Posso tentar adivinhar tudo o que você já fez ou terá que fazer hoje? Certamente você levantará, preparará o café da manhã para sua família, passará uma parte do dia brincando com seu filho (ao mesmo tempo que atende a uma importante ligação telefônica), correrá ao mercado para comprar alguns itens da casa que estão faltando, antes de pegar o pequeno na escola; ou, se ele ainda é um bebê, se virará em mil para levá-lo junto, correndo o risco de ouvir o maior berreiro – afinal, na metade da atividade ele se cansou, ficou com fome, ou simplesmente cismou que queria levar o pacotinho de biscoitos com os personagens da TV para casa.

Aí, no meio do furacão, você se lembra que não retornou aquele e-mail que chegou há duas semanas, nem levou o vestido que usou naquele casamento (que foi no mês passado!) para a lavanderia. Academia? A matrícula terá que ficar para depois, assim como o corte do seu cabelo (como ele está parecendo uma juba, você faz uma trança e se convence de que, por hora, até que está bem razoável).

mae filha

Mas o que acontece depois? O tempo passa tão rápido que parece que a semana se resume a dois ou três dias, não mais do que isso. E você está sempre se cobrando porque a casa não está perfeitamente limpa, porque os brinquedos estão espalhados, porque no meio dos 435 itens da sua lista de supermercado você se esqueceu do alface, e o jantar de hoje ficará sem salada. Não, não é fácil ser mãe e ter que dar conta de tudo! Isso porque eu não falei do trabalho que você faz fora ou dentro de casa, nem do pai, da mãe, dos sogros, dos amigos que querem só um pouquinho da sua atenção (e dos quais você gostaria de estar muito mais perto, se não fosse a loucura da vida que leva).

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Pois se você se identificou com esse cenário, saiba que aqui em casa é igualzinho – só muda o endereço! Fico eu, passando por estressada, chata, tentando equilibrar todos os pratos dessa balança, para que nenhum deles caia. Mas eu preciso contar a vocês que estou revendo meus conceitos – isso porque uma certa menininha de 4 anos, Catarina, teve recentemente um papo muito sério comigo:

– “Mãe, por que você está correndo?”.

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– “Ué, filha, porque preciso terminar o jantar, fazer você comer, te dar banho, juntar todos esses brinquedos e te colocar para dormir. E está tarde, se você demorar para deitar, vai ficar cansada amanhã e aí já sabe – isso não vai dar certo!”.

– “Mas, mãe, e se eu não tomar banho então?”.

– “Vai ficar sujinha, né, filha? Não pode dormir sem tomar banho”.

– “E se for só um dia?”.

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– “Melhor não (mas, cá entre nós, pensei que ninguém iria morrer)”.

– “E se não guardarmos os brinquedos?”.

– “A sala vai ficar bagunçada, e quando você for brincar amanhã, não vai encontrar nada no lugar”.

– “Mas aí a brincadeira já vai estar montada, e vai ser mais rápido começar, olha que bom!”.

– “Melhor não, Catarina, não inventa”.

– “Ô, mãe, e se eu for dormir mais tarde?”.

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– “Você vai dormir pouco e vai ficar choramingando o dia todo amanhã, que eu te conheço!”.

– “Ah, mas então você canta aquela musiquinha que eu gosto, que eu paro de chorar e fica tudo bem! Viu só como dá certo? Então não precisa correr agora – senta um pouquinho aqui comigo, só cinco minutinhos!”.

E foi aí que eu me toquei que ela tinha razão. Por vezes, ficamos tão ansiosas em fazer tudo na hora certa, em não atrasar, em não deixar passar qualquer uma das 9.501 tarefas do dia, que começamos a acreditar que temos que estar sempre correndo. Que não é possível parar cinco minutos e respirar, quando ainda há muito a ser feito. Claro que algumas coisas não podem ser deixadas para o dia seguinte, que é muito bom que a criança e a família como um todo tenham sua rotina, mas a verdade é que nem tudo precisa ser levado a ferro e a fogo. E que às vezes é justamente a não-perfeição da rotina que permite que os pratos da mãe-equilibrista continuem girando lá no alto, harmonicamente.