Aqui perto de casa existe um mini shopping, com uma conhecida academia do bairro em seu interior. Eu passo frequentemente por lá, para comprar um presente de última hora, ou levar uma roupa à lavanderia. E hoje, enquanto andava entre os carros ali estacionados, vi uma mãe saindo do local com o filho, vestido com roupa de judô. Era um menininho pequeno, pouco menor do que Catarina, e que praticamente corria atrás da mãe, que marchava na frente sem olhar para trás. Cara fechada, olhar duro, não falava com o filho. Simplesmente abriu a porta de seu carro, esperou que o menino entrasse, e fechou batendo com força. Na hora, quem olhava, sentia pena do pequenino. Afinal, não era para a mãe estar de mão dada, conversando com ele? Ao invés disso, dava para notar a irritação dessa mulher no ar, até uma ligeira falta de controle. E, sendo muito sincera, era exatamente como eu teria julgado a cena num dia qualquer, mesmo já tendo uma filha e sabendo que a rotina de mãe não é fácil. Mas hoje não, hoje eu pensei diferente.

Imagem: 123RF

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Hoje eu já acordei cansada. Ontem, domingo, trabalhei até 1h da manhã, para dar conta de parte do trabalho que terei durante essa semana (do contrário, não conseguiria mesmo finalizar as coisas a tempo). Acordei durante a noite, completamente zonza de sono, para atender minha filha. Não consegui comer muito no café da manhã, porque a cabeça latejava com a queda hormonal da TPM. Mas, apesar de tudo isso, não havia a opção de ficar um pouquinho mais na cama, ou deixar as tarefas para depois. Tudo tinha que ser executado nos horários de sempre, apesar do cansaço extremo.

Talvez só porque eu me sentia cansada dessa forma é que consegui olhar para aquela mãe com outro olhar. E ainda bem que continuei olhando, porque depois que ela bateu a porta do carro, se sentou na cadeira do motorista e abraçou o voltante, mostrando o quanto também estava exausta. Não sei se ela chorou, mas os meus olhos marejaram. Pude notar que ela ficou naquela posição por mais de um minuto, até levantar a cabeça e seguir seu caminho.

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Não estou querendo dizer que cansaço de mãe seja desculpa para tudo, porque não é. Aliás, um filho é uma grande oportunidade de vencer as próprias limitações, de ser uma pessoa melhor, que age como deve agir, até quando está no seu limite. Só estou querendo mostrar como é difícil para quem vê de fora entender a coitada da mãe, quando ela simplesmente tem um ataque de choro ao lado do berço, quando grita com o filho que está no meio de um ataque de birra, quando sai batendo a porta, querendo que um buraco se abra bem à sua frente (será que se ela se jogar ali, conseguiria descansar um pouco?). É muito fácil julgar, até mesmo para quem tem filhos e já passou por algumas situações parecidas.

No fundo, toda mãe vive alguns dias assim, mesmo que sejam poucos. Mesmo que ela faça um trabalho pessoal todos os dias, para tornar esses momentos cada vez mais raros. E enquanto ninguém que olha pela janela entende a coitada da mãe, ela recebe o maior dos exemplos do lado de dentro. Porque o filho sempre entende, sempre desculpa e a ama apesar de suas falhas.

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