Quando eu era pequena, comecei a ter um ataque de tosse que nunca ia embora. A coisa foi piorando, piorando, até que minha mãe me levou ao médico. Passamos por um, dois, até que o terceiro profissional fez o diagnóstico correto: coqueluche! A também chamada “tosse comprida” é uma doença respiratória aguda, altamente contagiosa, e o tratamento bem demorado (a impressão que eu tinha, como criança, era de que não terminava nunca! Mas leva bastante tempo mesmo!). E atenção: ela está de volta, com um número grande de casos entre as crianças!

Por isso, vale a pena saber mais informações – e se lembrar da importância da prevenção, que é feita por meio da vacina (cuja falta tem causado o aumento dos novos casos). Vem conhecer mais, e ver porque é importante proteger a família contra essa doença.

Imagem: 123RF

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Sintomas da coqueluche

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Tosse, nariz escorrendo, espirros. Esses sintomas, parecidos com os de uma gripe ou resfriado, podem ser os primeiros a aparecer, em caso de coqueluche. O que diferencia é o som da tosse: quando a criança está com coqueluche, ela emite um som semelhante ao barulho de um apito durante as crises de tosse, que podem levar cerca de 30 segundos. Antes de uma nova crise começar, é comum ainda que o pequeno apresente dificuldade para respirar.

A doença é causada por uma bactéria, a Bordetella pertussis, que atinge a traqueia, por isso a tosse. Os pulmões e o restante das vias aéreas também são comprometidos, e o pequeno pode sofrer ainda de catarro grosso, vômitos, convulsões e até mesmo lábios e unhas azulados (por uma mã oxigenação dos tecidos). Mais do que a tosse comum do resfriado, se notar esses sintomas, desconfie! E leve a criança imediatamente a um pronto-socorro.

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Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da coqueluche será feito pelo pediatra, por meio da análise clínica do paciente. Para comprovar o caso, também existe um exame para detectar a presença da bactéria (realizado a partir da coleta de secreção).

Comprovada a coqueluche, parte-se então para o tratamento. A recuperação pode levar até dez semanas após o diagnóstico (viu só como demora?). Deve ser receitado pelo médico antibiótico para aliviar os sintomas da doença, assim como para eliminar bactérias das secreções (o que impede que a doença seja transmitida para outras pessoas, pois é altamente contagiosa). O médico pode receitar outros remédios também (e só ofereça ao seu filho o que for receitado).

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É muito importante estar atento aos sintomas da coqueluche para dar início logo ao tratamento, pois a doença pode desenvolver complicações secundárias bastante graves para as crianças, como pneumonia e otite.

 

Contágio e proteção

A coqueluche pode ser transmitida por meio do contato com secreções de pessoas infectadas ou, ainda, pelo ar. A contaminação acontece geralmente pelo nariz ou pela boca.

Como a doença é altamente contagiosa (e grave, vide os sintomas) é muito importante proteger o pequeno com a vacina. A vacina contra coqueluche é a penta/DTP, disponível inclusive na rede pública e a primeira dose deve ser tomada a partir dos dois meses de vida (depois tem mais duas doses, uma aos quatro meses e outra aos seis; e mais dois reforços, aos 15 meses e aos quatro anos).

O que pouca gente sabe é que nós, adultos, também precisamos nos proteger, tomando um reforço a cada dez anos (mas a vacinação é feita com outro produto). Vale destacar que, caso seja descoberta gravidez antes do período de reforço, a mulher deve já se vacinar (por exemplo, se faz seis anos que a mulher recebeu o último reforço e descobriu que está grávida, ela precisa se imunizar naquele momento). A dTpa é a vacina destinada para essa finalidade (e imuniza ainda contra difteria e tétano), e está disponível na rede pública. Com a imunização, o bebê fica protegido ainda dentro da barriga da mãe, uma vez que os anticorpos são passados. A recomendação do Ministério da Saúde é para aplicação da dose entre as 27ª e a 36ª semanas de gestação.

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Recomendações importantes:

Se infelizmente alguém na sua família contraiu a doença, a recomendação é deixa-la afastada dos outros familiares, enquanto ocorrer a fase de transmissão da doença. Deixe a casa arejada, não misture objetos de uso pessoal (como pratos,  copos, talheres, itens de higiene), e lave muito bem as mãos antes e depois de cuidar do doentinho. Dê bastante água, mas fracionada em pequenas porções, pois a pessoa dificilmente conseguirá tomar muito de uma só vez (em função da tosse, que pode levar a vômitos). E tenha sempre o acompanhamento de um médico, para dar a medicação correta.