A possível relação entre o Zika vírus e a microcefalia, que há certo tempo vem sendo questionada, ganhou reforços importantes nessas últimas semanas.

E como esse é um assunto que está assustando muitas futuras mamães (e até mesmo quem tem filhos pequenos, e tem medo de que ele eles também sejam afetados), achei interessante compartilhar com vocês aqui as informações mais recentes sobre o assunto. Vejam que interessante: pesquisadores colocaram células-tronco em contato com o Zika vírus – e como resultado, houve problemas em seu desenvolvimento!

Zika vírus e a microcefalia: estudo

Até agora foram publicados dois estudos sobre isso, um na revista científica Cell, feito por cientistas norte-americanos, e outro no jornal científico PeerJ, desenvolvido por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Em ambos os trabalhos, foram utilizadas células-tronco (que possuem capacidade de se transformar em células especializadas do nosso corpo, inclusive do cérebro), induzidas para a formação de neurônios.

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No estudo da UFRJ, as células foram infectadas pelo Zika e, no dos norte-americanos, uma exposição de apenas duas horas ao vírus já foi suficiente para observar os danos, e ainda a morte de um terço dessas células.

De acordo com os autores do estudo publicado na Cell, o resultado não comprova definitivamente a relação entre o Zika e a microcefalia, mas é mais um forte indício de que ela realmente ocorra.

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Como as células tiveram o desenvolvimento prejudicado após o contato com o vírus (e não conseguiram evoluir como deveriam), o fato poderia explicar a má-formação cerebral característica da microcefalia.

Foi constatado também que os efeitos da infecção viral só foram notados em células em formação, e não já formadas, o que explicaria a incidência do problema apenas em bebês – e não em crianças, adultos e idosos (mas é importante lembrar que, nas crianças já nascidas, o vírus demonstrou potencial de provocar a Síndrome de Guillan-Barré, sobre a qual falaremos em breve aqui no blog!).

O mito sobre as vacinas

É importante destacar ainda que uma possível relação entre microcefalia e vacinas (boato que tem se espalhado por aí) não foi comprovada. Inclusive, o Comitê Global de Aconselhamento em Segurança de Vacinas analisou e não encontrou qualquer prova de que vacinas aplicadas na mãe, durante a gestação, sejam causadoras da má-formação no cérebro do bebê.

Mesmo vacinas vencidas não poderiam ser correlacionadas ao desenvolvimento do problema (o que aconteceria, nesse caso, é a ineficácia da vacina contra a doença que ela deve prevenir – mas não o surgimento de um quadro de microcefalia!).

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Por isso as futuras mamães não devem deixar de tomar as vacinas indicadas pelo médico, ok? E vale lembrar que outros cuidados são importantes, como o uso de repelentes e (na medida do possível, para um país tropical como o nosso) o uso de calças compridas e blusas de manga longa.