Você já ouviu falar sobre bullying relacional? O problema pode estar mais perto do que você imagina, e você precisa alertar seu filho.

Todo mundo conhece uma história de bullying para contar. Mesmo que ela não tenha acontecido com você (embora essa seja uma recordação de muita gente), não há como não se lembrar daquele seu amigo que foi humilhado na escola. Dos marmanjos que pegavam o menino mais franzino do lugar, e lhe davam os apelidos mais perversos. Sem falar daqueles outros que batiam de verdade no mais fraco.

Porém, existe um tipo de bullying sobre o qual raramente falamos, e que pode ser o pior deles. Porque ele não é causado pelas crianças ou adolescentes que não vão com a cara do seu filho. Aliás, é justamente por ser o contrário que ele é o tipo que mais dói. Veja só: um estudo da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, mostrou que a frase “com amigos assim, quem precisa de inimigos?” torna-se totalmente verdadeira quando a amizade passa a ser base para situações desagradáveis para uma das partes.

A pesquisa revelou que é desses vínculos pessoais que vem o tipo mais prejudicial de bullying para os adolescentes: o relacional. A seguir, eu conto mais sobre o bullying relacional e como identificar e ajudar o seu filho. Vale a pena se informar e compartilhar com outros pais!

Imagem: 123RF

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Como foi o estudo e quais os resultados

O estudo, divulgado na edição de novembro do Journal of School Health, analisou relatos de 5.335 estudantes do Reino Unido entre 11 e 15 anos de idade. O objetivo dos pesquisadores era analisar a conexão entre o bullying sofrido pelo adolescente e a sua qualidade de vida, mais especificamente sua saúde.

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Os resultados mostraram que o bullying relacional (ou seja, provocado por pessoas que fazem parte do círculo de amizade da vítima) traz mais danos do que os tipos verbal e físico. Isso ocorre porque essa relação vai destruindo aos poucos os conceitos de relacionamento do jovem, já que ele passa por péssimas experiências causadas justamente por pessoas de confiança, que ele considerava como verdadeiros amigos.

Segundo o estudo, algumas das ações mais frequentes relacionadas ao bullying relacional são a manipulação da vítima (com o intuito de tirar vantagem dela); a divulgação de rumores que podem constranger o jovem (muitas vezes falsos); a exclusão da vítima de determinados círculos (fazendo com que ela se sinta ignorada e esquecida); ameaças e uso da amizade como moeda de troca para a obtenção de favores.

Ainda de acordo com os pesquisadores, as adolescentes meninas reportaram mais episódios de bullying relacional do que os meninos. Porém, o nível dos danos causados à qualidade de vida dos jovens é o mesmo, para ambos os sexos.

Como identificar a ocorrência do bullying relacional?

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Infelizmente, esse tipo de bullying possui uma particularidade que dificulta a sua percepção: por envolver amizade, muitas vezes é difícil para pais ou professores diferenciarem a prática do bullying relacional de um simples desentendimento entre amigos.

Por isso, o melhor conselho (sempre!) é conversar muito com o seu filho. Só assim ele terá confiança para compartilhar as experiências positivas e negativas que vive, em todas as esferas sociais. Caso você perceba um comportamento anormal envolvendo alguma das amizades da criança ou do adolescente, busque entender o que está acontecendo e também o que originou essas atitudes, para saber se algum limite está sendo ultrapassado de forma desrespeitosa.