Se existe um motivo pelo qual 99,99% das mães um dia se culparam é o mau comportamento do filho. Principalmente por volta dos 2 ou 3 anos, a sensação que se tem é a de que o pequeno passa o dia testando seus limites – até a hora em que você se pergunta: “mas, afinal, onde foi que eu errei para essa criança se comportar assim?”. Claro que eu também passei por isso, e de vez em quando ainda me questiono sobre meu jeito de educar a pequena. Mas, aos trancos e barrancos, e conforme o tempo foi passando (e ela crescendo), passei a acreditar que estou fazendo um trabalho minimamente efetivo, pois Catarina passou a colaborar muito mais.

Como são muitas as mães que me escrevem perguntando sobre esse assunto, resolvi fazer esse post, com dicas que não são minhas – são uma coletânea de tudo o que li sobre educação infantil e tento aplicar no dia a dia da minha casa. E acredito que elas funcionem de verdade, mas que é preciso constância para que um filho aprenda que é saudável seguir algumas regrinhas (e que não adianta se jogar no chão para conseguir o que deseja).

Vem dar uma espiadinha, tenho certeza de que são informações super úteis e que podem ser colocadas em prática por todas as famílias!

Imagem: 123RF

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1 – Lembre-se de que disciplina não tem a ver com punição

É sempre bom ter em mente: disciplina é o jeito de guiar o comportamento da criança. E se engana quem pensa que ela está relacionada a uma postura rígida dos pais. Não é bem por aí, porque a disciplina do pequeno será baseada na qualidade do relacionamento que ele tem com quem cuida dele. Nesse sentido, quando a criança recebe carinho de um adulto, ela desenvolve uma sensação de “ser querida” – e é isso o que constitui a base do bom comportamento, sabia?

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Além do carinho e do afeto, também cabe aos pais (e demais cuidadores) garantir que o relacionamento com o pequeno seja respeitoso, responsivo e recíproco. Para isso, uma dica é estabelecer uma rotina diária de comunicação, que deve começar logo pela manhã. Ao acordar o filhote, o chame com tranquilidade, respeite o tempo dele para se levantar (por isso tente acordá-lo com um bom intervalo de tempo para a escola, para evitar atrasos). Ao longo do dia, não deixe de responder ao filhote quando ele perguntar alguma coisa, e pergunte coisas de sua rotina, como o que aconteceu na escola, como foi seu dia, e por aí vai. Não prestar atenção em uma criança a faz pensar que ela não importa, e então se inicia um ciclo de desconfiança (exatamente o contrário do que é necessário para que a disciplina seja estabelecida).

E lembre-se de que métodos mais rígidos, como palmadas ou castigos severos, funcionam apenas na primeira vez em que são usados, por causa do choque que eles causam. Com o tempo ficam menos efetivos e a criança não aprende o que precisa ser feito.

 

2 – Dê reforços positivos

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A partir do reforço positivo (como comemorar, elogiar e sorrir), você estimula a criança a perceber que o que ela está fazendo é correto e desperta a vontade de repetir aquele comportamento ou aprimorá-lo. Mas um cuidado importante para essa medida ser válida é a sinceridade. Elogie quando gostar de verdade do que ela fez, e procure ser específica, detalhando porque você gostou, e pergunte como ela está se sentindo com aquilo. Quando elogiar também lembre que a comparação com outras crianças não é saudável. O bacana é se referir ao próprio progresso do filhote, mas não em relação aos outros, para evitar competições.

 

3 – Modele o comportamento correto

Esteja consciente do modo como você age e fala, não só com seus filhos, mas também com outras pessoas. Situações comuns de estresse acontecem no trânsito, por exemplo – mas quando bater aquela vontade de xingar o outro, tente respirar e resolver com calma. Esse cuidado é importante porque mostra às crianças que os problemas podem ser resolvidos gentilmente (e, sim, elas sempre estão nos observando!).

 

4 – Explique os motivos das regras

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Quando orientar seus filhos, seja direta. Dê razões e explicações para as regras, e tenha certeza de que você está ensinando o que fazer (e não o que não fazer). Por exemplo: se você pedir ao pequeno para que segure sua mão em um local público, diga a ele que isso é necessário porque, do contrário, ele poderia se perder ou se machucar. Claro que nem sempre as crianças são tão compreensivas com situações hipotéticas, então, para ajudar, uma medida é contar a história de alguém que estava correndo e se machucou.

 

5 – Dê tempo e espaço para a criança pensar

Você já ouviu falar em “time in“? Claro que já: aqui no Brasil, os time ins são também conhecidos como cantinhos da disciplina, e se referem a um espaço em casa destinado para a criança pensar, quando estiver se comportando mal. Lembra quando fazíamos algo errado e nossos pais ordenavam que fôssemos para o quarto refletir sobre o que fizemos? A ideia de ser um ambiente diferente é que o pequeno saia do clima de estresse. Essa área deve ser privada e é bacana que contenha itens que contribuam para que os ânimos se acalmem (por exemplo, pode ser um espaço da sala, em que você espalha almofadas e travesseiros sobre o chão, uma luz mais baixa, livros, etc).

Eu sei que nem todo mundo gosta da ideia do cantinho do pensamento (para mim, o conceito é mais próximo disso do que do canto do castigo), mas a verdade é que aqui em casa ele funcionou muito bem. Mas não como punição, e sim como uma forma de mostrar à criança que ela precisa sair daquela crise de comportamento (falei sobre minha experiência aqui nesse post). Quando o tempo de reflexão acaba, pergunte ao filhote se ele sabe por que precisou ficar ali, e o ajude a pensar como ele poderia ter resolvido o problema de outras formas.