O outono chegou e com ele o aumento do número de casos de doenças respiratórias em bebês. Os prontos-socorros estão lotados, e quem tem criança pequena em casa sente uma dorzinha no coração quando o nariz do filhote começa a escorrer! Eu me lembro direitinho de quando Catarina tinha 1 ano e meio de idade, e começou a demonstrar coriza – minha mãe, que já havia cuidado de três filhas asmáticas, fez aquela cara de preocupação, ao que eu respondi: “mas precisa se preocupar tanto com uma coisa tão simples? A menina não tem nada!”. Paguei minha língua dois dias depois, quando a pequena foi internada na UTI, certamente a pior experiência da minha vida!

E como há muitas leitoras entrando em contato e perguntando sobre o risco de doenças respiratórias nessa época do ano, achei interessante fazer um post falando mais sobre o assunto e quais os cuidados que podem ajudar na prevenção. Espero que vocês gostem, e que compartilhem essas informações com outras mães! Sempre é bom se informar quando o assunto é saúde!

Imagem: 123RF

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Outono e inverno: fique atenta!

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Que é preciso tomar cuidado para evitar o contágio dos bebês, desde seu primeiro dia de vida, todo mundo sabe. De fato, o sistema imunológico dos pequeninos nasce imaturo, e vai sendo reforçado ao longo do tempo (o que significa que seu filho passará a desenvolver anticorpos aos poucos, conforme tiver contato com o meio ambiente). É importante reforçar que, por meio da amamentação, a mãe passa os próprios anticorpos para o bebê (coisa que não acontece nos filhotes que são alimentados com leite artificial), o que ajuda na prevenção de doenças! Amamentar é importantíssimo também por esse ponto de vista!

Nessa época do ano (outono e inverno), como sabem, a circulação de diversos vírus respiratórios aumenta, como o vírus H1N1, que causa a gripe, o rinovírus, causador do resfriado comum, adenovírus, coranavírus e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), um dos principais responsáveis pelas infecções respiratórias no primeiro ano de vida dos bebês – em especial aqueles nascidos prematuros, os cardiopatas e também os que apresentam doença pulmonar crônica.

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Contando uma experiência própria: a primeira vez que tive que levar Catarina ao pronto-socorro, por problema respiratório, foi justamente quando meu leite secou e ela parou de mamar. Na ocasião, ela foi diagnosticada com bronquiolite, e fizemos o teste para saber se ela havia contraído o VSR: o Vírus Sincicial Respiratório, -(que é um dos maiores causadores de doenças respiratórias em bebês como a bronquiolite). Em um grupo de risco específico (bebês prematuros, cardiopatas e com doenças pulmonares crônicas), o vírus pode causar uma doença grave, com necessidade de internação. Para este grupo há uma forma de prevenir, por meio de uma imunização. Para bebês e crianças fora deste grupo de risco, o médico só precisará indicar tratamento para os sintomas, como febre e coriza, entre outros… Porém, para os pequeninos mais susceptíveis, o vírus pode causar problemas graves no pulmão: a tosse piora, pode haver chiado, falta de ar, até que  a criança tenha a oxigenação comprometida, o que pode ser visto nas unhas e nos lábios azulados. E aí é necessário correr para o hospital, havendo possibilidade de internação, de tratamento intensivo, e, em casos mais graves, até risco de vida.

Se qualquer bebê deve ser resguardado para minimizar o risco de contrair uma doença respiratória, os bebês de risco devem receber uma atenção ainda maior. Quanto mais novo o bebê, maiores os danos que uma infecção pulmonar pode causar – e por isso os bebês prematuros são considerados de alto risco. Além de um sistema imunológico pouco capaz de combater infecções, um prematuro apresenta um pulmão imaturo (uma vez que esse órgão é um dos últimos a se desenvolver na vida intrauterina, poucas semanas antes do nascimento a termo). Assim, uma bronquiolite, por exemplo, que leva algumas crianças apenas ao pronto-socorro, nos prematuros pode levar a óbito (saiba mais sobre os problemas da prematuridade em www.prematuro.com.br).

Além dos prematuros, são considerados bebês de risco aqueles que, em geral, também nasceram prematuros, com pouco peso, foram ventilados mecanicamente, e desenvolveram um quadro chamado de broncodisplasia. Para esses, mesmo depois de um tempo, pode persistir um problema respiratório crônico, em que os pulmões ficam mais sensíveis a infecções. Esses bebês podem piorar rapidamente e, por isso, precisam de cuidados redobrados.

Também estão dentro da categoria de alto risco para doenças respiratórias os bebês com cardiopatias congênitas, ou seja, que apresentam doenças relacionadas ao coração desenvolvidas no período intra-uterino (eles já nascem, portanto, com elas). Mas o que uma coisa tem a ver com a outra? É simples entender: pessoas com problemas cardíacos graves tem maior dificuldade de manter a oxigenação de suas células, justamente porque seu coração tem “uma condição especial” que compromete a circulação do sangue (que é o que distribui o oxigênio pelo corpo). E se o pulmão estiver comprometido também, já imaginou como ficam os níveis de oxigênio dessa criança? Muito ruins! As cardiopatias congênitas podem parecer algo raro, mas as estatísticas dizem que uma em cada 100 crianças nascidas vivas terá o problema!

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O que fazer para minimizar os riscos de uma infecção respiratória, ou os danos causados por ela?

Certamente a prevenção é sempre o melhor caminho. Por isso é importante seguir os seguintes cuidados:

Lave sempre as mãos antes de cuidar do bebê. Peça que pessoas que têm contato com ele façam o mesmo, e não permita que ele fique próximo a pessoas visivelmente doentes.

Se perceber que está ficando doente e não tiver alguém que possa ajuda-la com o bebê, use máscaras. O mesmo vale para os irmãozinhos, que podem trazer diversos vírus da escola.

– Evite levar o bebê a lugares com grande aglomeração de pessoas nos primeiros meses de vida. Shoppings, restaurantes, teatros não são recomendados, sobretudo nessa época do ano, em que a incidência de infecções respiratórias virais aumenta na população.

– Não coloque em sua boca itens de uso do bebê (como colheres, por exemplo). Lave e esterilize mamadeiras, e não permita que os irmãos compartilhem copos e talheres – cada um deve ter o seu.

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– Se seu bebê vai à creche ou escolinha, certifique-se de que lá ele usa apenas seus próprios itens pessoais. Copos e talheres ali também não devem ser compartilhados, preferencialmente.

– Troque as roupas do bebê com frequência, sobretudo depois de sair de casa. Quando receber visitas, forre a pessoa com uma fralda de ombro, para que não haja contato direto com as roupas de quem vem da rua.

– Mantenha as vacinas do bebê em dia. Esse é um cuidado fundamental, e que não pode ser deixado em segundo plano. Há, inclusive, imunização que protege do Vírus Sincicial Respiratório. As vacinas são parte importantíssima do esquema de proteção de bebês, crianças e de toda a sociedade. Consulte o seu médico. Aqui você pode achar um quadro com o calendário de vacinação recomendado pela Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM).

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