Outro dia, conversando com uma amiga, me lembrei de uma história que aconteceu pouco antes de engravidar de Catarina, na época em que eu ainda clinicava como dentista. Eu atendia as famílias mais variadas – desde as mais simples, no sistema público, às mais endinheiradas, em uma clínica de alto padrão de São Paulo. E, na mesma semana, vi um mesmo fato ocorrer nos dois locais, o que me chamou muito a atenção: eu percebi como, atualmente, é difícil dizer “não” para um filho.

Imagem: 123RF

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Imaginem que eu tratava uma menininha de quatro anos, com a boca repleta de lesões de cárie, enquanto observava sua mãe tentando “apagar um incêndio” com os outros três filhos, que aguardavam para também serem atendidos. Eles choravam, esperneavam, pedindo doces. A mãe, meio sem jeito (afinal, eles estavam prestes a passar em uma consulta odontológica!), cedeu à insistência dos pequenos, pegou uma sacola que havia trazido de casa, e abriu um pacote de balas para cada um (e, em seguida, um de salgadinho). Eu conhecia aquela família há meses, pois eram necessárias muitas sessões para tratar aquelas boquinhas doentes. Eu sabia que eles quase não tinham o que vestir, o que comer, mas, para minha surpresa, estavam todos acima do peso. Resultado de uma alimentação rica em açúcar, gordura e pobre em saúde.

No dia seguinte, o cenário era outro. Eu aguardava para atender a uma rica família nos Jardins, e organizava o consultório enquanto ouvia a conversa entre mãe e filho na sala de espera. Era a primeira consulta de um menininho, que obviamente estava com medo, por não me conhecer e não estar à vontade com o ambiente. Tudo normal e dentro do esperado, até que a criança disse: “Eu só falo com a dentista se depois você me levar no (complete aqui com o nome de uma conhecida rede de junk-food)”. Em vez de conversar com o filho, explicar que estavam ali para tratar seus dentes, sua boca, a mãe simplesmente concordou: “Claro, filho, e vou te dar quantos sorvetes você quiser, de sobremesa”.

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Esses são apenas dois exemplos de vezes em que notei a falta de limite acontecer. Eu sei que tentar acalmar um filho com comida (de baixa qualidade, porque obviamente as crianças não querem se entupir com frutas – são balas, chocolates e pirulitos as moedas de troca) é uma estratégia que funciona: eu mesma já me vi tentada a usá-la em situações críticas. Mas o preço a ser pago é caro: nunca vimos níveis tão alarmantes de obesidade infantil, de crianças com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

E qual é o primeiro remédio para essa situação? Uma palavrinha mágica, protetora, que toda mãe e todo pai precisa ter pronta para ser dita com segurança: “não”. Porque não deve haver barganha, e sim a paciência e a convicção para mostrar o certo, o que deve ser feito, para o bem do próprio filho. São mudanças que parecem pequenas, mas que podem ter um impacto imenso na vida do filhote.

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* Esse post foi patrocinado pela Amil, que tem um projeto super bacana de combate à obesidade infantil: o Obesidade Infantil Não (que você conhece clicando aqui). A empresa acredita que é com a união de pais, mães, médicos, responsáveis e de toda a sociedade que podemos mudar essa triste realidade.

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