Sempre que se fala de leite materno, ele é colocado como o melhor alimento para a nutrição do seu bebê logo após o nascimento (a recomendação da Organização Mundial da Saúde é o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, e a manutenção da amamentação até os 2 anos da criança, sempre que possível). Mas você sabe por que ele é o alimento perfeito para o seu filho nos primeiros meses de vida? Eu acho o assunto fascinante, por isso pesquisei diversas informações para mostrar a vocês, para que possamos entender juntas o que faz do peito a melhor fonte de nutrição para nossos filhotes. Vem dar uma espiadinha comigo:

Imagem: 123RF

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Colostro X leite materno: tem diferença?

Como sabemos, antes da descida do leite, propriamente dito, o peito da mãe produz o colostro, que será dado ao bebê nas mamadas inicias (inclusive recomenda-se que a primeira mamada do bebê ocorra na primeira hora após o parto). E ele é, sim, diferente do leite, pois é riquíssimo em fatores de crescimento e em componentes imunológicos, e tem baixa concentração de lactose, lipídios e calorias. O que isso significa? Que sua função é a de ajudar no desenvolvimento do bebê fora do útero, já que ele está chegando e se adaptando a um novo ambiente, e de proteção (através do colostro, o pequeno recebe uma carga inicial de anticorpos imensa, vinda da mãe). Depois dessas primeiras mamadas, chega o leite (com aquela sensação de formigamento e de que o peito está enchendo, lembra?). Então a composição do que sai do peito da mãe muda (a quantidade de lactose, lipídios e energia aumenta), e o leite passa a ter papel fundamental na nutrição do bebê.

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A composição do leite materno é sempre a mesma?

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E a resposta é não, ele muda durante uma mesma mamada, ao longo do dia, e no transcorrer das semanas de amamentação.

Em primeiro lugar, é preciso explicar melhor o que acontece com o leite da mamada. Você já ouviu falar em leite anterior e posterior? O leite anterior é aquele que sai primeiro, logo que o bebê começa a mamar. Ele tem uma boa concentração de proteínas estruturais (que entram na formação do próprio corpinho do filhote), anticorpos, e menos gordura, em relação ao leite que virá em seguida. Conforme o bebê mama e esvazia o peito, chega-se ao leite posterior, que é mais “gordo”. Por isso, quando o bebê tem dificuldade em ganhar peso, é importantíssimo que ele mame até esgotar o peito, para aproveitar essa parte do leite.

E durante o dia, como o leite muda? Estudos já mostraram que, em geral, há menos gordura no leite da manhã e da madrugada, comparado àquele da tarde e do início da noite (ou seja, logo após as refeições da mãe, ele tende a ser um leite mais gordo também). E ao longo das semanas, o leite materno também se transforma, tendo uma concentração cada vez maior de lactose, lipídios e de calorias (afinal, o bebê vai crescendo e precisa desse aporte maior para sua nutrição). Uma perfeição, não é mesmo?

 

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A proteína do leite materno: da boa digestão, da prevenção de alergias e do crescimento adequado

Dizem por aí que bebês que mamam no peito têm menos cólica e chance de desenvolver refluxo. E isso é verdade!!! E para explicar isso, é fundamental entendermos melhor sobre a proteína contida nele.

A proteína é uma das partes do leite, que também é composto por água, lactose (carboidrato), lipídeos, e outras tantas substâncias. Ela é uma molécula grande, que precisa ser “quebrada” pelo corpo do bebê em pedacinhos menores, para que possa ser absorvida. No leite materno, o processamento das proteínas é fácil, porque ele foi feito especialmente para o corpo do pequenino que acabou de chegar ao mundo. Assim, o leite que ele mama é absorvido rapidamente, esvaziando seu estômago e deixando-o pronto para a próxima mamada.

Quando o bebê para de mamar e começa a tomar leite de vaca precocemente, o esvaziamento do estômago demora mais para acontecer, porque o bebê leva mais tempo para conseguir quebrar essas proteínas, que são de outra espécie. Além disso, o leite de vaca possui 5 X mais proteína do que o leite materno.  Como esse leite não-materno de origem animal fica mais tempo no estômago do filhote, há maior chance de “voltar” (já que as válvulas de fechamento do sistema digestivo do bebê são imaturas), aumentando a ocorrência de refluxo.

O leite materno também reduz o risco de cólicas, de constipação (intestino preso) e de diarreia, o que também está relacionado à maior facilidade de sua digestão (além de conter prebióticos ( Fibras ) e Probióticos ( Bactérias do bem ) que também contribuem para o bom funcionamento do intestino). O leite materno oferece a composição perfeita de proteína –  tanto na quantidade quanto na qualidade – para promover crescimento adequado, sem induzir à obesidade (lembrando que não existe leite materno fraco – se você produz, ele é o melhor alimento para o seu bebê!).

Por fim, o leite materno não causa alergia, porque sua proteína é reconhecida naturalmente pelo corpo do bebê (ou seja, ele não a “estranha”). Mas o mesmo não acontece com o leite de vaca integral (que não deve ser dado a menores de um ano, porque seu tipo de proteína leva ao processo alérgico em um número significativo de crianças!). Considerando que você não possa amamentar (há condições sistêmicas da mãe – poucas!- que impedem a amamentação), ou que não consiga fazer isso de forma exclusiva, o ideal é se informar com o pediatra do seu filho, para que ele recomende a melhor forma de se fazer a complementação.

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