Vocês que acompanham o blog sabem: acabei de tirar férias na Disney com Catarina. Durante a viagem, eu postei diversas fotos no Instagram do blog, e desde então muitas mães têm me perguntado: mas você não vai contar detalhes dessa experiência? Se realmente vale a pena levar uma criança pequena para Orlando, considerando que é uma viagem longa, para o exterior? Eu estava louca para compartilhar tudo com vocês – mas só agora, que já faz quase uma semana que retornamos, é que estou conseguindo respirar, tirar o atraso dos dias de ausência, para contar um pouquinho dessa longa história!
Eu poderia começar contando sobre a magia desses dias (e preparem-se, porque quase todo o post é sobre isso mesmo!), mas antes devo dar um toque de realidade à ideia de levar um filho pequeno à Disney. O passeio é uma delícia, sem sombra de dúvidas, mas é também cansativo para os pequenos. Durante nossos dias em Orlando, eu presenciei basicamente duas situações relacionadas às famílias com bebês e crianças novinhas: a primeira – pais que estavam lá para fazer uma viagem programada para que os filhos a aproveitassem (fazendo um ritmo mais leve, na qual a grande atração era conhecer os personagens – porque é esse o ponto de interesse dessa faixa etária – respeitando horários de refeições, e dando oportunidade para que os filhotes descansassem; mesmo que isso custasse a sensação de não estar aproveitando tudo o que os parques têm a oferecer aos adultos). E a segunda: pais que tentavam impor um ritmo de adulto às crianças – e, nesse caso, o resultado eram pequeninos estressados, cansados ao fim do dia (e que choravam, claro, como era de se esperar).
Essa observação me fez ter a certeza de ter feito escolhas acertadas, desde que iniciei o planejamento da viagem, há alguns meses. Eu e meu marido decidimos que essa seria uma viagem mágica para a Catarina, e que o nosso grande prazer seria vê-la vibrando a cada minuto. Quando escolhemos os “fast pass” das atrações dos parques da Disney (você pode escolher três atrações em um dia para ter um acesso prioritário – o que é muito justo, pois cada um escolhe aquelas de maior interesse), optamos por marcar os encontros com seus personagens favoritos, e por alguns brinquedos tranquilos, que já conhecíamos e sabíamos que ela curtiria. Nos parques, a hora de ir embora era ditada por ela – quando víamos que estava muito cansada, voltávamos para o hotel, mesmo que isso significasse retornar às 17h. Como queríamos que ela tivesse a chance de ver a queima de fogos na frente do castelo da Cinderela (e que ela simplesmente amou!), reservamos um dia para chegar ao local já à noite, deixando o restante do dia livre, para que ela descansasse.
Isso quer dizer que sugiro que vocês deixem de lado todas as atrações e passeios “de adulto”? Não, claro que não. Sempre é possível fazer um revezamento com o marido, ou com os avós (aliás, meu pais foram conosco e eu confirmo: isso facilita muito!!!), para conseguir aproveitar aquilo que não faz parte do roteiro dos pequenos. Mas é claro que é preciso priorizar algo – que, no meu caso, foi a vivência de Catarina.
Agora podemos fazer sobre magia? Porque é só o que me resta contar! Essa foi minha quarta viagem à Disney, e, certamente, a mais mágica de todas! E isso considerando que, até certo tempo atrás, eu tinha certa resistência em levar crianças pequenas para esse destino (basicamente eu pensava que seria um gasto de dinheiro à toa, pois elas pouco se lembrariam do passeio). Até que eu li um texto de um pai, que havia levado sua filha de três anos, e que mudou minha forma de ver as coisas. Ele terminava o relato de sua experiência com a seguinte sugestão: “leve seu filho enquanto ele ainda acredita”. E sabem o que senti durante toda a viagem? Que é exatamente isso o que todos os pais do mundo deveriam ter a chance de fazer – porque é tão lindo, tão emocionante, que me faltam palavras para descrever com exatidão o que acontece no coração de uma mãe e de um pai ao ver o brilho nos olhos do filho.
Mas por que foi tão bacana? Porque Catarina acreditou que absolutamente tudo era real! Durante o almoço no castelo da Cinderela, ela ganhou uma “varinha mágica” – de plástico, claro, produzida provavelmente na China. Quando dissemos a ela que ela poderia fazer um pedido, que a varinha funcionava de verdade, ela pediu para conhecer as princesas de perto. Então adivinhem quem entrou pouco depois no salão? Branca de Neve, Aurora, a Pequena Sereia… Conclusão: ela tem certeza de que fez magia!!! Quando entramos na sala em que a Tinker Bell recebia as crianças (a porta de entrada tem luzes, produzindo a atmosfera que só a Disney sabe fazer), a pequena achou que tinha ficado do tamanho de uma fada – afinal, todos os objetos eram enormes (propositalmente, claro!), o que significava que ela havia diminuído!
Almoço com as princesas: alguma dúvida de que aquela era realmente a Ariel, a Pequena Sereia?
Com Tinker Bell: o momento de ficar do tamanho de uma fada!
Para Cacá, passamos por um espelho mágico para entrar na biblioteca do castelo da Bela, voamos em um navio pirata para ir à Terra do Nunca com Peter Pan, vimos príncipes, princesas e até vilões nas paradas (posso contar um segredinho? Enquanto a pequena dava tchauzinho e os chamava com toda a sua alegria, um “cisco” entrou no cantinho do meu olho).
Na parada: a emoção de ver todos os personagens juntos!
Embora Catarina não saiba ler, o grande presente que ela trouxe da viagem foi seu caderno de autógrafos – a prova real de que ela conheceu de pertinho Mickey, Minnie, Pateta, Pluto e quase todas as princesas das histórias da Disney. Ela sabe de cor de quem é cada uma das assinaturas, e o que cada personagem disse para ela (eu ia traduzindo o que eles falavam, e ela abria um sorriso enorme!).
Então como terminar esse post? Dizendo que esses foram dias de agradecimento! Por ter a oportunidade de ver a pureza dos pequenos, que é tão contagiante, que faz com que você volte a acreditar na magia também. Por poder deixar aflorar a criança que estava guardada lá no fundo, apagada pela rotina do mundo dos adultos. E poder abraçar seu filho e sentir toda a felicidade que pulsa em seu interior.
Para mim, não importa se Catarina se lembrará conscientemente do que viveu na viagem (até por isso, registramos tudo, para que ela possa ver depois). Porque eu tenho certeza de que a magia desses dias ficará para sempre gravada em seu coração.
* Agradecimentos à RCA Turismo, que cuidou dos detalhes da nossa viagem para que tudo saísse perfeito, e ao Ingressos RCA, que nos presenteou com um lindo copo dos Minions.