Menstruação atrasada, teste de farmácia positivo, enjoos, inchaço abdominal – tudo indica que estamos falando de uma gestação normal. Até que, de repente, essa mulher sofre sangramento, fortes náuseas e vômitos! Mas isso não é esperado, não é mesmo? Infelizmente, estamos falando de um caso de gravidez molar (também chamada de mola hidatiforme, que é uma espécie de “alarme falso” – quando a mulher pensa que está grávida, mas, na verdade, o feto não consegue se desenvolver). Embora não seja considerado comum aqui, entre os países do Ocidente, esse quadro pode acometer quem está tentando engravidar (e é importante estar atenta, pois essa gravidez pode trazer consequências sérias, se não tratada adequadamente). Vem saber mais:

Imagem: 123RF

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Por que acontece uma gravidez molar?

Uma gravidez é considerada molar quando acontecem problemas durante a fertilização. E pode ser subdividida em dois tipos: quando um óvulo sem qualquer material genético da mãe é fecundado (o que origina um quadro de gravidez molar completa), ou então se o óvulo é fecundado por dois espermatozoides, ou se acontece a duplicação dos cromossomos desse espermatozoide (gravidez molar parcial).

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Na primeira situação, nem há a formação de um embrião (afinal, para que o embrião se forme é necessária a combinação dos 23 cromossomos da mãe com os 23 do pai). O que acontece então é que, ao invés de começar a ser constituído o tecido da placenta e a membrana amniótica (que são formadas para receber o bebê, quando a mulher está grávida), será formada uma massa de cistos.

Já se o quadro corresponde a uma gravidez molar parcial, os cistos também serão formados; contudo, há presença de tecido placentário, e o embrião começa a se desenvolver. Porém, ele só começa, mas não tem chances de sobrevivência.

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Como desconfiar de gravidez molar?

O sintoma mais comum de uma gravidez molar é o sangramento (que geralmente acontece entre a 6ª e a 16ª semana de gestação), leve ou forte. A mulher ainda pode sofrer enjoos e náuseas fortes, vômitos, hipertensão arterial e inchaço abdominal. Mais um motivo para desconfiar de uma gravidez molar é a observação de altos níveis de hCG (o hormônio gonadotrofina coriônica humana, que é produzido dias depois da fecundação). Esse hormônio é aquele identificado nos testes de farmácia e, se estiver em valores muito acima dos considerados normais para o período gestacional (é possível verificar os índices na embalagem do teste), desconfie!

Observados esses sinais, é necessário consultar o ginecologista. Além da análise clínica, ele deverá pedir um ultrassom, e será por meio dele a comprovação do diagnóstico, pois, pelas imagens, é possível identificar na placenta algo como se fosse um punhado de favos de mel, ou um cacho de uvas (que, na verdade, se trata da massa de cistos).

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Qual o tratamento para a gravidez molar?

Seja a gravidez completa ou parcial, a massa de cistos que é formada deve ser totalmente removida do corpo da mulher, o que geralmente é feito por meio de curetagem (que é um procedimento médico em que é feita a raspagem da cavidade uterina). Além disso, o médico ainda deverá acompanhar os níveis de hCG, que serão monitorados através de exames de sangue até zerarem.

Raras vezes, o tratamento pode também requerer quimioterapia. Sim, estou falando daquele mesmo tratamento indicado para casos de câncer. É que a gestação molar é considerada um tumor trofoblástico gestacional. Apesar do nome complicado, essa denominação corresponde a um grupo de condições que a mulher pode apresentar durante a gravidez, mas que costumam ser benignas e tratáveis. Dificilmente é necessária a quimioterapia; contudo, se após a curetagem algumas células anormais ainda permanecerem no corpo da mulher, esse tratamento poderá ser indicado, para garantir que a doença não se espalhe para outros órgãos, além do útero.

 

Dá para engravidar depois de uma gravidez molar?

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Sim! Mesmo nas mulheres em que a quimioterapia foi necessária, uma gestação molar não significa que não seja mais possível engravidar. Será necessário apenas um período de espera. Para quem precisou fazer uma curetagem, seis meses; já aquelas que tiveram que passar por quimio deverão aguardar um ano até tentar ter um filho novamente.

 

E tem como prevenir?

Infelizmente não, porque ainda não se sabe o que causa os problemas na fecundação, que levam à gravidez molar. Mas o recomendado é o mesmo de sempre: ficar atenta a qualquer anormalidade durante a gestação. Se for o caso de uma gravidez molar, o tratamento é fundamental para que sejam retirados todos os cistos do organismo. Caso contrário, esse tecido invasivo pode crescer e se espalhar pela corrente sanguínea para outros órgãos, causando complicações.