sei, mas certamente se eu fosse produzir essas cenas, elas seriam bem diferentes (um tanto engraçadas, no melhor estilo “ria para não chorar”!).

Por favor, não me entendam mal: eu amo ser mãe. Aliás, a maternidade é certamente uma das coisas mais importantes da minha vida, se não a de maior importância atualmente. Não há dinheiro no mundo que pague a felicidade de olhar docemente um filho, todos os dias. Muito menos de sentir sua mãozinha, seu abraço, seu coração batendo pertinho do seu. O que estou querendo dizer é que há dias em que você cansa – porque, fatalmente, você sabe que o rojão vai estourar na sua mão.

mae segura rojao

Como? Ah, eu poderia fazer uma lista com cem itens, só para começar! Quem é que passa os primeiros meses do bebê praticamente sem dormir, comendo e tomando banho em cinco minutos (se tanto!), olhando-se no espelho e se achando acabada? A mãe, claro! E quando o filho fica doente, quem é que acorda de hora em hora para ver se a febre baixou, que precisa explicar para o chefe que vai sair mais cedo para levar o pequeno ao médico, e que acaba pegando todas as viroses possíveis e imaginárias porque seu corpo também está no limite do cansaço? Pois é, a mãe também.

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E vocês acham que melhora quando o tempo passa? Então vou contar um segredinho: não passa não, só muda o foco! Porque se a criança faz qualquer coisa errada (ou que fuja dos padrões de quem a está observando), foi a mãe quem não soube educar (mas ninguém pensa que aquele comportamento pode ser típico da idade – como a birra -, ou que ela pode estar apenas cansada, com fome ou doentinha; o julgamento prévio já aconteceu, e foi colocado na conta materna, num piscar de olhos).

Isso sem falar na guerra da rotina. Você sempre é a mãe chata que precisa pegar no pé para que o filho durma na hora certa, coma de forma saudável, escove os dentes, não fuja do banho… Porque se não for assim, você sabe muito bem que quem vai aguentar o filhote chorando de cansaço ou de fome é você (é ou não é?). Se você faz a “linha dura”, aos olhos dos outros é estressada; se tenta levar as coisas de forma mais leve, é uma mãe “banana” que vai criar uma criança que faz o que quer.

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E tem também o peso das escolhas, que acabam sobrando para a mãe. Se você decide tratar seu filho com alopatia, sempre vai aparecer alguém para dizer que homeopatia é muito melhor (e vice-versa). Se você resolve montar um quarto montessoriano, porque acredita que dessa forma o bebê se desenvolverá com muito mais autonomia, vai ter que ouvir que está “inventando moda” – afinal, “por que você não compra tudo clássico, como todas as suas primas fizeram? É muito mais elegante! ”. Se você decide levar seu filho na festa do amiguinho da escola (aquela que o pequeno espera há um mês, porque é do colega de quem ele mais gosta), corre o risco de ser cobrada porque não foi ao almoço de família. Ou seja, não importa o quanto você se esforce: provavelmente vão achar, em algum momento, que você está fazendo tudo errado.

E sabe o que talvez seja o mais incômodo de toda essa situação? É que, no fundo, você só está tentando acertar, conciliar o que é melhor para todos, mas sem abrir mão do que considera o melhor para o filho. Porque mãe é mãe (e digam o que quiserem) – vai sempre colocar a felicidade do filhote em primeiro lugar.