Outro dia, enquanto conversava com minha mãe, comentei que estava desanimada, porque Catarina havia ficado resfriada na véspera de um feriado e tivemos que desmarcar uma viagem. Sabe aquele passeio que você estava esperando para fazer há meses, que seria uma ótima oportunidade de descansar e passar um tempo gostoso com amigos? Pois é, ele não aconteceu, e confesso que fiquei bem chateada. Não achei prudente sair de São Paulo com a filha ardendo em febre, por mais que achasse ser apenas uma virose. Durante o passeio ela teria contato com várias outras crianças, e também não considerei uma boa ideia expor os filhos dos outros a alguma doença. Enfim, ficamos em casa.

Nessa hora minha mãe me olhou e disse algo inesperado: “sei o quanto é difícil para você não ter o controle das coisas. Mas ser mãe é isso aí, filha, a gente aprende que nem tudo é como imaginamos. Algumas coisas são até melhores do que poderíamos sonhar; já outras obrigam a nos adaptarmos para seguir em frente”.

Sabem que essa frase ficou martelando na minha cabeça? Eu percebi que minha mãe tinha razão, e que aquela conclusão poderia retratar muito bem várias outras situações que vivi, desde que Cacá nasceu! Porque a maternidade é repleta dessas experiências, que fogem ao nosso controle: começando pela gravidez, que nem sempre chega quando esperamos. Há mulheres que param com o anticoncepcional achando que vão demorar meses para engravidar, e quando piscam já estão com um filho na barriga. Já outras ficam na expectativa de uma gestação iminente e acabam realizando seu sonho apenas cinco anos depois.

Imagem: 123RF

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Ser mãe é não controlar o sexo do bebê, e acabar ficando feliz com o que vier. Vi acontecer muitas vezes: uma mãe que sonhava com menina, mas acabou se realizando como mãe de menino – e vice-versa. Na sua cabeça já estava tudo certo: os vestidinhos cor-de-rosa, os laços, e uma filhinha que fosse a sua cara. Só que veio um menino lindo, igualzinho ao pai, que nem liga para a roupa que está usando. E ela se apaixonou mesmo assim.

Ser mãe é perder o controle das suas horas de sono, nos primeiros meses (anos?) da vida do filho. É perder o controle da hora do (próprio) almoço, do jantar, de tomar banho (que acaba ficando para os últimos cinco minutos do dia – e tomara que o bebê não chore justamente nesse momento). Isso tudo para que o filhote tenha a rotina que toda criança pequena precisa ter.

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Ser mãe é perder também o controle de si mesma, infelizmente. É por vezes gritar, quando você já tentou pedir quinhentas vezes, mas ninguém veio ajudar. É sair correndo e se trancar o banheiro (às vezes aos prantos) para não despejar sua frustração numa criança de dois anos, que ficou o dia todo fazendo birra.

Mas também é verdade que ser mãe é perder o controle de uma forma absurdamente deliciosa. É fazer uma loucurinha (mesmo que seja uma única vez) e comprar o brinquedo que seu filho sonhou por um ano, e que vai fazer um “pequeno” rombo nas contas do mês. É acordar no meio da noite e não conseguir dormir, porque não quer deixar de olhar aquele anjo que dorme em paz no berço. É, principalmente, perder o controle sobre aquela vidinha fácil que você tinha antes de ser mãe, porque uma parte do seu coração já bate fora do seu corpo – e é ela quem guiará suas escolhas daquele ponto em diante.