Hoje no Mil Dicas de Mãe tem um pouquinho do mundo científico para você, leitor ou leitora que nos acompanha. Nessa semana estive lendo sobre uma pesquisa científica, publicada no Nature Communications, que procurava determinar quem reconhecia melhor o choro do próprio bebê: o pai ou a mãe. Achei interessante saber que segundo esse estudo, os pais se mostraram tão habilidosos quanto as mães nessa tarefa (na minha cabeça isso faz todo o sentido, embora no passado alguns estudos tivessem mostrado que as mães tinham maior facilidade em identificar o choro de seu bebê, no meio de outros vários choros).

bebe

Pesquisadores franceses fizeram o seguinte teste: gravaram o choro de vários bebês, na França e no Congo, e depois colocavam o som para que seu pai e sua mãe pudessem identificá-lo, junto com o choro de quatro outros bebês. Em cerca de 90% das vezes, tanto os pais quanto as mães conseguiram reconhecer seu filho. E aqui algo importante: tanto os homens quanto as mulheres que passavam menos de 4 horas diárias com os filhos erraram muito mais nessa identificação. Em outras palavras, mais importante do que o instinto, o convívio com o filhote determinava o sucesso no teste. Além disso, os resultados foram semelhantes para os pais e mães de ambas as culturas e não tiveram relação com o sexo do bebê.

Embora o estudo seja relativamente simples, mostra um aspecto da maternidade/paternidade super relevante: os homens atuais estão convivendo mais com os filhos (talvez por isso em estudos anteriores as mães se saíssem melhor nos testes, o que era atribuído ao famoso instinto materno), e agora se mostram tão capazes de estabelecer uma conexão com os pequenos quanto as mulheres. Bom para todo mundo: papai, mamãe e filhote, certo?

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