Às vezes, quando escuto um bebê chorar ao meu lado, eu me lembro dos primeiros meses de Catarina. E tenho que ser sincera: ao mesmo tempo que me bate uma enorme saudade, sinto também um certo alívio. Definitivamente eu não estava preparada para a maternidade, quando a pequena nasceu. Eu havia lido alguns livros sobre cuidados gerais, sobre amamentação, tinha preparado o bico de peito, e achava que isso seria o suficiente. Ah, que ingenuidade! Até então, eu nunca tinha passado por um período de privação de sono, nunca tinha sentido a pele esgarçar até sangrar (e, sim, cheguei a sentir isso amamentando), nunca tinha ficado dias e dias em casa, dedicada praticamente 100% do tempo a uma pessoinha. Eu sei que há mães que passam por isso tranquilamente, e tenho uma profunda admiração por elas. Porque, do fundo do meu coração, para mim não foi nada fácil.

Imagem: 123RF

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No meio das minhas noites insones, dividida entre olhar minha filha mamando, completamente maravilhada com aquela vida tão delicada, e lutar para manter meus olhos abertos (e o medo de deixá-la cair? Será que era só comigo?), eu me perguntava se estava fazendo o certo. Ao meu redor as pessoas falavam: “você está esgotada, precisa de ajuda! Contrate uma enfermeira para o período da noite, pelo menos!”. Eu poderia ter feito isso, mas não fiz. Na minha cabeça, eu era a mãe, era meu o dever de cuidar da pequena. Como deixar que uma outra pessoa ficasse com ela, se estava chegando ao mundo? Se eu era praticamente sua única referência? Os dias foram passando e eu estava ali, firme e forte, quase pele e osso – mas podia dizer, com o peito estufado, que eu estava dando conta de tudo sozinha. Não, eu não me arrependo; só não sei se teria feito tudo novamente, com um segundo filho.

Mas a vida ensina. O tempo passa e você cai na real. Porque naquele momento eu não aceitei ajuda, mas não demorou muito para perceber que em algum momento eu teria que aceitar. Uma hora você fica doente, e se não tiver alguém para cuidar da casa, para fazer uma comidinha, e até para ficar com o bebê por alguns momentos, você não aguenta. Outra hora é seu filho quem ficou doente, e se você não tiver alguém com quem conversar sobre isso (nem que seja para falar que a febre subiu de novo, e ouvir de volta que é assim mesmo, que ficará tudo bem), você pira.

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Depois vem a volta ao trabalho – e se você ainda achava que não precisava de ajuda, não terá qualquer dúvida! “Com quem ficará meu filho: com a avó, com uma babá, na escolinha?”. Independente da decisão, você percebe que não consegue mais ser o bastante. E você sofre, porque queria tanto não depender!

Então você chega à conclusão de que, além de todos os outros ensinamentos, a maternidade também ensina humildade. Te ensina a aceitar ajuda, mesmo que com ela venha uma certa carga de palpite (que, no fundo, só é a opinião de quem está tentando ajudar – ou deveria ser). Te ensina que ninguém está sozinho no mundo, e que seu filho tem muito a aprender com você, mas também com os outros. Te ensina a ser eternamente agradecida pela pessoa que é capaz de largar tudo para atender seu pequeno, quando você precisa.

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Como uma mãe cresce, não?