Recentemente recebi um e-mail emocionante de uma leitora, que acabara de ter seu primeiro filho. Lá ela contava a grande emoção que sentiu depois do parto, em ver pela primeira vez seu bebê, seu dia-a-dia, o cansaço das noites mal dormidas, a dor da amamentação. E dizia que tinha imaginado a chegada do bebê em casa de outra forma, como um momento de felicidade suprema. “Se há amor, como sentir falta da vida que se levava? Como desejar uma hora do dia para fazer suas próprias coisas sem pensar no papel de mãe?”. Essas e outras questões nossa leitora levantou, e encerrou o e-mail me perguntando se amor de mãe é à primeira vista. O que me fez lembrar desses dois anos em que tenho minha filha Catarina ao meu lado.
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Não se espantem com a minha resposta, mas eu diria que no meu caso, o amor não foi à primeira vista, não. Claro que o momento em que se tem o bebê nos braços pela primeira vez é um dos mais emocionantes que se pode viver na vida. Claro que já existe uma conexão entre mãe e filho imensa, que faria você ir ao fim do mundo por esse filho. Mas amor mesmo, eu acho que é outra coisa. É a entrega completa, e ficar feliz com a felicidade do outro, é descobrir a beleza da vida nos olhos do outro. E isso, comigo, aconteceu com o tempo. Posso dizer que a maternidade me ensinou a amar, e que esse aprendizado aconteceu em cada carinho, em cada gesto, em cada dia em que estivemos juntas.
Outro dia uma amiga que tem dois filhos me disse que não havia sentido amor à primeira vista pelo primeiro filho. Que o amor tinha chegado da mesma forma, de mansinho, tomando conta de tudo. E segundo ela, depois que se aprende a amar de fato, é fácil sentir o mesmo amor verdadeiro pelo outro filho, logo depois do parto. Porque aí seu coração já está aberto para o amor. E com você, como foi? O amor de mãe foi à primeira vista? Deixe seu comentário!