Eu não sei se vocês sabem (eu, pelo menos, não sabia) que a diarreia é a segunda causa mais frequente de morte de crianças de até 5 anos no mundo. Uma doença que parece corriqueira, tranquila, apresenta um perigo muito grande quando acomete os pequenos: pode levar à desidratação rapidamente (em alguns casos, em menos de 24 horas), e até mesmo ao óbito. E por isso eu não poderia deixar de falar sobre ela aqui no blog, contando, inclusive, um pequeno susto que levei com Catarina há dois anos. Como fazia mais de um dia que seu cocô estava líquido (e ela começou também a vomitar), levei-a ao pediatra, para uma avaliação. Sinceramente, achei que ele a examinaria, receitaria um medicamento e sairíamos de lá em cinco minutos! Imaginem minha surpresa quando o médico disse que ela estava com uma desidratação leve (apesar de todos os meus esforços para que ela tomasse líquido) e talvez tivesse que ficar no hospital para receber soro (o que só não aconteceu porque ela colaborou muito e conseguimos fazer a reidratação pela boca – o que levou horas para acontecer).

E o que eu aprendi com essa experiência? Acredito que muita coisa, que eu gostaria de compartilhar com vocês agora. Porque informação é sempre um dos pontos mais importantes para que consigamos manter nossos filhos com saúde:

Imagem: 123RF

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Enfim, como acontece a diarreia?

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O agente causador do problema (que pode ser um vírus, uma bactéria, um parasita) causa a lesão do intestino, que começa então a “jogar fora” água, sódio, cloro e potássio, principalmente. Mas o mais importante de ser lembrado é que acontece perda de água e eletrólitos no cocô ou pela boca (quando a criança vomita), o que pode levar à desidratação. Três episódios de fezes moles ou líquidas em um mesmo dia já podem ser consideradas um caso de diarreia. Também vale dizer que, diferentemente do que muita gente diz por aí, a doença não escolhe classe social – ela acontece desde as camadas de menor poder aquisitivo até as mais ricas, por isso qualquer mãe deve ficar atenta.

 

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Quando levar seu filho ao médico?

O grande perigo da diarreia, como já dito, é o risco de que o bebê ou a criança desidrate (e quanto menor for o pequenino, mas rapidamente isso acontece, porque o corpinho ainda não tem um controle eficiente da perda de água). Assim, se você notar que seu filho não está conseguindo repor a quantidade de líquido (porque não consegue tomar líquidos, ou porque está perdendo muito com o cocô ou com vômitos), é hora de levá-lo ao pediatra ou pronto-socorro (isso pode acontecer ainda no primeiro dia dos sintomas).

Importante: os sinais mais evidentes da desidratação em bebês e crianças são moleira funda, olho seco e fundo, boca seca, diminuição da quantidade de xixi, choro sem lágrimas e mudança na pele (normalmente você puxa a pele da mãozinha do filhote e ela volta ao lugar, não é? Quando está desidratada, é como se você puxasse e ela colasse, ficando enrugadinha).

 

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Como alimentar uma criança com diarreia?

Em primeiro lugar preocupe-se com a hidratação – e ela deve ser feita de pouquinho em pouquinho, como aprendi com o pediatra de Catarina. Eu achava que o melhor era tentar fazer com que ela tomasse um copo de água enorme de uma vez! Mas dessa forma, o risco de vomitar é grande, por isso prefira dar de colher em colher (em bebês pode usar até um conta gotas, e ir pingando as gotinhas!).

Para bebês que mamam no peito, o próprio leite materno faz a reposição do líquido. Nas crianças maiores ou que não são mais amamentadas, há a opção de usar o soro caseiro em casos de emergência, ou, se o médico recomendar, fazer uso de fórmulas de reidratação orais, vendidas em farmácias.

Em relação aos alimentos, o ideal é que seja uma dieta leve (afinal, o intestino está inflamado, “machucado”, e deve passar longe de alimentos muito açucarados ou gordurosos), saudável, com alimentos frescos. Prefira também pequenas porções e não force – a própria criança vai começando a comer melhor conforme a recuperação acontece.

 

Como é feito o tratamento da diarreia?

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Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o tratamento da diarreia aguda deve ser feito com reposição de líquido (começa-se tentando a reidratação de forma oral, que é mais eficiente; se não funcionar, por meio de soro na veia), alimentação adequada e medicamento à base de zinco (como o BioZinc, por exemplo). O zinco estimula o sistema imunológico, chamando células de defesa, e ajuda a regenerar o intestino, para reduzir a perda de água e minerais. Quanto antes o indivíduo começa a tomar, mais rapidamente a diarreia aguda melhora e menor o risco de desidratação.

 

O que não fazer em caso de diarreia?

Medicar o próprio filho, sem levá-lo ao médico. Há casos de pais que dão medicamentos chamados de antiespasmódicos, para que a criança pare de fazer cocô – mas, se a diarreia for causada por um vírus, por exemplo, o melhor é deixar a evacuação acontecer (do contrário, o problema pode até piorar).

 

Como prevenir a diarreia?

Tão importante quanto saber o que fazer se seu filho tiver um episódio de diarreia, é saber como evitá-lo. E no verão, então, o cuidado deve ser redobrado: porque os alimentos estragam com maior facilidade (podendo originar o problema, se ingeridos) e porque as bactérias proliferam mais rapidamente. Dessa forma, não se esqueça de lavar as mãos (as suas e as do pequeno) depois de usar o banheiro e antes das refeições, lavar frutas e legumes, isolar bem o lixo, ingerir apenas água tratada (cuidado com sucos naturais em viagens – talvez você desconheça a procedência da água usada em sua composição!) e evitar o contato com pessoas que estejam com os sintomas (porque pode ser uma diarreia de causa viral, que é transmitida de pessoa para pessoa).

 

Espero que as informações tenham sido úteis, e que possam ajudar se o pequeno ficar doente (ou melhor ainda: a mantê-lo longe da diarreia e da desidratação!).

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