Pedi que a Dra. Bianca Lundberg, nossa querida pediatra e hebiatra, que contasse um pouco sobre como trabalhar a questão do sexo na adolescência e dos métodos anticoncepcionais com nossos filhos.

Pode ser que o seu ainda seja pequeno e que esses desafios pareçam distantes, mas passa tão rápido! E sempre tem aquela amiga que já chegou nessa etapa e que adoraria ler o post (manda para ela!).

Sexo na adolescência – entendendo a puberdade

adolescente

Adolescente. Fonte: Freepik

Sabemos que hoje o acesso à informação é infindável, mas nem sempre isso é absorvido da melhor maneira, ou pelo menos de uma maneira correta.

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A educação sexual escolar, por exemplo. Na maioria dos colégios, o que vemos é uma abordagem biológica do assunto; até existe algum ensinamento sobre os métodos anticoncepcionais e doenças sexualmente transmissíveis (DST), mas pode não mobilizar o jovem, e seu modo de agir não é influenciado.

Ao mesmo tempo, existem famílias com muita dificuldade de conversar sobre o assunto. Às vezes os pais, quando jovens, não tiveram oportunidades para discussão, dessa forma não sabem como iniciar um papo sobre sexo da melhor maneira com os filhos. Isso é muito comum.

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Uma coisa é certa: não falar sobre o assunto não o faz desaparecer; mais, falar sobre ele não antecipa e nem estimula o interesse.

medo de dormir sozinho na adolescência

Adolescente com medo. Foto: Freepik

A partir da puberdade, a curiosidade e as dúvidas vêm à tona naturalmente. Interessante é tentar educar em casa e na escola para minimizar os comportamentos de risco e suas consequências indesejadas: a gravidez precoce e as DST.

Se você tiver dificuldades de conversar com seus filhos, há a possibilidade de procurar um profissional de saúde acostumado a lidar com adolescentes.

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Sexo na adolescência e os métodos anticocepcionais

Aproveitando o assunto, vou falar um pouco sobre uma questão médica, os métodos anticoncepcionais.

Tanto o jovem que já é sexualmente ativo quanto aquele que ainda não iniciou a prática sexual devem ser orientados da grande variedade de métodos disponíveis; além disso, deve estar presente o conceito de “dupla proteção”, que é a associação de 2 tipos de contracepção para evitar tanto a gravidez quanto as DST.

Nessa orientação, um método é sempre de barreira (como a camisinha) e outro é hormonal (como a pílula).

Em relação aos métodos de barreira, o mais usado pelos jovens é o preservativo masculino. Também existe a camisinha feminina, com menor aceitação entre as moças e rapazes.

Como lidar com filhos rebeldes na adolescência

Como lidar com filhos rebeldes na adolescência. Mãe consolando a filha. Foto: Freepik

Sua eficácia depende diretamente da orientação recebida: como e onde guardar, como abrir e colocar, como desprezar.

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É bom recordar que as camisinhas masculina e feminina não podem ser usadas simultaneamente, por aumentar o risco de ruptura.

Comentando sobre os métodos hormonais, logo as pílulas vêm à cabeça: de dosagens variadas, com tipos de hormônios diferentes, devem ser iniciadas de preferência após avaliação médica. Nem sempre aquela pílula da amiga ou da prima será a melhor para você.

A jovem que decide tomar pílula precisa ter maturidade e responsabilidade, já que seu uso incorreto pode não protegê-la. Saber onde guardar, entender o modo de uso e intervalo, o que fazer quando esquecer são orientações valiosas.

Além disso, existem as injeções mensais ou trimestrais (que podem ser usadas nas mais “esquecidas”), o adesivo que se coloca na pele, o anel vaginal, o implante colocado embaixo da pele… Todos protegem através da liberação de hormônios, com indicações e custos variados.

A contracepção de emergência (também conhecida como a “pílula do dia seguinte”) pode sim ser usada pelas jovens que fizeram sexo sem proteção, o mais depressa possível (não deixar para o “dia seguinte”). Por não proteger contra as DST e ser de grande carga hormonal, não é indicado seu uso rotineiro.

Vacina HPV

Por último gostaria de comentar sobre a vacina do HPV; neste ano, o Ministério da Saúde iniciará a vacinação nos postos públicos de meninas entre 11 e 13 anos, com planos de expansão da faixa etária.

O ideal é que a vacinação seja realizada antes de qualquer possível exposição sexual. Temos duas vacinas no mercado atualmente, que podem proteger contra 2 ou 4 tipos de HPV, causadores de verrugas genitais e precursores de tumores malignos.

Infelizmente, a vacina ainda não está disponível gratuitamente para os rapazes, nem para outras idades do sexo feminino, mas existe a possibilidade das 3 doses da vacina em clínicas particulares.

bianca