Por mais que muitas mães se definam como sedentárias, não há como negar: se existisse uma espécie de olimpíada materna, seríamos premiadas em várias modalidades (por capacidades que desenvolvemos quase que instintivamente, depois de nos tornarmos mães). Para provar, o escritor Norine Dworkin-McDaniel e a ilustradora Jessica Ziegler, do site de humor Science of Parenthood, mostraram isso em uma tirinha bem humorada:

Tradução: Mãe olímpica – Salto à distância com lego; Elevação de criança viva; Luta livre para passar o protetor solar; Saltos ornamentais (de estilo livre durante o jantar) | Imagem: http://scienceofparenthood.com

Tradução: Mãe olímpica – Salto à distância com lego; Elevação de criança viva; Luta livre para passar o protetor solar; Saltos ornamentais (de estilo livre durante o jantar) | Imagem: http://scienceofparenthood.com

Mas mesmo em modalidades dos Jogos Olímpicos Rio 2016, merecemos medalha de ouro em várias! Quer ver só?

  1. Levantamento de peso: a modalidade que só ganhou a participação de atletas mulheres a partir do ano 2000, em Sidney, na verdade, é dominada pelo público feminino há muito tempo: em slings, cangurus ou, na maioria das vezes, no colo mesmo, vivemos para cima e para baixo carregando “pesos pesados” (e a dificuldade da prova só aumenta com o passar dos meses!).
  1. Pentatlo moderno: no pentatlo moderno, os competidores precisam vencer provas de atletismo, natação, esgrima, hipismo e tiro esportivo. E que mãe não precisa se desdobrar em uma verdadeira multiatleta para cumprir todas as funções que lhe cabe? É cuidar das crianças, do trabalho, da casa, da família, das atividades sociais (sem contar os imprevistos do dia a dia, não é mesmo?).
  1. Boxe: atacar, defender e esquivar: essas são as funções que os boxeadores precisam colocar em prática durante uma luta. E o que dirá da maternidade: defender a cria e se esquivar de julgamentos e críticas desnecessários, além de partir para o ataque às dificuldades de cada dia são hábitos rotineiros das mamães.
  1. Badminton: não deixar a peteca cair é um dos objetivos do badminton. Percebeu alguma semelhança com a maternidade? E mais: as petecas podem voar a até 400 km/h (às vezes temos a impressão de que uma criança engatinhando até supera essa velocidade, não é mesmo?), o que exige reflexos rápidos dos competidores (que mãe nunca pegou o filho no meio do caminho entre uma cadeira e o chão?).
  1. Ginástica artística: as acrobacias não são particularidades dos ginastas. Afinal, que mulher, depois de se tornar mãe, não desenvolveu essa habilidade para alcançar objetos com um bebê no colo, ou então sair do quarto, quando o pequeno finalmente dorme, sem fazer nenhum barulho?
  1. Basquete: o cesto de lixo, o cesto de roupas são alvos recorrentes em que as mães precisam “enterrar” fraldas, roupas, embalagens (e mais uma infinidade de itens) todos os dias. Isso sem falar nos dribles, outra característica fundamental em uma partida de basquete, e mais uma prática diária de quem vive a maternidade (sabe quando seu filho junta aquele monte de papel que não quer jogar fora por nada nesse mundo? Haja habilidade para dribla-lo e fazer uma bela limpeza na casa!).
  1. Tiro com arco: a busca da mira perfeita é o grande desafio dos atiradores. Mas vamos combinar: quando nos tornamos mães, apuramos a visão e nosso senso de percepção, para não perder os pequenos de vista (durante uma tarde na praia, em época de alta temporada, essa modalidade materna atinge o grau de dificuldade mais alto!).
  1. Judô: às vezes é preciso se envolver em verdadeiras lutas diante de algumas situações: seja para convencer os filhos a tomar banho, a dormir, a fazer lição, a ajudar nas tarefas de casa… Mas com golpes certeiros, além de muita determinação e paciência, vamos mudando de faixa!
  1. Atletismo: pense bem: que mãe não está sempre correndo? Sem contar os obstáculos que precisam ser superados durante essas corridas diárias, ou então a necessidade em manter o “rebolado” (como em uma marcha atlética) também todos os dias. Ufa! Pelo menos ficamos livres dos saltos…
  1. Vela: superar os ventos contrários, aproveitar os favoráveis e seguir navegando. As regras da vela são bem aplicáveis à vida, e especialmente à maternidade, quando, muitas vezes, a ventania parece não ter fim – mas é preciso concluir o trajeto e manter a família fora da água.