Vou contar uma coisa a vocês: no fundo, no fundo mesmo, o Mil Dicas de Mãe existe por um único motivo – porque Catarina foi um bebê que dormia muito mal. Aliás, que pouco dormia! E isso foi tão enlouquecedor na minha vida, gerou tantos conflitos, que foi a razão por eu ter me lançado à internet à procura de respostas. Foram meses sem dormir direito, com uma pequena que chorava desconsoladamente. E na época eu pensava: isso vai passar.

Eu ouvia de minha mãe: “com três meses, sua filha vai dormir a noite toda. Com você foi assim, com suas irmãs também”. Os primeiros noventa dias de Catarina passaram e eu continuei esperando. “Então será com seis meses, minha filha”. Esse período também se esgotou, e eu não havia voltado a ter noites tranquilas, sem interrupções.

Com mais de 1 ano de vida (quase 1 ano e meio, para ser mais precisa), Catarina me presentou com suas primeiras noites sem acordar. Ah, parecia um milagre! Só uma mãe que já sofreu privação de sono sabe o prazer que se sente depois de voltar a dormir seis, sete horas profundamente. Nas primeiras vezes eu acordava sozinha, e ficava esperando a pequena chorar. Fui até seu berço diversas vezes, para garantir que estava tudo bem (mãe é um bicho estranho: quando tudo está calmo, ela acha que tem algum problema acontecendo!).

É claro que eu achei que depois das primeiras noites bem dormidas, isso viraria rotina em casa. E, por um tempo, isso de fato aconteceu. Como eu não acordava mais durante a madrugada, comecei a dormir um pouco mais tarde, pois sabia que teria horas repousantes em seguida. Mas, infelizmente, isso não durou muito tempo.

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Passamos por fases ótimas e outras nem tanto. A cada resfriado, Catarina voltava a ficar manhosa, a exigir minha presença para dormir. E eu, que nunca a suportei chorar, acabava fazendo sua vontade. Às vezes, no auge do cansaço, eu dava uma dura, dizendo que ela deveria dormir em seu quarto e fim de papo. E depois de alguns dias, era o que de fato acontecia.

Até que passamos por duas grandes mudanças quando Catarina completou 3 anos, que influenciaram demais nossa rotina noturna. Uma delas foi o desfralde, sobre o qual eu comentei em uma série de posts. Entre idas e vindas da fralda, Catarina foi desfraldada, e conseguia ficar a noite toda sem fazer xixi.

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A segunda mudança foi a troca do berço pela cama. Isso deu autonomia à filhotinha, que aprendeu o caminho do quarto de papai e mamãe. E aí eu tenho que confessar o meu erro: entre levá-la de volta e puxá-la para o meio de minha cama e dormir em seguida, optei pela segunda opção. A mais fácil, a que doía menos em uma mãe que havia passado o dia todo trabalhando, dentro e fora de casa. Mas, é claro, que tudo tem seu preço!

Aos poucos, a nova rotina criada incluía uma visitante na cama dos pais, todas as noites. Por volta das 6h da manhã, e, depois de um tempo, às 4h. O resultado era uma mãe torta, porque não importa se sua cama é king size, o filho quer dormir em cima da sua cabeça!

Com a chegada do outono, o que já não estava 100% piorou. E alguns acidentes noturnos com xixi acabaram acontecendo (e eu conto isso para que outras mães com filhos de 3 anos que passam pela mesma coisa não se sintam sozinhas. Porque, obviamente, já cansei de ouvir que é um absurdo uma criança desse tamanho fazer xixi na cama!). Diminuir a quantidade de líquido para a pequena é quase impossível. Ela sempre foi e continua sendo uma criança que gosta de água! Que pede água, que diz estar com sede. E aí, o que fazer, simplesmente deixar sedenta? Não dá! Por enquanto, estou levando a pequena para o banheiro, no meio da noite. E provavelmente continuarei a fazer isso até a volta do calor.

Então ontem eu me lembrei do livro da Encantadora de Bebês. Aquele cor-de-rosa, que afirma resolver todos os seus problemas (não que tenha resolvido quando Catarina era mais nova!). Li o capítulo sobre os problemas de sono após os dois anos e tenho que concordar com ela: em sua maioria, estão associados à paternidade acidental (termo que ela usa para designar maus hábitos dos pais, que permitem que os filhos desenvolvam rotinas inadequadas). No fundo, eu sei que Catarina não dorme todas as noites em sua cama sem me chamar porque eu permiti que ela fizesse isso. Sinceramente, eu sempre me senti dividida entre fazer todo o necessário para ter uma boa noite de sono e amparar a pequena, sempre que ela precisasse da minha presença.

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E eu que um dia achei que tudo estaria resolvido aos três meses… Pois é, nem aos três meses, nem aos três anos! Mas tenho uma amiga que garante: aos quatro anos isso passa!

sono