Há pouco mais de dois meses eu escrevi aqui no blog sobre o final da saga do desfralde noturno. E desde então não tivemos nenhum acidente, com Catarina acordando sequinha todas as manhãs. Mas como a ciência da maternidade não é exata, nessa semana fui agraciada com três noites de lençóis molhados. Coincidência com o início do outono e o começo do frio?
Não sei se já comentei aqui com vocês, mas eu percebi, analisando todo o processo de desfralde (desde a fase em que tirei a fralda diurna, até mais recentemente a noturna), que a pequena perde o controle do xixi quando vai dormir muito cansada. Aliás, essa é uma dica que deixo para as mães que estão encarando a retirada da fralda: tentem relacionar as noites de acidentes noturnos com dias em que seu filho foi dormir mais tarde do que o habitual, ou que saiu de sua rotina de sono. Acredito até que algumas crianças que perdem com frequência o controle sobre a micção (não todas, vejam bem, mas algumas) sofram de um caso crônico de cansaço, por não dormirem bem. Sendo assim, me lembrei que no fim de semana Catarina acabou dormindo muito tarde, e que isso explicaria o xixi na cama daquela noite.
O problema é que no dia seguinte a história se repetiu (e eu ainda relacionei o ocorrido com um possível cansaço, porque a pequena não tinha tido tempo de recuperar totalmente as horas de sono – aqui qualquer mudança na rotina leva dois ou três dias para ter seu efeito finalizado) e também na outra. E a cada vez que a pequena acordava molhada na madrugada, eu a secava, trocava o pijama e a colocava na minha cama para dormir, quentinha entre papai e mamãe (confesso que no meio da noite, completamente tonta de sono, a última coisa que me passaria pela cabeça era trocar toda a roupa de cama – apenas retirava a molhada e a deixava na área de serviço, para cuidar no dia seguinte).
Até que na noite passada, uma ideia acendeu em minha cabeça: e se a sapeca estivesse fazendo xixi para ir à minha cama? Depois da primeira noite (em que eu realmente acredito que tenha perdido o controle por estar cansada), vendo que existia a possibilidade de passe livre para a cama dos pais, será que não repetiu a dose para escapulir de seu quarto?
Pois bem, agora pouco, enquanto a preparava para dormir, resolvi reforçar a ideia de que ela acordaria seca amanhã, para o bem geral da nação. Ao que Catarina prontamente me respondeu:”não, mamãe, eu vou fazer xixi”. Como assim? “Não, filha, você vai acordar sequinha, já é uma menina grande, eu sei que você consegue. Aliás, essa noite, se você acordar molhada, não vai para minha cama, viu? Vou trocar seu lençol e a senhorita volta a dormir no seu quarto!”. Ah, te peguei, guria!
A pequena arregalou seus olhinhos verdes como que dizendo: “e agora?”. Pois vamos ver, amanhã eu conto o final da história para quem quiser saber!