Vamos conversar um pouquinho sobre adução no Brasil? Acredito que esse seja um tema de interesse de muitas famílias – eu mesma, quando recebi o diagnóstico de falência ovariano precoce (que, teoricamente, me impediria de engravidar naturalmente – mas um pequeno milagre chamado Catarina veio três meses depois), cheguei a avaliar essa opção. Além disso, atualmente muitas mulheres optam por ter filhos em uma idade mais avançada, em que uma gravidez já não é possível. Com isso, eu acredito que a adoção se torne um assunto cada vez mais debatido entre nós.

Quando falamos em adoção no nosso país, normalmente vem aquela imagem de que existem milhares de crianças que não são adotadas em função de uma justiça lenta para avaliar os processos, concorda? Não que isso não aconteça: o processo de adoção pode se tornar mais rápido, impedindo que tantas crianças fiquem em abrigos por um tempo que, por vezes, acaba com suas chances de ser adotada (uma vez que a preferência dos pretendentes é por bebês e crianças pequenas, como você verá a seguir). Mas também é um erro achar que a rapidez da justiça daria a cada família que se predispõe a adotar um filho, por um motivo muito simples: existem muito mais interessados na adoção do que crianças disponíveis, sabia?

Ao contrário do que muita gente pensa, não é baixo o número de casais brasileiros cadastrados como potenciais adotantes. Para se ter uma ideia, enquanto no Cadastro Nacional de Adoção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) são cerca de 7.500 crianças e adolescentes inscritos para serem adotados, são quase 40 mil pretendentes cadastrados para adotá-los.

Se você está pensando na hipótese da adoção, vai gostar de ler o post de hoje, que traz um resumo dos números atuais de adoção no Brasil. Eles estão disponíveis de forma completa no site do CNJ, que você pode acessar aqui.

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Vale a pena se informar!

Imagem: 123RF

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O perfil das crianças e adolescentes que esperam uma família

Atualmente, são 7.579 crianças e adolescentes inscritas no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), um sistema de informações que reúne os dados de todas as Varas da Infância e da Juventude referentes a crianças e adolescentes em condições de serem adotados, assim como pretendentes habilitados à adoção.

Desse total, a maioria das crianças que esperam adoção é parda (3.683), depois vem as brancas (2.566), seguidas das negras (1.292). Atualmente, crianças e adolescentes da chamada raça amarela (ou seja, asiáticos), assim como indígenas, também aguardam adoção (13 e 25, respectivamente).

Vale destacar que mais da metade, cerca de 60% de todas essas crianças e adolescentes, possuem irmãos. Algumas delas (1.893) ainda têm problemas de saúde.

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A maior parte dessas crianças e adolescentes vem da região Sudeste (3.276), seguidas da Sul (2.291) e Nordeste (1.050).

E o perfil de quem quer adotar

O CNA contém, hoje, exatamente 39.662 pretendentes cadastrados como possíveis adotantes. E não são todos que aceitam crianças de qualquer raça para adotar – na verdade, a minoria (17.768, cerca de 45% do total, não demonstram restrição de raça para a criança adotada). É muito mais significativo o número de pretendentes cadastrados que aceitam adotar crianças e adolescentes brancos (36.594) do que negros (19.857).

Também são 25.070 (portanto, a maioria) o número de pretendentes que não têm preferência por adotar meninos ou meninas, mas a maioria (26.565) não aceita adotar irmãos juntos.

A preferência dos pretendentes também se mostra por crianças menores. Pequenos de até três anos são aceitos por 7.826, enquanto somente 36 aceitam crianças com até 15 anos.

E o que fazer se eu quiser adotar?

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Os dados que levantei acima são no sentido informativo. Mas, para quem quiser entender melhor o sistema de adoção no Brasil, pode acessar o site do Conselho Nacional de Justiça, que mostra em detalhes o passo a passo para adotar, a partir da decisão dessa atitude.

Vale destacar que só é possível adotar crianças e adolescentes que tenham uma diferença mínima de 16 anos em relação aos futuros pais adotivos. O processo completo exige junção de documentos, entrevista e até um curso psicossocial. Depois, se aprovado, é que vem o momento de conhecer o futuro filho e, finalmente, levá-lo para casa com um novo registro de nascimento e o sobrenome da família.