Você já pensou que seu filho pode ser um bom motivo para você se tornar mais inteligente? Ou melhor, que os bebês, em geral, podem ser a grande explicação para a evolução humana? Pois hoje eu resolvi contar por aqui sobre um estudo bem interessante, que fala exatamente sobre isso!
Recentemente, dois neurocientistas da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, publicaram um artigo na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, no qual apresentaram uma nova teoria sobre a inteligência humana. E (vejam só!), para eles, os responsáveis por nossa esperteza são nossos filhos! A explicação estaria no fato de que os bebês humanos são indefesos (mais do que filhotes de outras espécies animais).
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Os pesquisadores sustentam essa tese afirmando que, ao contrário dos outros “bebês” do reino animal, nossos pequeninos demoram mais para desenvolver sua independência e, portanto, precisam de pais presentes (e atentos!) para mantê-los vivos (especialmente durante os primeiros meses de vida. Enquanto um filhote de girafa, por exemplo, já consegue acompanhar o rebanho andando sozinho após 20 minutos de nascença, um bebê humano demora normalmente oito meses só para aprender a sentar).
Eles também citam no estudo o tamanho do cérebro humano que, segundo eles, é grande justamente por conta da maior necessidade de inteligência e de habilidade para cuidarmos dos nossos filhos. E mais: que isso se trata de um ciclo contínuo, pois, segundo os pesquisadores, o que acontece na nossa espécie é que bebês cada vez mais indefesos geram pais ainda mais inteligentes (eu não sei vocês, mas descobri que sou capaz de fazer um número infinitamente maior de coisas depois que minha filha nasceu – e não é que me considero, mesmo, mais inteligente depois de me tornar mãe?).
Para comprovar a teoria, os neurocientistas programaram em computador um modelo matemático para essa dinâmica (e os resultados acabaram levando a essa conclusão). Também vale destacar que esse não é o único estudo que relaciona a inteligência dos pais com os cuidados com os filhos (eu já falei sobre um deles nesse post).
Claro que ainda há muito a ser descoberto, muitos trabalhos científicos a serem feitos, especialmente em relação à linha evolutiva humana. Mas não deixa de ser uma boa oportunidade para pensarmos sobre a importância da maternidade/paternidade em nossas vidas, não é mesmo?