Certamente você ouviu falar que a Bela Gil comeu a placenta do filho, certo? O assunto virou de cabeça para baixo o mundo materno, com muita gente a favor, e outras tantas pessoas contrárias à prática. Sendo muito sincera, eu não teria qualquer vontade, ou curiosidade, de comer a placenta de um filho meu. Mas estou longe de condenar quem come, afinal, eu defendo muito o mantra de que “cada mãe com a sua opinião, desde que não faça mal a ninguém”. Como eu não conheço o assunto em profundidade, e imagino que muitas leitoras também não, resolvi fazer esse post, sobre a chamada placentofagia. Afinal, comer placenta faz realmente bem? Será que tem contraindicação? Como comer? Vem dar uma espiadinha nas respostas para essas perguntas, e na história de uma mãe com quem conversei, e que encapsulou a placenta que envolveu o primeiro filho!

Imagem: 123RF

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Os benefícios atribuídos ao consumo

Antes de tudo, é necessário frisar que não existem ainda estudos científicos que comprovem os benefícios do consumo da placenta após o parto. Entretanto, é possível encontrar mães que relatam ganhos com a prática, como é o caso da Thaís Ramos, que fez cápsulas e homeopatia com o órgão.

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Thaís conta que tomou a decisão após ler sobre os benefícios. “E minha doula falou que poderia fazer, o que foi ótimo. Ela também fez a tintura mãe para futuramente fazer homeopatia e me ofereceu para comer um pedaço, logo depois do parto”. Porém, a mamãe não quis este. “Era algo que eu queria muito antes, mas na hora não senti vontade. Também plantei o resto da placenta no meu sítio com uma árvore em cima”.

Ela completa que tomou as cápsulas da placenta por cerca de 30 dias após o parto. “Tomei umas três por dia para ter uma boa recuperação de todo o movimento físico e emocional que foi o parto, e não tive baby blues forte”, atesta a mãe.

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Além da diminuição da intensidade do baby blues, os benefícios atribuídos ao consumo da placenta incluem aumento na produção de leite materno, diminuição da fadiga e de sangramentos, e até mesmo suporte durante a menopausa. Tudo isso porque o órgão (que se desenvolve durante a gravidez e serve para fazer a troca de nutrientes e gases entre a mãe e o bebê dentro da barriga) é rico em substâncias como vitaminas, ferro e hormônios.

Porém, como mostra este artigo produzido por médicos da Escola de Medicina Feinberg, dos Estados Unidos, ainda não existem trabalhos que comprovem que esses nutrientes são mantidos na placenta, depois que ela é retirada da barriga da mãe. Os profissionais ainda chamam a atenção de que, uma vez que a placenta funciona como um filtro para passagem (ou retenção) de substâncias para o feto, algumas substâncias ruins (como o mercúrio, por exemplo) podem permanecer nela, oferecendo risco na ingestão.

Há também quem diga que comer placenta faz bem com base no fato de que todos os animais mamíferos fazem isso depois que nascem os filhotes. Com exceção do canguru e do ornitorrinco (que possuem bolsa externa), realmente os outros mamíferos são adeptos da prática, (muito provavelmente) para afastar predadores do ninho e repor perdas nutricionais da mãe. Mas no caso dos humanos essas necessidades não existem, por isso vai de cada uma a opção pelo consumo do órgão.

 

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O que dá para fazer com a placenta?

Dá para ingerir depois do parto (lembrando que a mãe ingere só um pedacinho da placenta) na forma crua, ou bater em uma vitamina com outros ingredientes e tomar. Hoje existem até livros de receitas com várias opções de pratos feitos com placenta – se houver interesse pode valer a pesquisa!

Outra alternativa, cada vez mais procurada, é fazer como a Thaís: solicitar o encapsulamento da placenta ou fazer uma tintura mãe, para depois ser usada como homeopatia ou terapia floral (destinada para as finalidades citadas anteriormente). Isso deve ser feito por empresas especializadas e a recomendação é que, para maior aproveitamento dos benefícios, o processo seja feito até 48h após o nascimento.

Thaís também plantou a placenta na terra, com uma árvore por cima. Trata-se da chamada “árvore da vida”, que muitas mães acreditam que ofereça proteção espiritual aos filhos. Mais uma opção é colocar a placenta após o parto sobre um papel, para que ela o carimbe, e guardar a recordação.

 

Procure orientação e respeite sua vontade

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Mesmo sem benefícios cientificamente comprovados, o consumo da placenta é uma prática pessoal, portanto cabe à própria mãe a decisão do destino que deseja dar ao órgão. O importante, sempre, é manter o cuidado no pré-natal, tirar todas as dúvidas com a equipe médica que a estiver acompanhando e respeitar os seus próprios sentimentos.