Com as temperaturas caindo, muitas doenças começam a acometer os filhotes. Entre os bebês (principalmente os menores de dois anos), uma das mais comuns nessa época do ano é a bronquiolite. Eu nunca tinha ouvido falar dessa doença até Catarina completar 8 meses, quando quase foi internada com suspeita do problema. Com um ano e meio ela teve outro episódio, e acabou sendo ficando três dias na UTI, para meu completo desespero. Só por essa introdução já dá para perceber que a bronquiolite é mesmo séria, sobretudo para os pequeninos, e que toda informação é importante para evitar ou perceber que o mal está acontecendo com seu filho.

Para quem não sabe, eu explico: a bronquiolite é uma inflamação respiratória dos brônquios – mas, como os sintomas iniciais são parecidos com os de um resfriado, muitos pais acabam demorando para perceber que o caso é sério (o que, em geral, resulta na internação da criança, como foi o meu caso). Iniciar o tratamento o quanto antes é fundamental para que o pequenino não piore, e se recupere mais rápido. A seguir eu conto mais sobre a doença:

Imagem: 123RF

O que é a bronquiolite?

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O nosso sistema respiratório é formado por tubos que levam o ar que inspiramos até os nossos pulmões. Esses tubos são os brônquios e, na parte final deles, estão localizados os bronquíolos. Quando essa região fica inflamada, dá-se o nome de bronquiolite. O problema é causado por ação de alguns vírus, e em geral acomete bebês de até dois anos. Como é nessa fase que os pequenos têm contato com o vírus pela primeira vez e seu sistema imunológico ainda está em formação, eles ficam doentes mesmo. E como o sistema respiratório dos pequeninos também é mais frágil, a piora é mais rápida e intensa.

O principal vírus causador da bronquiolite é o vírus sincicial respiratório (VSR), que é o mesmo transmissor da pneumonia. Mas a doença também pode ser provocada por outros vírus, como o influenza (da gripe), ou mesmo o rinovírus (do resfriado). Já falei bastante sobre o VSR nesse post aqui.

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Sintomas da doença

Tosse seca, coriza, falta de apetite e febre (nem sempre alta) são os primeiros sintomas da bronquiolite. Até aí, nada que seja muito diferente de um resfriado, não é mesmo? Porém, desconfie da doença se, após uns dias com esses sinais, a criança piorar, apresentando ainda falta de ar, chiado no peito ou desconforto ao respirar (você pode notar se as narinas do filhote estiverem mais abertas, ou se a barriguinha dele estiver mais expandida). Lábios e unhas azuladas são outros sinais (significam que o oxigênio não está chegando direito a esses tecidos). E, em caso de suspeita, procure o pediatra – e não demore.

Tratamento

O diagnóstico da bronquiolite é clínico (ou seja, após análise do pediatra, durante uma consulta, é que ele dirá se a criança está com a doença ou não). Existe um teste específico que consegue dizer se o paciente está infectado pelo VSR. Mas mesmo que ele dê negativo (como foi o caso de Catarina), o diagnóstico de bronquiolite pode continuar valendo – pois pode estar sendo causada por outro vírus. No caso de positivo, ele não estima a gravidade da doença, que é avaliada pelo pediatra diante dos sinais clínicos do pequeno.

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O tratamento para a bronquiolite varia: desde cuidados básicos e medicação em casa, até a internação, dependendo do grau da infecção.Em casos leves, as orientações são praticamente as mesmas para tratar um resfriado: manter a criança bem hidratada, com a febre controlada e, para facilitar a respiração, umidificar o ambiente em que o pequeno fica e deixa-lo com a cabecinha mais elevada (para isso, eleve a cabeceira do berço ou da cama).

Já para quadros graves de bronquiolite, pode ser indicada internação para receber soro (para manter a hidratação), aplicação de oxigênio, ou ainda para fazer exercícios fisioterápicos que auxiliam na respiração (quando Catarina quase ficou internada, aos 8 meses, nos comprometemos a fazer a fisioterapia duas vezes por dia, com uma profissional que vinha na nossa casa. E quando ficou hospitalizada ela fazia nos próprio hospital). Em casos mais extremos, o bebê ainda pode ficar internado na UTI.

Grupos mais propensos

Por se tratar de uma infecção viral, bebês prematuros são mais suscetíveis a sofrer com a bronquiolite (afinal, o sistema imunológico deles é ainda mais imaturo do que dos bebês nascidos a termo). Crianças que sofrem com doenças de coração ou pulmonares (como asma) também estão entre as mais propensas a desenvolver o problema. Vale destacar que, entre todos esses grupos, a bronquiolite é mais intensa e a piora do paciente mais rápida e preocupante.

E tem como prevenir?

Como é uma doença viral, a bronquiolite pode ser prevenida mantendo as regras básicas de higiene (lave as mãos, inclusive as da criança, com frequência e não compartilhe objetos de uso pessoal). Evite levar o bebê a locais com grande aglomeração de pessoas e com pouca ventilação, pois facilitam a circulação do vírus. Outra maneira de prevenir é vacinando o pequeno (maiores de seis meses) com a vacina contra a gripe – uma vez que o vírus da gripe também pode causar a doença. Já aos menores de seis meses, mantenha o aleitamento (pois é a melhor forma de passar anticorpos para desenvolver o sistema imunológico do filhote).

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