Ultimamente tenho recebido mensagens com uma dúvida recorrente entre as leitoras do blog: enfim, a prótese de silicone atrapalha a amamentação? Nós sabemos que essa cirurgia estética é cada vez mais comum, e que algumas mulheres acabam por fazê-la antes da maternidade – e quando a gravidez chega e o bebê nasce, muitas acreditam que estão impedidas de amamentar pela modificação realizada nas mamas.

Pesquisando sobre o assunto, constatei que, de maneira geral, a mamãe que passou pela cirurgia de aumento dos seios não fica impedida de dar o peito ao filhote pelo silicone, mas que, em alguns casos, podem ocorrer algumas complicações (inclusive, recentemente, a atriz Deborah Secco declarou em uma entrevista que não poderia amamentar a filha por problemas com a prótese, o que gerou um grande questionamento no mundo materno). Para saber mais sobre o assunto, reuni a seguir algumas informações sobre como esse procedimento cirúrgico pode interferir na amamentação. Confira:

Imagem: 123RF

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O silicone pode me impedir de amamentar?

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Para responder a essa pergunta, primeiro é preciso entender onde o silicone fica localizado nos seios. As duas maneiras mais comuns de se fazer o implante são: por trás do músculo peitoral (é a prótese submuscular), ou por trás da glândula mamária (nesse caso, é o implante subglandular). Nessas duas situações, o que a prótese faz é “empurrar” o tecido mamário para frente (ou seja, como não há interferência no tecido, a amamentação não ficaria comprometida).

O que pode gerar dificuldades para amamentar é o tipo de corte que é feito para colocar a prótese. O problema ocorre, principalmente, se ela for colocada pelas aréolas. Nesse caso os ductos mamários (que são os canais que levam o leite das glândulas para os mamilos) podem ser atingidos. As opções mais seguras para realizar a cirurgia, se você pretende ainda amamentar um bebê, são as via maxilar ou sulco mamário (que são feitas por debaixo da mama).

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Outro detalhe é que deve ser esperado um período de no mínimo seis meses entre a implantação de silicone e a amamentação, para que os ductos mamários (seja qual for o tipo de cirurgia) se adaptem ao implante.

 

Mas pode causar alguma dificuldade na amamentação?

Assim como com muitas mulheres, a produção e a descida de leite podem ser afetadas por diversos fatores. O silicone em si dificilmente é considerado um obstáculo para quem não consegue amamentar; mas, além de um possível problema com os ductos, ele pode também dificultar o processo para quem optar por uma prótese muito desproporcional ao corpo (pois, nesse caso, pode causar atrofia no tecido mamário).

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Vale saber ainda que um possível vazamento de silicone no leite materno não é possível, sobretudo porque as próteses atuais são revestidas com gel. O leite e o silicone não têm contato e, inclusive, o sabor e a qualidade do leite não são alterados por conta da prótese.

 

Tamanho de seio não indica mais ou menos leite

Outro detalhe que deve ser lembrado na amamentação é que o tamanho dos seios da mãe não interfere no aleitamento. Para quem possui peitos pequenos, se a ideia for aumentá-los por meio de cirurgia para produzir mais leite, reveja os planos: o que estimula a quantidade de leite produzida é o estímulo hormonal (que é feito principalmente por meio da sucção do bebê).

 

Converse com o médico, sempre

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Se você já tiver implantado silicone, avise o pediatra do seu filho quando iniciar a amamentação. Esse cuidado é necessário para que, em caso de alguma dificuldade, ele saiba da condição e possa dar a orientação mais adequada. A conversa também é válida para quem estiver pensando em aumentar os seios, para que o cirurgião possa indicar a prótese ideal para o tipo de corpo da mulher. Vale destacar que, hoje em dia, a cirurgia avançou muito e existem diversos modelos de prótese – e a ajuda profissional é fundamental para fazer uma cirurgia segura (e diminuir os riscos de uma possível interferência na amamentação de um futuro filho!).