A chegada de um filho é um momento mágico para uma mulher, mas é também uma fase delicada, de adaptação a uma nova vida. A impressão que você tem é a de que seu tempo não lhe pertence mais: são mamadas, trocas de fraldas, noites insones que se sucedem, em um ritmo alucinante. Dá vontade de chorar de cansaço, de angústia por não entender o que o choro do bebê significa, de solidão (porque se antes você vivia fora de casa, passará semanas sem mal olhar para a rua). E no meio de tudo isso está o pai: que antes era apenas marido, companheiro, e que passa a exercer um novo papel naquela família.

pai com recém-nascido no colo

pai com recém-nascido no colo. Foto: freepik

Eu não tenho dúvidas de que a participação do pai nesse período é fundamental, e um dos pontos mais importantes para que a mulher se adapte com mais facilidade a essa vida inteiramente diferente – linda, mas também cansativa.

E, pensando nisso, surgiu a ideia desse post, que pode dar uma pequena luz para que os papais entendam tudo o que uma mãe gostaria de falar (mas que nem sempre encontra as palavras certas).

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Compartilhe esse post com o pai do seu filho – eu tenho certeza de que ele vai gostar de saber que pode ser muito útil, e um paizão desde o nascimento do pequeno!

Como o pai pode ajudar a mãe no pós-parto?

Dividindo as tarefas da casa

Apesar de seu filho ter nascido (o que é o maior dos acontecimentos para a sua família), o mundo continua girando e as atividades domésticas não param (as louças ainda precisam ser lavadas, o pó da casa retirado, as roupas cuidadas e passadas).

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Mas isso não significa que você, mãe, precise arcar com todas as responsabilidades sozinha – e é aí que o homem entra em ação! Ele pode ajudá-la ou mesmo assumir todas tarefas do dia-a-dia por um período.

Se ele preferir e o orçamento permitir, contar com a ajuda de uma profissional é uma ótima ideia (afinal, todo mundo sabe que o pai também continua tendo uma série de atividades e de trabalhos, que não cessam com a chegada do bebê).

pai fazendo as tarefas de casa

pai fazendo as tarefas de casa. Foto: freepik

Dividindo as tarefas do bebê

O apoio do homem nesses momentos é mais do que bem-vindo! Ele pode colocar o bebê para dormir, trocá-lo e dar banho, só para citar alguns exemplos.

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Nos primeiros meses de vida da Catarina, quem dava os banhos na pequena era o meu marido. Confesso que eu me sentia muito mais segura dessa forma: como a mão dele é maior do que a minha, tinha mais firmeza para segurar a filhota (e a pequena também se sentia mais confortável, tanto que quase nunca chorava quando o banho era com ele, e sempre chorava comigo).

Algo que os papais devem ter em mente é que, assim como as mães, eles não nascem sabendo cuidar de um bebê: é com paciência e com o tempo que as coisas se ajeitam! É importantíssimo para ambos que o pai se envolva nos cuidados com o filho, pois além de não sobrecarregar a mulher, o vínculo entre eles será fortalecido.

pai cuidando do bebê

pai cuidando do bebê. Foto: freepik

Colocando limites e filtrando palpites

No momento em que você tem um bebê, muitas pessoas sentem que têm o direito de dar palpites e dizer o que é melhor para a criança.

E quando o pai assume a tarefa de colocar o limite, pedindo que todos respeitem o jeito que vocês escolheram para criar o filhote, está resguardando a mulher e dando a ela uma das coisas de que ela mais precisa nessa fase: tranquilidade!

Geralmente, nós, mães, ficamos sensíveis no pós-parto e é muito bom quando alguém dribla os conflitos para nos poupar.

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Ajudando na amamentação

Existem várias maneiras do homem apoiar a mulher nesse momento. Ele pode deixar uma garrafinha de água perto da mamãe e lembrá-la o quanto a hidratação é importante. O mesmo vale para a alimentação: preparar comidinhas saudáveis é uma ótima ideia!

O pai também pode colocar o bebê para arrotar e o principal: fazer a sua parte para que a mulher fique tranquila e relaxada – assim, o aleitamento fluirá mais facilmente. E se por algum motivo a mãe não conseguir amamentar, seu apoio incondicional será uma grande força para a companheira!

pai e mãe cuidando de bebê

pai e mãe cuidando de bebê. Foto: freepik

Apoiando a mulher

Mostre que você está do lado da mãe do bebê para o que der e vier. Coloque-se no lugar dela, respeite as suas escolhas e, quando discordar sobre algum ponto, converse com calma.

Elevando a sua autoestima

Ter um filho é uma alegria imensa, mas não podemos negar que algumas coisas mudam com a chegada do pequeno. É normal que os cabelos da mãe caiam nos primeiros meses do pós-parto, a barriga pode inchar e a sensibilidade fica à flor da pele.

Além das mudanças físicas e emocionais que acontecem conosco, um filho não vem com manual de instruções, e algumas coisas podem não sair da maneira que imaginamos (o pequeno pode ter dificuldade para dormir, não conseguir ser alimentado com o leite materno, ter refluxo, entre outras situações).

Nesse momento, cabe ao homem elevar a autoestima da mulher: lembrando-a de que ela está ótima, que as marcas que ficaram em seu corpo mostram o quanto ela é guerreira por ter gerado uma vida, que ela não deve se cobrar, pois faz sempre o seu melhor. Essas atitudes fazem toda a diferença!

mulher com a barriga flácida pós-parto

mulher com a barriga flácida pós-parto. Foto: freepik

O que acontece no pós-parto?

Mudanças de humor

Sua esposa será uma bagunça emocional. O parto, os ajustes na maternidade e os altos e baixos hormonais do pós-parto colocarão sua esposa em um estado de mau humor ( tristeza da maternidade). Aprendi que tudo isso é normal, o que foi uma surpresa para mim.

Saber disso ajuda a ser mais paciente e compreensivo. Sua esposa vai chorar sobre amamentar o bebê, seja um sucesso ou não. Se ela não está chorando, pode estar feliz, com raiva, frustrada ou se sentindo culpada.

Quando ela não está sentindo as emoções acima, ela fica cansada. Seja paciente e compreensivo, não levando tudo isso para o lado pessoal. Lembre-se de que ela é hormonal e não necessariamente zangada com você. Ela está tentando aprender a ser mãe.

Faça um grande esforço para ajudar, ouvir e dar espaço quando ela precisar. Eventualmente, sua esposa vai começar a ser o seu eu emocional normal novamente, mas enquanto isso, apenas deixe-a chorar e sentir qualquer emoção que esteja sentindo.

mulher com depressão pós parto

mulher com a barriga flácida pós-parto. Foto: freepik

Depressão pós-parto

A depressão pós-parto não é uma mudança de humor ou o fato de sua esposa ser hormonal. É a depressão clínica que está relacionada à gravidez e ao parto. 1 em cada 7 mães terá depressão pós-parto após o nascimento da criança.

Como um novo pai, é importante que você reconheça os sintomas da depressão pós-parto, para que possa sugerir que sua esposa busque um diagnóstico e tratamento com um médico. Os seguintes sintomas estão associados à depressão pós-parto:

  • Tristeza, perda de esperança, desespero.
  • Sentir-se incapaz de cuidar do bebê ou de fazer tarefas básicas.
  • Chorando muito, às vezes sem motivo real.
  • Dificuldade em se sentir perto do bebê.
  • Menos interesse por comida, sexo, autocuidado e outras coisas que ela gostava.
  • Muito sono.
  • Problemas com foco, aprendizado ou memória.

Em muitos casos, as mulheres com maior probabilidade de desenvolver depressão pós-parto são aquelas que enfrentam problemas e estresse. Por exemplo, ela pode não querer engravidar ou os membros da família não estão dispostos a ajudar a cuidar do bebê.

Além disso, questões financeiras, abuso de drogas e álcool ou outras fontes de estresse foram relacionadas à depressão pós-parto.