Você teve um bebê prematuro? Ou conhece alguém próximo que teve? Provavelmente você responderá “sim” a pelo menos uma dessas perguntas, uma vez que as taxas de prematuridade no Brasil são muito altas. Há muitos fatores que levam a isso: a falta de um bom acompanhamento pré-natal, uso de Tabaco e o aumento do número de fertilizações in vitro.

Se você está passando pela experiência de ter um bebê prematuro, sabe que os primeiros dias representam uma “montanha-russa” emocional para os pais. Todo mundo sonha em sair da maternidade com o filhote nos braços, e para os pais de prematuros, isso normalmente não acontece. Os pequeninos que nascem antes da hora (são considerados prematuros os bebês que nascem antes de completar 37 semanas de gestação) requerem muitos cuidados, que acontecem no próprio hospital, num primeiro instante. A grande maioria fica algum tempo (que varia, de caso para caso) na UTI neonatal, deixando o pai e a mãe bastante preocupados. “Afinal, por que meu filho precisa ficar com aquele tubo de oxigênio?”. “Por que não posso ficar com ele o tempo todo, e tenho que deixa-lo na incubadora?”. Essas são perguntas frequentes dos pais de prematuros, e, justamente para tranquiliza-los, achei interessante fazer esse post, explicando alguns dos procedimentos mais comuns.

Imagem: 123RF

Em primeiro lugar, é importante falarmos sobre o pulmão do bebê prematuro. Esse é um dos órgãos que demora mais para se desenvolver durante a gestação (seu desenvolvimento se completa apenas ao redor de 8 anos de idade), e normalmente está imaturo no pequeno que nasce antes da hora. Dentro do útero, o pulmão fica cheio de líquido, que é eliminado no momento do nascimento, quando o bebê começa a respirar ao ar atmosférico (no prematuro essa eliminação não acontece de forma adequada por não haver produção suficiente de uma substância chamada surfactante, e, portanto precisa ser feita na UTI). Caso o médico perceba que há risco de parto prematuro, ele pode recomendar à mãe o uso de corticoide, que acelera a maturação do órgão. Mesmo assim é comum haver necessidade de oxigenação, que pode ser feita com diversos dispositivos, como a cânula nasal, o capacete e o CPAP.

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Embora seja aflitivo ver o pequenino ligado a um tubo de oxigênio, é fundamental enxergar o aparelho como um meio de permitir que o prematuro termine seu desenvolvimento fora do útero, para ir saudável para casa. Como ele é muito susceptível do ponto de vista respiratório, esse cuidado inicial em ambiente hospitalar ajuda a garantir seu bem-estar (bem como outras ações, como a imunização contra o VSR – Vírus Sincicial Respiratório, que pode causar uma infecção fatal nesses bebês. O vírus é conhecido por causar bronquiolite e pneumonia em crianças, sobretudo nas mais novas – e bebês prematuros, com cardiopatias ou com imunidade comprometida)

Outro procedimento comum nas UTIs neonatais é o uso da incubadora, aquele “bercinho” fechado, dentro do qual o bebê fica. Como o prematuro não consegue manter a temperatura corpórea sozinho, o aparelho ajuda a deixa-lo aquecido e protegido. Pense na incubadora como um ambiente controlado, com as condições ideais de desenvolvimento para o filhote (e quando o médico sentir que ele está mais fortinho, provavelmente liberará seu filho para o método “Canguru”, no qual o filhote passa uma boa parte do tempo em contato com a pele dos pais. Isso o acalma, normaliza sua frequência cardíaca e respiratória) ajudando-o a se restabelecer mais rápido.

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Quando o bebê precisa de oxigenação, em geral também não é capaz de mamar no peito, e precisa receber a alimentação de forma artificial, na veia ou por sonda. Também encare esse procedimento como algo necessário para que seu filhote esteja forte o suficiente para ser amamentado em breve.

Por fim é bom lembrar que esses procedimentos (e sua duração) variam de prematuro para prematuro, e que o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar – que envolve o pediatra, o neonatologista, o oftalmologista, a equipe de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas entre outros – é imprescindível para que o filhote se desenvolva bem. E que o amor de mãe e de pai é a fonte de energia que aceleram a ida do pequenino para casa.