Nessa semana, Catarina saiu correndo pelo portão da escola com uma pasta nas mãos. Animada (como sempre!), desatou a falar que tinha sua primeira lição para levar para casa! Puxa, como o tempo passa, parece que foi ontem que eu passava os dias com a pequena pendurada no peito!
Engraçado como aquele momento foi importante para mim também. Era como se algo me dissesse que ela realmente não era mais um bebê (mesmo com tantos sinais, confesso que nunca estou 100% convencida!). Ter uma lição de casa, o dever de entregá-la no dia seguinte, tornava-a maior do que eu costumava vê-la.
Claro que veio à toa tudo o que minha mãe sempre falou, desde os meus primeiros anos de escola. “Primeiro a lição, depois a diversão”. “Tem que estudar em um lugar organizado, com a TV desligada, prestando atenção do que você está fazendo”. “Depois que você terminar, guarde com cuidado para não amassar. Você tem que cuidar bem de suas coisas. E coloca na sua mochila, para não se esquecer de devolver para a professora”. Era como se eu visse um filme – e eu estava lá, pequenininha… Agora eu o reproduzia, igualzinho, no papel de mãe.
Eu não sei se minha mãe fez tudo conscientemente, mas o fato é que ela realmente me ensinou a estudar. A ser minimamente organizada, a ter respeito pelos meus materiais, a ter autonomia de resolver a lição de casa sozinha. E, olhando para Catarina, eu só desejava acertar na dose, como ela havia feito comigo décadas atrás.
Li o enunciado, mas não a ajudei a desenhar. Deixei que ela fizesse do seu jeito e a incentivei a completar o que ela mesma havia se proposto a fazer. Elogiei seu esforço e tentei mostrar que aquilo tudo podia ser muito divertido. E, cá entre nós, fiquei absolutamente orgulhosa de minha filha (mãe tem cada uma! Babamos por qualquer motivo!).
A foto a seguir registra o momento. Não pude resistir a recordá-lo para sempre!
