Eu costumo dizer que quando o assunto é cama compartilhada, nem todas as famílias pensam da mesma forma. Para algumas, o hábito funciona muito bem: melhora o sono de pais e filhos, e é uma forma de diminuir o cansaço, sobretudo da mamãe, nos primeiros meses de vida do bebê. Para outras, acaba sendo um grande transtorno (lembrando que existe também a questão da segurança – pois algumas pesquisas relacionam o fato de colocar o pequeno para dormir na cama do casal com o aumento do risco de morte súbita, já que os pais, adormecidos, podem se virar e acabar em cima da criança. O ideal, sempre, é manter o filhote em um pequeno moisés, no meio dos dois, ou numa caminha especial, acoplada ao lado da mãe).

Mas o que eu gostaria de trazer hoje aqui no blog é um novo estudo sobre cama compartilhada, publicado recentemente na revista científica Acta Paediatrica, por pesquisadores britânicos. Nele, os autores afirmam que a prática pode contribuir para que o filhote mame no peito por mais tempo. Justamente por isso achei que seria muito importante compartilhar essas informações com vocês, pois elas podem ajudar a enxergar a questão de outra maneira. Vale dar uma espiadinha!

cama compartilhada

Imagem: 123RF

O que o estudo analisou

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Com o objetivo de explorar a relação entre a duração da amamentação e a frequência em compartilhar a cama, o estudo recrutou cerca de 870 mulheres inglesas ainda durante a gravidez. Todas elas, no pré-natal, reportaram a intenção de amamentar. Depois do parto, elas foram analisadas por mais 26 semanas pelos pesquisadores.

 

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O que eles descobriram

Foi observado que 44% das participantes raramente ou nunca partilharam a cama com o bebê, enquanto 28% aderiam à prática às vezes, e 28% com frequência. E depois do período de acompanhamento, concluiu-se que mais participantes que frequentemente partilhavam a cama estavam amamentando ao sexto mês de vida do filho.

Além disso, é interessante notar que foram essas mesmas mulheres que demonstraram, no período pré-natal, uma intenção mais forte de amamentar (70% delas, contra 57% e 56% das mães que partilharam a cama às vezes e raramente, respectivamente), e se expressaram ainda sobre a alta importância da amamentação (95% contra 87% e 82%).

Vale destacar que esses três grupos não se diferenciaram significativamente em estado civil, renda, idade gestacional, idade maternal ou tipo do parto (toda a análise e as diferenças observadas realmente foram feitas em cima do fato da cama compartilhada).

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E esse resultado é bom ou ruim?

O resultado do estudo aponta mais um olhar que podemos ter em relação à cama compartilhada (que pode ser encarado como positivo, já que a amamentação, inclusive a prolongada, é muito benéfica para o bebê). Mas eu acredito que (como tudo na maternidade) o hábito não se encaixa, necessariamente, no perfil de todas as famílias. O mais importante é sentir o que faz bem para a dinâmica de sua casa, do seu filho, e o que torna todos mais felizes.

Nesse post, eu falei um pouco mais sobre esse assunto (e contei a experiência que tive em casa).