Outro dia eu estava em uma pracinha com Catarina, perto da minha casa. O local, como de costume, reunia mães com filhos de diferentes idades: desde bebezinhos, aproveitando o fim de uma tarde de sol, até os maiores, mais independentes, grupo no qual a minha pequena já se inclui (quem diria! Como o tempo passa! E não é que, de repente, eu já sou vista como uma “mãe experiente”? Justamente eu, que quanto mais converso, mais leio, mais percebo que só sei um pouquinho sobre a maternidade?).

Imagem: 123RF

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Pois não pude deixar de presenciar o diálogo entre duas mães que estavam ali. Uma, visivelmente mais cansada, queixava-se da falta de liberdade, de não conseguir sair de casa com frequência, de não poder ir a um simples shopping com o filho (ainda mais em tempos de H1N1!). Ouvindo-a, eu me lembrava da mãe que um dia eu fui, e que se sentia exatamente da mesma forma: sedenta pelo direito de ir e vir sem maiores preocupações, sem pensar se era a hora de mamar, sem necessidade de programar uma mísera saída com uma semana de antecedência, levando uma bolsa a tiracolo que mais parecia uma mala para uma viagem ao redor do mundo.

Mas aí eu comecei a ouvir a outra mãe falar. E ela parecia não se incomodar com a sua suposta falta de liberdade – ela havia entendido que seria assim por um tempo,  e que um dia as coisas voltariam ao normal. Certamente não seriam iguais à fase sem filhos, mas ela sabia que o período de doação extrema ao filho também passaria. Ela transmitia uma calma tão grande, uma maturidade tão grande, que chegava a incomodar a outra, com quem falava.

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Foi então que me vieram à cabeça todos os momentos em que eu sofri por não aceitar a maternidade como ela realmente é. Porque ali, o que talvez faltasse para aquela mãe que se sentia tão prisioneira de sua rotina fosse exatamente isso! Quantas e quantas vezes pintamos o sonho de ter um filho com cores que não correspondem ao que acontece no dia a dia, e acabamos nos frustrando (quando as coisas poderiam ser muito mais simples, mais fáceis, mais alegres!).

Para mim, aceitar a maternidade com o coração aberto é:

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  • Saber que suas noites não serão mais as mesmas. Que você precisará acordar uma, duas, cinco, seis vezes em uma mesma madrugada! Que isso será uma das coisas mais difíceis pelas quais já passou na vida, mas tendo a certeza de que um dia acabará!
  • Saber que seu tempo já não é só seu. Que você precisará abrir mão dele para que seu filho possa se beneficiar da sua presença. Sim, você deixará de ir para onde quiser, a hora em que quiser. Mas isso também não durará para sempre, e, no dia em que você não for necessária, sentirá uma grande saudade dessa fase.
  • Saber que você precisará fazer escolhas. Que não é possível ser a mãe “perfeita” (que prepara todas as papinhas, que passa o dia inventando as melhores brincadeiras, que leva e traz da escola) e a super-executiva reconhecida internacionalmente. Que você pode até tentar por um tempo, mas vai desistir quando perceber que está enlouquecendo. Que você terá que delegar aquilo que é menos importante, e assumir aquilo que seu coração acha que deve fazer. E que isso também será diferente um dia, pois um filho cresce e suas prioridades mudam.
  • Saber que você não vai pensar em si em primeiro lugar. Que você precisará abrir mão de comidas, bebidas de que gosta, durante a gestação e a amamentação. E talvez por um período muito maior do que isso, para dar exemplo a seu filho. Você deixará de comprar aquilo que precisa, se só tiver dinheiro para comprar as coisas do pequeno. Até o último pedaço do bolo você deixará na mesa (mesmo que não tenha comido nenhum), se seu filho te olhar com os olhinhos de quem está morrendo de vontade! E isso… Bem, isso não mudará nunca!