Se você é uma mãe de primeira viagem do mesmo tipo que eu, saiu lendo toda a literatura especializada que encontrou pelo caminho, certo? Alguns valem mais o tempo que você gasta com a leitura, outros menos. O difícil é saber separar o joio do trigo. O livro a Encantadora de Bebês chegou até mim por indicação de uma super amiga, que já tinha dois filhos quando eu engravidei. Os meninos dela davam pouco trabalho (se é que existe isso com criança pequena!), tinham uma rotina bem estabelecida, e eu admirava isso. Sou, sim, adepta do lema “Criança pequena tem que ter horário para comer, dormir e etc”.

Se você já ouviu falar da encantadora, sabe que ela tem dois livros famosos no Brasil: um azul, o primeiro (Os segredos de uma Encantadora de Bebês), e o rosa (A Encantadora de Bebês resolve todos os seus problemas). Só rindo mesmo com esse último título, pena que não tem como ligar para a autora e pedir uma consultoria em casa para quando você está quase surtando depois de meses sem conseguir dormir mais do que 4 horas seguidas por noite. Eu comprei o rosa, que me pareceu mais completo (afinal, ele resolveria todas as questões pelos primeiros anos da infância, até mesmo o desfralde ou medos de crianças mais velhas).

A Encantadora de Bebês

A Encantadora de Bebês resolve todos os seus problemas, por Tracy Hogg

Li o livro antes da Catarina nascer, e muitas outras vezes depois que ela nasceu. Passou a ser meu livro de cabeceira. E se eu pudesse dar uma sugestão a você (olha, opinião cada um tem a sua e cabe ao outro acatar ou não, certo?), diria para que você não fizesse isso que eu fiz. Você faz questão de ler durante a gravidez, quando ainda tem tempo livre para leitura? Ok, mas depois simplesmente suma com o livro. Porque o que não dá é ficar consultando a toda hora, como seu fosse um manual de instruções (porque, obviamente, se fosse e funcionasse para todos os bebês, não existiriam tantos outros livros que apresentam mil técnicas diferentes para acalmar bebês e fazê-los dormir).

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Não vou aqui crucificar o livro, porque ali tem muita informação interessante. Por exemplo: ele sugere que você siga uma rotina com seu bebê que a autora chama de EASY (Eating, Activity, Sleep, You). Traduzindo: o bebê deveria comer (no caso, ser amamentado), fazer uma atividade, dormir e, assim, sobraria um tempo para você. O ponto que eu considero mais importante dessa rotina é que, entre mamar e dormir, o bebê deveria fazer alguma outra atividade (que para recém-nascidos é simplesmente olhar para a mamãe, por 5 minutinhos), ou seja, ele não mama dormindo (pelo menos durante o dia, pois à noite, quando acordar, você reza para ele mamar e dormir rapidamente). De fato, eu tentei seguir essa rotina, e Catarina não foi uma criança que só dormia mamando (e mãe que tem bebês que acordam 5 ou 6 vezes por noite para mamar sabem que isso acaba com qualquer ser humano).

O ponto negativo de seguir essa rotina: você corre o risco de se prender demais à ideia de repetir o ciclo a cada 2,5 ou 3 horas, que é o que a Tracy Hogg recomenda, e esquecer de que o melhor para seu filho é a livre demanda na amamentação. O bebê está chorando depois de 2 horas? Ah, então não é fome, nada de dar o peito (minha visão hoje é: dá o peito logo e poupe-o da choradeira – e dos gases que ele vai sentir engolindo tanto ar com a choradeira).

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Outro ponto: se você achar que seu bebê de poucos meses vai dormir com a autora fala (a recomendação é que o bebê vá para a cama por volta das 19:30h, mame dormindo às 22h ou 23h e acorde às 7h da manhã seguinte), grandes chances de você se frustrar. Claro que existem bebês que dormem bem depois de apenas 1 ou 2 meses de vida, mas não é a maioria. E cá entre nós, ficar quase 12 horas no berço entre o momento em que vai dormir e o de acordar (mesmo descontando as acordadas noturnas), pode ser muito para um bebê de pouca idade, que ainda não concentra tanto sono no período noturno (sugiro que você leia outro post que já publiquei, onde há uma tabela de sono do bebê.

Sobre a técnica PU/PD (pick up e put down – ou pegar no colo e colocar no berço, até que o bebê aprenda a dormir ali), posso dizer que ela não deu certo aqui em casa. Eu tinha uma bebê tão estressada por não conseguir pegar no sono, apesar de cansada, que levava MUITO tempo pegando-a do berço e colocando-a de volta, sem sucesso. Repeti por dias, e nada de conseguir prolongar as sonecas ou ensinar Catarina a dormir sozinha no berço. Até que eu desisti, e esperei o tempo dela acontecer (o que demorou 1 ano e meio). Paciência… Mas acho que para muitos bebês pode funcionar, e eu tentaria de novo se tivesse outro filho (acho bem mais tranquilo para meu perfil de mãe essa técnica do que a do choro controlado).

Mas tem também o que é bom: ela fala sobre enrolar o bebê e fazer um barulhinho no ouvido para acalmá-lo (parecido como a técnica descrita nesse outro post, que vale a leitura), descreve informações para melhorar a amamentação (explica sobre a composição do leite materno, como aumentar o aporte de leite), fala sobre gases e refluxo, entre tantas outras coisas.

Minha conclusão pessoal: vale a leitura (como eu falei, leia uma vez só e suma com ele, ou você corre o risco de achar que cuidar do seu bebê é muito mais difícil do que dos outros).

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E você, testou a técnica da Encantadora de Bebês? Conta pra gente o resultado!