Sabe aquele dia em que você está querendo um ombro amigo para chorar? Pois é, estou sentindo exatamente isso hoje. Não, não tenho um motivo importante para isso: nenhuma doença séria, nenhuma perda de um parente querido, ninguém perdeu o emprego na família. Mas sabe quando bate um cansaço, uma certa culpa por talvez não estar fazendo a coisa certa? Pois é, lá vem essa bendita dupla de novo!

O fato é que Catarina está em férias, e, como (quase) sempre, estou trabalhando. Além dos posts do blog, produzo conteúdo para outro portal, tenho várias entregas semanais e tive a (in)feliz ideia de fazer um curso de especialização. Já seria bem difícil encaixar tudo isso na minha rotina normal, com Cacá na escola, imagine então com a pequena em casa? É simplesmente de enlouquecer – obviamente não estou dando conta, e isso me frustra.

Imagem: 123RF

Na semana passada resolvi fazer uma programação de férias, para que a filhota pudesse receber seus amigos em casa, e reencontrar os coleguinhas do colégio antigo. Sabe coisa de mãe de filha única, que precisa encher a casa de gente para se sentir feliz? Até um mini passeio ao Rio de Janeiro aconteceu, mas vou confessar que na sexta-feira eu já estava exausta com o ritmo social (que eu mesma havia programado, aliás). Então, pensando que férias também são para descansar, decidi que, por alguns dias, ficaríamos em casa. Teoricamente sem horário para acordar, almoçar, lanchar, dormir. Só que ela descansando, eu tentando trabalhar.

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Claro que pouco tempo depois percebi que Cacá estava passando o dia todo no tablet. E eu, o que fazia? Me dividia entre a culpa de deixa-la ali e colocar o trabalho em dia, ou parar o que eu estava fazendo para brincar com ela, tirando-a da tela. Nessas horas lamento profundamente o fato de não ter outro filho, porque sei o quanto eles se divertiriam juntos. Na minha casa éramos em três meninas, e me lembro que nos entretínhamos muito, sem que a interferência da minha mãe fosse necessária. Férias de inverno eram sempre dentro de casa, com minha bonecas espalhadas pela casa, sem que a televisão precisasse ficar ligada o tempo todo.

Já sei o que muita gente pode estar pensando: “ah, mas é só falar para ela desligar o tablet, arranjar outras coisas para fazer. Manda pintar, desenhar, pegar um livro”. Sim, eu digo isso. Mas sejamos sinceros? Pouco tempo depois lá vem o danado do iPad novamente, e mais uma hora de desenho animado a tiracolo.

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Praticamente não consigo fazer ligações sem ser interrompida com um “manhê!”. Às vezes acordo uma hora mais cedo do que de costume para tentar colocar as tarefas profissionais em ordem (férias mesmo para quem, hein?). Estou indo dormir mais tarde do que o habitual, também para tentar compensar as horas em que não estou trabalhando durante o dia. E veja só: sei que ainda estou reclamando de barriga cheia, porque a maioria das mães que trabalha que eu conheço não têm essa alternativa. Continuam fazendo seu horário normal, dependendo de uma babá ou de um curso de férias para que o filhote fique ocupado durante todo o dia.

Legal seria se as férias dos filhos sempre coincidissem com a dos pais (como se tivesse! Praticamente não sei o que é isso desde que decidi viver como empreendedora). Mas nesse caso imagine só o preço de viajar nessa época do ano? Todo mundo querendo sair de casa, e os valores iriam facilmente à estratosfera (mais do que já vão).

Enquanto não acho a solução, vou ficando por aqui, terminando esse texto depois da 1h da manhã e sabendo que mais um a ser começado me espera. Tentando, como sempre, dosar a mãe, a esposa, a profissional. Boa sorte para você que está aí, e que enfrenta exatamente a mesma questão no seu dia a dia. Bem-vinda ao clube das mãe possíveis.