A Nathalia Molinari, leitora do blog que vocês já viram em alguns textos deliciosos por aqui, hoje nos fala sobre sua experiência com a coloterapia: o exercício de manter seu bebê, que nasceu prematuro, por muito tempo em seu colo. Aliás, sabia que essa foi uma recomendação médica par ajudar no desenvolvimento do seu filho Ben? A seguir um pouquinho de como ela está vivendo essa fase, para que ninguém tenha dúvidas do poder do toque materno (e paterno também!).

Por Nathalia Molinari – acompanhe-a no instagram @nathmolinari

Assim como 90% da população mundial, meu bebê está estressado. Se adaptou rapidinho à cultura contemporânea. Mas ao contrário da maioria de nós, ele não está insatisfeito com seu corpinho ou com a vida profissional, são apenas resquícios do tempo na incubadora.

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Imagem: 123RF

Ficar semanas preso dentro de um aquário, com buzinas e apitos soando o tempo todo, não deve ser uma experiência legal mesmo. Isso sem falar nos diversos procedimentos que ele passou. Para combater a inquietação e o choro, a pediatra receitou longas sessões de colo, que é como ioga para os bebês. Com isso, o esporte mais praticado nessa casa essa semana é revezamento de Benzinho.

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Nossa modalidade preferida é barriga com barriga. Ben fica como um sapinho colado na gente, ouvindo nosso coração. Cada batida é um calmante pra ele. A pediatra receitou colo pensando no bebê, mas os maiores beneficiados somos nós. Sério, se existisse um lugar onde as pessoas pudessem ir diariamente, segurar e cheirar um nenezinho por 30 minutos, o mundo seria um lugar mais legal de se viver. Mas aí teriam que ser bebês de outras pessoas, porque descobri recentemente que tenho ciúmes do meu.

Por hora, Benjamim está no colo da mamãe, por hora está no colo do papai. Visitas ao bercinho se tornaram raras. Antes que a polícia materna venha bater aqui, nessa fase estamos mais preocupados com o bem-estar dele, do que com a “educação” do nosso filho. Passado o stress, a gente vê se ele vai querer dormir no berço, no carrinho, na cama, na rua, na chuva, na fazenda, ou onde ele bem entender.

Não dá pra fazer muita coisa com um recém nascido no colo (me perdoem clientes, por todos os meus prazos estourados), e mesmo que desse, o propósito da coisa é acalma-lo. Então todo agito deve ser evitado. Isso nos rende muito tempo de cadeira de balanço, ouvindo “Mozart para bebês” (mães, esse disco faz milagres).

Entre uma balançada e outra, somos agraciados com grunhidos fofinhos, aquele cabelinho cheiroso pedindo pra tomar um cheiro por minuto, às vezes um punzinho discreto, às vezes uma fralda que fica pesada de repente. Mas minha parte favorita é quando os olhinhos dele sobem e encontram os meus, como que pra checar se está tudo bem.

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Toda vez é a mesma coisa, me derreto e falo: “uau, como você é lindo”! Sem entender nada, ou talvez entendendo tudo, ele baixa os olhos e volta a dormir. Mentalmente agradeço a Dra. Hortência. Não existe remédio no mundo mais poderoso do que o amor.