Tenho que confessar a vocês que, se há algo nessa vida com a qual não sei lidar muito bem, são as despedidas. Não sei dizer adeus sem uma tristezinha na alma, sem os olhos cheios de lágrimas, sem deixar o coração do tamanho de uma ervilha.

Infelizmente, porque, quando se tem um filho, você quer parecer forte, que mostrar que tudo ficará bem em um piscar de olhos, que todas as mudanças são positivas. Mas eu sou uma daquelas mães que tenta não chorar e chora, mesmo na expectativa de que muita coisa boa está por vir.

Imagem: Arquivo Pessoal. A reprodução não está autorizada. Fotografia: Grazi Ventura.

Imagem: Arquivo Pessoal. A reprodução não está autorizada. Fotografia: Grazi Ventura.

Antes que vocês me perguntem, o blog não está acabando (aliás, por mim ele ainda durará um bom tempo!). Não essa é a despedida que começo a fazer hoje. Ou que já comecei há tempos, mas que agora está definida, com data para acontecer. Estamos mudando de casa, de bairro, quase de cidade. Estou me despedindo da varanda rodeada de árvores, que por anos foi o meu escritório do dia. Estou me despedindo do canto dos passarinhos pela manhã, do ritmo de quem mora quase no interior, e do parquinho que viu a pequena deixar de ser um bebê e se transformar em uma menininha. Da loja de bolo caseiro na esquina, na qual Catarina adora comer um pedacinho na volta da escola, olhando o movimento dos carros pela janela. Me despeço dos passeios no fim da tarde com a filhota pela nossa rua, e dos bancos onde sempre paramos para tomar um sorvete, ou um suco geladinho.

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Despedidas são tristes porque trazem a sensação de que você sempre está perdendo algo. Quer ver? Quando você se despede do cadeirão onde seu filho comeu por tanto tempo, sabe que está deixando para trás um pedacinho da infância do seu filho, que não volta mais. Quando manda embora o berço, a cadeira de amamentação, o móbile e o carrinho de passeio, aposto que você sentiu o mesmo.

Hoje eu começo oficialmente a me despedir da minha casa. Dos adesivos que meu marido colou na parede da Cacá, enquanto eu a amamentava (sim, o quarto só ficou pronto depois que ela nasceu). Me despeço do armário onde marcamos sua altura quando ela nasceu, e que continuamos marcando em cada um de seus aniversários. Me despeço das janelas por onde via o nascer do sol, quando a pequena me mantinha acordada durante as madrugadas. Me despeço até do chão riscado pelo patinete, e das torneiras que eram tão difíceis de serem alcançadas pela pequena, e que hoje ela já maneja com perfeição. Nem vou falar das pessoas para não chorar, e porque tenho certeza de que as levarei de alguma forma comigo.

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Quando se é muito feliz em um lugar, dá um medo danado de deixa-lo. Você olha para a frente e se pergunta: “será que vai dar tudo certo?”. Sorte que algumas coisas não mudam: a família, os amigos do peito, as boas memórias sempre nos acompanham, para onde quer que nos mudemos. Sorte ter vocês aí do outro lado da tela, torcendo para que sejamos felizes na nova casa.