Viajar de avião com um bebê ou uma criança pequena não é uma tarefa simples. É preciso pensar na dinâmica do deslocamento com o filhote (carrinho, sling, berço do avião? Veja algumas dicas aqui), ter cuidado em dobro com a bagagem, e ainda de se preocupar com atrativos para distrair o pequeno durante o voo. Além disso, há mais uma preocupação que não podemos deixar de lado: o cuidado em aliviar os incômodos no ouvido durante a viagem (já percebeu como seu filho chora quando o avião sobe e desce?).

Imagem: 123RF

Especialmente nas aterrissagens ou decolagens, acontece uma mudança brusca de altitude, que causa pressão nos ouvidos. Com isso, sentimos os ouvidos tampados (às vezes até dias depois da viagem. Eu, por exemplo, costumo ficar com essa sensação até o dia seguinte!).

E se essa mudança na pressão causa incômodo no ouvido dos adultos, imagina no dos pequenos? Para tentar amenizar essa sensação ruim, conversei com a otorrinolaringologista Jeanne Oiticica. Chefe do grupo de pesquisa em zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ela deu dicas preciosas para os pais usarem durante as viagens!

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Para começar, ela explica que bebês e crianças sofrem mais por terem uma sensibilidade maior, não conseguirem se expressar direito e, ainda, por uma condição física que faz o incômodo ser mais sentido. “Os pequenos possuem a tuba auditiva (estrutura com forma similar a um canudo, e que conecta os ouvidos com o nariz) mais flácida, em posição mais horizontal, mais delicada”, explica Jeanne. “Estas características fazem com que os pequenos sofram mais frequentemente de pressão negativa nos ouvidos do que os adultos”.

Por conta disso, vale a pena prestar atenção às dicas da médica e tomar as providências para o próximo voo!

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  1. Consulte um otorrinolaringologista antes da viagem

Algumas soluções analgésicas amenizam a pressão nos ouvidos. Ao invés de ir à farmácia procurar por uma qualquer, é melhor conversar com um profissional antes da viagem, para que ele indique o que pode ser usado na criança, a quantidade que pode ser aplicada e com qual frequência.

  1. Tenha receita de tudo o que for levar

Se o médico indicou algum medicamento para aliviar o incômodo nos ouvidos, não esqueça de levar a prescrição médica do produto na viagem, ok? Lembrando que os remédios (assim como a prescrição) devem ser levados na bagagem de mão e que, se houver prescrição médica, a quantidade levada pode exceder os limites estabelecidos pela Anac. Também é importante levar na bolsa a carteira de vacinação da criança, pois pode ser solicitada.

  1. Em momentos de dor ou desconforto, aplique a solução

A otorrinolaringologista Jeanne Oiticica explica que, durante a viagem, são essas soluções que podem aliviar a sensação ruim nos ouvidos. “Aplique gotas tópicas nos ouvidos ou solução oral de analgésico para alívio da dor, conforme prescrição preventiva do otorrinolaringologista da criança”, afirma.

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  1. Leve algo para a criança deglutir durante o voo

Alguns movimentos podem contribuir para aliviar o incômodo nos ouvidos. A médica cita, por exemplo, o ato da deglutição (ou seja, de engolir alimentos). “Sempre embarque com uma mamadeira, alimento ou líquido, pois o ato de deglutir durante o voo ajuda e muito a equalizar a pressão dos ouvidos com a pressão do ambiente”. Nesse mesmo sentido, dar o peito (se você ainda amamenta) é mais uma opção. Todas essas medidas podem ajudar a abrir a Tuba de Eustáquio (tubo que conecta a orelha ao nariz) e desentupir o ouvido.

Lembrando que, assim como no caso dos medicamentos, alimentos e bebidas para bebês e crianças são permitidos na bagagem de mão mesmo que excedam os limites. Tudo isso deve ser apresentado durante a inspeção de segurança antes da viagem.

  1. Ou sugar

A otorrinolaringologista explica que estimular o ato de sucção é mais uma forma de contribuir com o bem-estar do filhote. “A chupeta também funciona de modo similar [ao do alimento ou líquido] e deve ser levada a bordo. O ato da sucção ajuda a aliviar a pressão negativa sobre os ouvidos”.

 

E o incômodo passa?

A otorrinolaringologista Jeanne Oiticica explica que a sensação ruim nos ouvidos geralmente é uma condição temporária. “Na grande maioria das vezes os prejuízos são transitórios, e se resolvem espontaneamente após o pouso, sem a necessidade de ida ao médico. Entretanto, em caso de sintomatologia persistente, é sempre importante procurar a opinião de um otorrinolaringologista, que saberá conduzir de forma mais precisa, caso a caso”.

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