Sabe aqueles dias em que você deseja que um buraco abra bem à sua frente, para você se jogar lá dentro e sair só daqui a um ano? Pois é, estou vivendo um como esse hoje. Para ser sincera, nada de muito grave aconteceu: não tive (graças a Deus) a notícia de ninguém doente na família, a filha está saudável, o marido também. Só que meu coração está apertado, mais uma vez, em função da adaptação escolar.

Esse é o primeiro ano da Cacá em uma escola grande. Ela está iniciando o primeiro ano do Fundamental, mas confesso que já enfrentei essa questão da adaptação muitas vezes. Na outra escola em que ela estudava, mesmo já conhecendo todas as professoras, os amigos, o ambiente, a volta das férias era complicada. Em julho do ano passado ela passou um mês travando no portão de entrada, grudando na minha cintura, e dizendo que não queria entrar. Até que, simplesmente, passou.

Não sei se sou uma eterna otimista, mas todo ano eu acho que vai ser diferente. Que ela vai gostar mais de ficar na escola, que vai fazer amigos e esquecer que ela adora ficar com a mamãe em casa. E o que acontece? Na verdade, é o que não acontece! A pequena não deslancha, resiste, chora, e meu coração fica partido. Porque, no fundo, eu tinha a expectativa de que ela já estivesse mais madura.

Imagem: 123RF

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Todas as vezes em que ela chora para entrar na escola, eu sinto uma frustração gigantesca, que me come por dentro. Porque, no fundo, eu me culpo por essa reação dela. Fico me perguntando se estou educando a Cacá da forma correta, se não sou muito superprotetora (por incrível que pareça, acho que não. Não creio que o problema seja superproteção, mas sei que somos muito grudadas, e isso, nessas horas, atrapalha). Vejo que ela sofre e sofro também, mas com raiva de mim mesma por não saber até hoje como lidar com a situação.

A vontade que eu tenho, toda vez que ela chora (não contem para ninguém, isso fica só entre nós), é dizer que não vou mais leva-la até a escola. Que se ela continuar a chorar, quem vai leva-la é o pai (porque eu tenho certeza de que, com ele, não teria esse chororô). Que ela já é grande o suficiente para aprender a lidar com essa separação, que dura poucas horas, de um jeito mais tranquilo. Vou embora irritada, às vezes também às lágrimas, porque penso que com as outras crianças é mais fácil do que com a minha. E que sou eu a grande culpada pela adaptação não ser fácil por aqui.

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Aí eu chego em casa e choro, choro, choro mesmo! Resmungo, tenho uma conversa imaginária com a filha em que eu falo tudo isso. Mas acabo não falando, porque eu sei que só pioraria as coisas.

Então nos encontramos na saída. Eu dou uma abraço grande em Cacá e pergunto como foi seu dia. Digo que tudo ficará bem e que ela tem que confiar nisso. E me preparo para mais alguns dias com o coração partido na porta da escola.

P.S. – Pelo menos agora eu já aprendi que tudo passa.