O nome é estranho, mas o significado é maravilhoso. A relactação é uma técnica capaz de fazer o bebê voltar a mamar no peito, o que, pra muita gente, parece um sonho impossível. Com muitos relatos de sucesso, a relactação é hoje cada vez mais indicada para casos em que, precocemente, a lactante, por algum motivo, tem de iniciar a oferta de leite de fórmula para o seu bebê ou precisa interromper a amamentação, mas quer retomá-la mais tarde.

Quando a produção de leite na mãe cai é muito comum que se recomende a complementação com leite industrializado (aliás, foi isso o que ocorreu com a Catarina, quando ela completou 1 mês de vida). Na época, eu não recebi informações de que poderia aliar o leite em fórmula à relactação, numa tentativa de, aos poucos, estimular minha produção até que a complementação não fosse mais necessária. Mas estudando e conversando com duas amigas que tiveram sucesso dessa forma, considero superimportante compartilhar a informação com vocês.

relactação

Imagem: www.lojadobebe.com.br

Como funciona a relactação?
Na relactação, o leite complementar é fornecido ao bebê através de uma cânula, colocada junto ao mamilo da mãe. Assim, ao mesmo tempo, o bebê recebe o leite adicional de que está precisando e estimula a produção de leite materno, ao sugar o peito da mãe. Parece difícil (certamente é mais trabalhoso do que simplesmente dar uma mamadeira!), mas não é nada de outro mundo. E para mostrar, nada melhor do que um vídeo, olhem só:

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Como a relactação é possível do ponto de vista orgânico?
A relactação (também chamada de translactação) se baseia no princípio de que a sucção do bebê estimula a liberação dos hormônios prolactina (que é o responsável pela produção de leite no interior das glândulas mamárias) e ocitocina (que promove a ejeção do leite) Ou seja, quanto mais o bebê suga, maior é a produção de leite materno.

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Fazendo o procedimento de relactação não precisarei mais complementar a mamada?
Não dá para ter certeza, só se você tentar. Para algumas mães, mesmo com um maior estímulo pela sucção do bebê, a produção de leite não será suficiente. Mas considero super válida a tentativa, nem que seja para aumentar um pouco sua produção, manter o bebê mamando no peito (não acostumá-lo apenas à mamadeira) e postergar o desmame.

O que posso fazer para aumentar as chances de a relactação dar certo?
Tudo o que estiver a sua disposição para aumentar a produção de leite: retirá-lo com uma bomba para estimular ainda mais a saída de leite (que poderá ser oferecido ao bebê com a cânula/sonda, ao invés do leite industrializado, em algumas mamadas), tomar muito líquido, alimentar-se bem e descansar (rsrsrs, se é que mãe de recém-nascido sabe o que é isso! Só com muita ajuda!). Promover uma boa pega do bebê no peito também é fundamental. Nesse post aqui, você pode ler mais sobre como aumentar a produção de leite materno.

Como faço para conseguir um relactador?
Você pode comprar uma sonda e acoplá-la numa seringa (ou mesmo num copo onde estará o leite), seguindo as orientações que seu pediatra der. Geralmente é usada uma sonda nasogástrica número 4, com as pontas aparadas (essa sonda é comprada em casas de material cirúrgico). Ou você pode alugar um equipamento desenvolvido para esse procedimento (a Leite Fácil, por exemplo, aluga tanto a bomba extratora quanto o relactador).

Quando a relactação é indicada?
– Mulheres que não puderam amamentar seus bebês, logo após o nascimento, por internação do bebê ou da mãe.
– Mulheres que apresentam casos de hipogalactia, que é a diminuição da produção de leite materno. 
– Diante das dificuldades iniciais da amamentação, algumas mamães deixam de oferecer o peito, por falta de orientação profissional, desmotivação ou influência de terceiros, mas podem ser beneficiadas com a relactação. 

– Bebês que revelam alergias alimentares, como ao leite de vaca, após o desmame. 

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É possível voltar a ter leite, mesmo depois do desmame?
Sim, é possível. Mas quanto menor esse intervalo, mais fácil é o retorno do leite, para a maioria das mulheres. Além disso, maior a chance de o bebê ainda aceitar o peito, pois com o passar do tempo ele poderá preferir a mamadeira. 

É verdade que mães adotivas podem utilizar essa técnica?
Existem sim admiráveis casos em que mães adotivas, através da relactação, conseguem amamentar seus bebês, mesmo não passando por todo o preparo hormonal que existe na gestação para que a mulher consiga produzir o leite. Para essas situações, o termo correto é lactação induzida e pode ser necessário o uso de medicações conjugadas para que haja sucesso na amamentação. Embora a técnica seja muito semelhante à relactação, o acompanhamento por um profissional especializado é sempre recomendado.

Quando a relactação é inviável?
Quando o bebê, mesmo com estímulo adequado, se recusa a aceitar o peito, quando houve remoção de grande quantidade de tecido mamário (o que prejudica a produção de leite) e quando a mãe não está em condições para passar pelas dificuldades do processo.
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