Olá, caras leitoras. O post de hoje está muito mais para um papo de mãe do que para uma dica. Quase todos os dias eu apareço para contar um pouco da minha experiência, das coisas interessantes sobre bebês e crianças que encontrei por aí… e com isso criamos um vínculo, recebo e-mails, ouço histórias de muitas mães que gostam desse espaço. É com vocês, que acompanham o Mil Dicas de Mãe, que quero falar hoje. Aliás, é a sua dica para mim que eu espero, através de um comentário, uma mensagem!
Chegamos aqui em casa aos tão temidos 2 anos de idade. Digo temidos, porque eu já havia sido alertada por amigas que tiveram filhos antes de mim que essa idade poderia ser especialmente difícil. Ao mesmo tempo que seu filho cresce a olhos vistos, interage cada vez mais, desenvolve o raciocínio (e isso é lindo de se ver!), começa a fase das birras, do “eu vou fazer tudo sozinho” – e meio minuto depois, quando percebe que ainda não é capaz de realizar a tarefa sem ajuda, o filhote começa a gritar de frustração. Também começa a fase das vontades (o que é uma agradável surpresa, pois você sempre quis saber qual é a fruta preferida do seu filho, ou a cor, ou o animal, e até então ele não era capaz de te contar; e também complicado, pois você não tem mais um bebê em casa que segue o programado sem discutir) e, pelo menos aqui em casa, do grude. Sabe aquele grude quase sufocante? Aqui é assim! Catarina chora se eu me distancio, chora se eu vou ao banheiro, chora se alguém além de mim tenta dar banho, comida, remédio… isso se estou em casa, pois na minha ausência tudo flui muito mais fácil. E eu só pensando em como será a adaptação na escola desse jeito…
Então decidi que uma das minhas proposições para esse ano novo é deixar que Catarina viva. E aceitar que ela vive bem sem mim. Decidi deixar de checar o relógio quando ela está longe, decidi esperar até que ela manifeste a vontade de voltar, ao invés de correr para buscá-la. Catarina passará mais tempo com as vovós, com as tias, com os amiguinhos do condomínio. O distanciamento é inevitável, o desafio é fazê-lo de forma que seu filho sempre reconheça nos pais um porto seguro. E justamente por saber que está amparado, esteja ou estiver, consegue alçar vôo e reconhecer o caminho de volta pra casa.
E vocês, como ensinaram seus “passarinhos” a voar? Alguma mãe que já superou essa fase do grude? Passou naturalmente ou foi preciso trabalhar para que isso acontecesse? Deixa aqui a sua dica, vai!