Quem não se lembra dos medos que sofria durante a infância? O episódio específico de algum desenho ou seriado, o medo de perder os pais no supermercado ou então de ter que dormir a noite toda, quando você jurava que tinha um monstro debaixo da cama, são lembranças assustadoras, não é? E embora hoje, nós, adultos, achemos esses temores banais, a história se repete com os nossos filhos. Por isso é necessário paciência para lidar com os pequenos nesses momentos – afinal, eles se sentem tão ou mais amedrontados que nós, quando éramos crianças, diante de algumas figuras ou situações. E tudo começa ainda nos primeiros meses de vida, sabia?

Para aprender como lidar com o filhote diante dos medos, é interessante conhecer quais são os temores mais comuns durante cada fase da infância. Vale lembrar que esse sentimento faz parte do desenvolvimento infantil e que é preciso que os pais ajudem a criança a superá-lo (afinal, pai e mãe são as maiores fontes de conforto e segurança que os pequenos possuem!). Confira abaixo os principais medos e como oferecer suporte para o filhote diante dessas situações.

Imagem: 123RF

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0 a 2 anos

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Ainda nos primeiros meses de vida, alguns bebês se desesperam diante de estímulos intensos, como barulhos inesperados ou luzes muito fortes. O fato de um objeto pesado cair nas proximidades pode ser motivo para o maior chororô. Isso também pode acontecer com aparelhos ligados, como secadores de cabelo, liquidificadores e aspiradores de pó (mas há também aqueles filhotes que adoram esses sons – Catarina, por exemplo, dormia profundamente quando eu ligava o secador!). Se perceber que seu pequenino se assusta, mantenha-o longe quando for ligá-los (e, pouco a pouco, mostre a origem do som a ele, para que vá se acostumando sem susto!).

Entre o sexto e o nono meses de vida (fase em que o bebê começa a distinguir a mãe como uma pessoa separada dele) o maior medo do pequeno é a ausência materna. Mesmo que você saia de perto  por pouco tempo, pode ouvi-lo chorar e reclamar, pois, para ele, quando alguém some do seu campo de visão, é porque deixa de existir. Esse sentimento é ainda mais forte quando o bebê está diante de novidades, sejam pessoas, ambientes ou mesmo objetos. A dica aqui é estar com o pequeno (ou deixá-lo com o pai, ou cuidador – vale qualquer figura com que ele já esteja familiarizado) quando ele estiver exposto a novas situações. Também é bacana, a partir do sétimo mês, brincar de esconde-esconde (pode usar uma toalha mesmo, só para cobrir e descobrir o rosto rapidamente), para que ele perceba que não é porque você sumiu que não irá voltar.

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Pessoas fantasiadas e com máscaras também podem assustar por volta dos dois anos (por isso algumas crianças nessa fase não veem graça alguma nos palhaços, ou em personagens de parques temáticos). Ofereça colo e esteja sempre junto do ilhote quando ele se encontrar com alguém vestido assim, e mostre que tudo não passa de uma roupa diferente. Em casa, uma atividade legal é fazer máscaras com seu filho e vesti-las, para que ele entenda que, por trás de uma, existe uma pessoa normal e que não oferece perigo.

 

2 a 4 anos

Quase aos dois anos, surge o medo do escuro e, mais uma vez, de ficar sozinho. Monstros e fantasmas também passam a fazer parte da imaginação dos pequenos nesse momento. E daí vêm as lutas para dormir! Quando isso acontece, não hesite em oferecer suporte ao filhote: deixá-lo passar a noite com alguma luz acesa (pode ser um abajur ou uma luzinha de tomada) ou permitir que ele durma um pouco com os pais (se para vocês a cama compartilhada por uma opção) são algumas alternativas para ajudá-lo a superar esses temores.

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Também é bacana fazer brincadeiras no escuro ou penumbra (com sombras ou lanterna), para que a criança não associe a escuridão com coisas ruins. O mesmo acontece com o medo de chuva e trovão, comum a partir dos três anos. Brinque e mantenha a rotina com o filhote normalmente enquanto chove lá fora, e procure não demonstrar susto caso a chuva aperte ou “estoure” um trovão estrondoso.

Mais um cuidado muito importante é não banalizar e tirar sarro do medo. Se seu filho não quer dormir porque insiste que tem um monstro dentro do guarda-roupa, abra o armário e mostre a ele que não tem nada (mas, que, se ele se sentir mais seguro, papai e mamãe darão umas boas vassouradas lá dentro para que ele não apareça durante a madrugada). Isso é necessário para que a criança se acostume, desde cedo, a confiar nos pais e a se sentir segura quando quiser contar seus sentimentos, inclusive quando estiver com medo. Muitos psicólogos acreditam, inclusive, que essa atitude pode até evitar problemas futuros.

 

4 a 6 anos

O medo de se perder ou então de ser esquecido em algum lugar (como na escola ou no supermercado) são comuns nessa fase. Para que o pequeno se sinta mais seguro, ensine-o a pedir ajuda e faça com que ele decore o nome completo e o telefone de casa, caso seja realmente necessário solicitar socorro a alguém (é até uma medida real de segurança, pois, infelizmente, nunca sabemos o que pode acontecer!).

Bandidos, vilões de filmes e histórias e a morte dos pais são mais alguns temores que podem acometer as crianças próximas aos seis anos. Acalme o filhote explicando que é sempre importante que ele se mantenha perto de adultos conhecidos para ficar afastado dos perigos. E quanto à morte, caso o pequeno questione, explique de maneira delicada como o processo acontece.

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Medo é de cada um

Algumas experiências particulares da vida da criança também podem fazer com que ela sinta medo de determinadas situações, independentemente da idade em que estiver. Em todos os casos, a dica é sempre a mesma: não banalize esse sentimento e ofereça segurança, sendo realista. Também fique atenta para o medo não se transformar em fobia, o que requer acompanhamento profissional. Para diferenciar um do outro, observe se o medo não está mudando a rotina da casa e de toda família (por exemplo, quando o filho precisa dormir com os pais todas as noites não é normal – e isso afeta o relacionamento do casal). Também fique de olho em mudanças no humor da criança ou desinteresse por atividades que ela gostava de fazer. Isso pode ser sinal de fobia, um medo exagerado que faz com que o pequeno sofra e perca determinadas oportunidades, e um psicólogo pode ajudar.